Cidade do México reconhece uniões homossexuais
Os legisladores da Cidade do México, com 9 milhões de habitantes, aprovaram na quinta-feira uma resolução que reconhece as uniões de facto, independentemente da composição do casal. A lei, aprovada com 43 votos favoráveis, 17 contra e 5 abstenções, foi apoiada pelo Partido Democrático Revolucionário(PRD)enquanto os conservadores do Partido de Acção Nacional, PAN, com fortes ligações à Igreja Católica, se opoem à lei.
A resolução precisa ainda ser ratificada pelo presidente da Câmara Alejandro Encinas, do PRD, para entrar em vigor (num prazo de 120 dias).
Como seria expectável, a lei mereceu veemente oposição da Igreja Católica. Um dos opositores à concessão de quaisquer direitos aos pecadores homossexuais afirmou mesmo à Reuters que a homossexualidade induz decadência, mais concretamente: «As sociedades desde sempre entram em decadência quando há homossexualidade».
De igual forma, na África do Sul está em discussão uma lei que a ser aprovada reconhecerá o casamento homossexual neste país, tornando a África do Sul pioneira no reconhecimento dos direitos dos homossexuais num continente onde as religiões do livro, cristianismo e islamismo, têm um peso político muito importante. Peso político que se traduz na criminalização da homossexualidade no Zimbabwe, Quénia, Uganda, Nigéria, Tanzânia e Gana.
Também neste país a oposição à lei tem essencialmente motivações religiosas, nomeadamente dos sectores ligados às igrejas cristãs, como seja o Partido da Democracia Cristã Africana, que declara «inaceitável» a nova proposta de lei.