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Beatificai-os também

O Ratzinger e o Saraiva Martins andam a beatificar franquistas abatidos durante a guerra civil espanhola. Por mim, também podem beatificar estes:

E mais estes:

  • «[A guerra é] a Cruzada mais elevada que os séculos já viram (…) uma cruzada onde a intervenção divina a nosso favor é bem patente» (bispo de Pamplona);
  • «A guerra é cem vezes mais importante e sagrada do que o foi a Reconquista» (bispo de Segóvia);
  • «A guerra foi pedida pelo Sagrado Coração de Jesus que deu forças aos braços dos bravos soldados de Franco» (arcebispo de Valência);
  • «A igreja, apesar do seu espírito de paz (…) não podia ficar indiferente na luta (…) Não havia em Espanha nenhum outro meio para reconquistar a a justiça e a paz e os bens que dela derivam que não fosse o Movimento Nacional» (carta pastoral dos bispos espanhóis);
  • «[O General Franco] é o instrumento dos planos de Deus sobre a Terra» (cardeal Goma)
  • «[A guerra é] uma luta entre a Espanha e a anti-Espanha, a religião e o ateísmo, a civilização cristã e a barbárie» (cardeal Goma);
  • «Judeus e maçãos envenaram a alma nacional com ideias absurdas» (cardeal Goma);
  • «Ninguém pode negar que o ‘deus ex machina’ de esta guerra foi o próprio Deus, a sua religião, os seus foros, a sua lei, a sua existência e a sua influência atávica na nossa história» (carta pastoral dos bispos espanhóis);
  • «Os galantes mouros (…) embora tenham retalhado o meu corpo apenas ontem, merecem hoje a gratidão da minha alma, pois estão a combater pela Espanha contra os espanhóis… Quero dizer os maus espanhóis… Estão a dar a sua vida em defesa da sagrada religião espanhola, como prova a sua presença no campo de batalha, escoltando o Caudillo e amontoando santos medalhões e corações sagrados nos seus albornozes» (General Millan Astray, fundador da Legião Estrangeira);
  • «Para milhões de espanhóis (…) o cristianismo e o fascismo misturaram-se e é impossível odiarem um sem odiarem o outro» (François Mauriac, em carta ao cunhado de Franco);
  • «[A guerra é] um teste de força entre o comunismo judeu e a nossa tradicional civilização ocidental» (Hilaire Belloc);
  • «Elevando a nossa alma a Deus, congratulamo-nos com Vossa Excelência pela vitória tão desejada da Espanha católica. Formulamos os nosso votos de que o vosso querido país, uma vez obtida a paz, retome com vigor acrescido as suas antigas tradições cristãs que lhe grangearam tanta grandeza. É animado por estes sentimentos que dirigimos a Vossa Excelência e a todo o nobre povo espanhol a Nossa benção apostólica» (Pio 12, papa da ICAR, em mensagem dirigida a Franco na véspera da conquista de Madrid).

E não se esqueçam do bispo de Málaga:

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]