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Mês: Junho 2010

21 de Junho, 2010 Carlos Esperança

A baixeza moral e cultural de um católico anónimo

Por

hh – visitante do Diário Ateísta

O Vital (de quem sou amigo) está completamente enganado.
Saramago era um débil e medíocre escritor. Os prémios atribuídos são mais menções politicas do que por mérito.
A cereja em cima do bolo foi o Nobel. Este prémio está demasiado politizado e chega até a ser obsceno. O exemplo de Obama para a Paz é um exemplo de cabo de esquadra. Saramago foi outro exemplo. Temos na CPLP gente com muito mais mérito e com muito mais valor.A politização destes prémios é absurda e acaba por confundir ruído com harmonia.

A morte de Saramago é o fim do veneno e o principio do fim da sua produção. Se não fosse a forma estúpida como lançou as suas imbecilidades para manter a polémica que lhe servia de publicidade aos livros, ele nunca passaria de um escritor completamente esquecido.

Mas, ele sabia há duas formas de se dar mas vistas. Uma, a dos bons, dos melhores. A dos grandes Homens que se fazem notar pelas suas capacidades excepcionais, e que, pela genialidade todos conhecem sem ter que se esforçar. Outra, a dos maus, dos piores, dos mais imbecis. Esses ganham o estrelato pelas piores razões, mas são igualmente conhecidos. Apesar dos piores motivos e dos piores exemplos, encontram seguidores em todos os tempos. è o caso de Hitler, de Stalin e de outros imbecis.

O Vaticano, até hoje, foi demasiado educado com Saramago. No dia do seu deveria ter despejado sobre ele e a sua família os mesmos mimos que em vida esse crápula despejou sobre o Vaticano e toda a a família católica. Aliás, o Vaticano procedeu muito mal por não ter reproduzido as afirmações desse crápula havia feito no dia da morte de João Paulo II.

A meu ver o Vaticano foi demasiado educado. Mas, por outro lado, percebo que dar algum crédito a uma crápula sem grande aceitação (nem sequer no seu país, como se viu no dia em que o assaram), seria dar importância a quem a não tem.

21 de Junho, 2010 Carlos Esperança

A intolerância do Vaticano

O selvagem ataque do Osservatore  Romano a José Saramago, no dia seguinte à sua morte, mostra que o Vaticano continua a ter uma leitura puramente ideológica da literatura, esquecendo que Saramago, independentemente  das suas ideias e convicções, é o grande escritor que é pela qualidade da sua escrita, pela mestria da sua linguagem e pela sua criatividade ficcional. E mostra igualmente que o Vaticano continua tão intolerante com os não crentes como sempre foi, como se o humanismo fosse um monopólio religioso. Não podendo já mandá-los para a fogueira da Inquisição, não poupa porém no ódio nem no rancor.

Se o Vaticano julga que desse modo pode apoucar postumamente o escritor, engana-se. Pelo contrário, há ataques que engrandecem.

In Causa Nossaaqui, por Vital Moreira

21 de Junho, 2010 Ricardo Alves

Faltar à verdade

O Policarpo saiu-se com esta:
  • «A colocação de crucifixos nas salas de aulas das escolas do país, “acabou por ser espontânea e por ser sempre um pouco ao nível da decisão da comunidade local”». (Público)
Acontece que ele não deve ignorar que está a apelidar de «espontâneo» um acto decidido em lei por um Estado autoritário:
  • «Em todas as escolas públicas do ensino primário infantil e elementar existirá, por detrás e acima da cadeira do professor, um crucifixo, como símbolo da educação cristã determinada pela Constituição.
    O crucifixo será adquirido e colocado pela forma que o Governo, pelo Ministério da Educação Nacional, determinar.
    » (Lei nº 1:941, de 1936; ver a «Base XIII»)

A isto, chamo faltar à verdade (porque hoje estou bem disposto).

(mais…)

21 de Junho, 2010 Carlos Esperança

Uma real pulhice

Por

E – Pá

Falando em Viseu, na sessão de encerramento do XVI Congresso da Causa Real, sem nunca referir o nome de José Saramago, Duarte Pio, disse ser:
“… simbólico que o país neste momento esteja a homenagear como um grande herói nacional um homem que é contra Portugal, que quis que Portugal deixasse de existir como país, que tem um certo ódio até à nossa raiz e que esse seja considerado o símbolo actual do nosso regime

21 de Junho, 2010 Carlos Esperança

Nápoles é notícia…

Arcebispo de Nápoles envolvido em teia corrupta

O cardeal Crescenzio Sepe, de 66 anos, arcebispo de Nápoles, em Itália, viu-se envolvido numa enorme teia de corrupção que está a ser investigada. A polícia suspeita de uma rede criminosa envolvida na preparação de grandes eventos, como a conferência do G8, em L’Áquila.

20 de Junho, 2010 Carlos Esperança

Até amanhã, se eu quiser

Habituei-me há muito a diversificar a forma como saúdo ou me despeço das pessoas com quem convivo. É tão frequente usar um simples aperto de mão, um caloroso abraço ou um pudico beijo, em silêncio, como dizer de forma exuberante: até ao dia tal, se eu puder, se eu quiser ou se nós pudermos.

A  beata missionação que corrói a vontade e mina o sentido crítico reduz a língua que falamos à vacuidade litúrgica das frases feitas.

O cumprimento entre pessoas deixou de ser a expressão de um sentimento para se tornar na declamação ritualista que exonera a consciência e exclui os afectos. Não se exprime o pensamento, recorre-se ao bordão que evita ao cérebro o uso de neurónios e à pessoa o incómodo de revelar a sua natureza.

Até os locutores das televisões, incapazes de adicionar ao texto do noticiário que lêem o cumprimento que devem aos ouvintes, se refugiam no «até amanhã, se deus quiser».

As frases inúteis não chegam a ser partículas de realce, são remendos de um pano de pior qualidade no tecido da prosa que debitam.

Quando os vejo com aquele ar ausente, a recitar o «até …, se deus quiser», lembro-me dos relógios parados, com a corda quebrada,  que todos os dias estão certos duas vezes. Deus só acerta uma vez na vida.

20 de Junho, 2010 Eduardo Costa Dias

Construção civil no Vaticano também rima com dinheiro no bolso de alguém!

O cardeal Crescenzio Sepe, arcebispo de Nápoles, e o ex-ministro das Obras Publicas e dos Transportes do Governo de Berlusconi, Pietro Lunardi, são arguidos por corrupção agravada num processo de luvas ligado a operações imobiliárias e à renovação de igrejas

Segundo a Reuters, as actividades delituosas atribuídas ao cardeal Sepe ocorreram no período em que este dirigiu a Congregação para a Evangelização dos Povos, a congregação, entre outras funções, encarregue de gerir os trabalhos de construção civil do Vaticano fora do bairro de 44 hectares

http://www.lexpress.fr/actualites/2/le-vatican-mis-en-cause-dans-une-affaire-de-corruption_900526.html

20 de Junho, 2010 Carlos Esperança

A morte de Saramago vista do Vaticano

Não se esperava daquele bairro de 44 hectares onde adejam sotainas e reluzem mitras, daquela teocracia que fabrica santos e rubrica milagres, onde o celibato é o estado civil obrigatório e a santidade a profissão do Papa, que a morte de Saramago fosse sentida.

Desta vez, pelo menos, livrou-nos da hipocrisia. O escritor que quis ser incinerado na morte não foi cremado em vida como soía acontecer aos hereges. E, como o respeito é muito bonito, não teve na morte o acompanhamento lúgubre dos funcionários do deus de Bento XVI, nem de outras seitas, que vendem o Paraíso a retalho e ameaçam com o Inferno por atacado.

Quando o Estado do Vaticano afirma, no obituário do jornal oficial, que Saramago era ‘populista extremista‘, manifesta a raiva de quem não perdoa, de quem esquece o seu próprio passado e os crimes que cometeu e comete.

As Cruzadas, a Inquisição, as perseguições aos judeus, a Reforma e a Evangelização são alguns dos momentos mais cruéis dos dois últimos milénios. A encíclica Syllabus é um monumento de intolerância e perfídia que só um Papa podia ter escrito, ao contrário das páginas de Saramago onde a discutível visão do mundo é um hino à língua portuguesa e uma homenagem amarga aos que são vítimas da tirania.

‘L’Osservatore Romano, de hoje, revela-se um  pasquim à altura do ódio que medra por entre velas com odor a incenso. É a imagem do que a Igreja católica ainda seria capaz se mantivesse o poder temporal e se os Estados não tivessem domado a vocação despótica do clero romano.

Saramago é e será uma referência mundial de pensador que, não tendo o monopólio da verdade, procurou contribuir para a justiça social no mundo. Foi um livre-pensador e o notável escritor que sonhou um mundo melhor.

Pelo contrário, o Vaticano tem como Papa um ex-inquisidor que se apoia no Opus Dei, na Legião de Cristo e na Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X, movimentos abertamente reaccionários, anti-semitas e de pendor fascista.

Eu não trocava uma página de Saramago pelas obras completas dos último Papa.

19 de Junho, 2010 Carlos Esperança

A crueldade de um católico inculto

Realmente por mim esta erva-daninha da literatura bem que podia ficar a estrumar terras de Espanha. Uma afronta a Portugal ter-se coberto a urna com a Bandeira Nacional!

Ficava muito melhor o martelo e a foice comunistas ou o átomo ateu do que as Quinas em cima do cadáver. Já que não tem dignidade de ter a Cruz, instrumento de salvação, teria os instrumento de condenação e os símbolos do pior e do expoente máximo da maldade e desumanidade actual: o comunismo e ateísmo, fonte de todos os males, senão mesmo o pior das desgraças na Terra.

De luto não estou eu. Não por traidores.

Envio igualmente condolências a Espanha. Para os portugueses, fica a vergonha de ver um dos seus símbolos a cobrir a urna do impostor comunista e ateu e de receber as suas cinzas.

a) JoãoC – Reaccionário de serviço ao Diário Ateísta