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B16 vende palavras

O artigo da Palmira alertou-me para o facto de Rätzinger exigir copyright para as palavras que profere. E não se faz cobrar barato! Quanto custariam as ideias, se as houvesse, e as bíblias se a falsificação não tivesse já prescrito?

Sei que são nobres as intenções. Ficam de borla as orações pias e as hóstias servidas aos Domingos. As homilias continuam de graça mas as Graças passam a pagar IVA.

No Vaticano são largos os emolumentos cobrados pela criação de santos e o fabrico não abrandou no pontificado do Sapatinhos Vermelhos. Mas todo o dinheiro é pouco para os paramentos que estão pela hora da morte e a evangelização que fica cada vez mais cara. Os ímpios só se convertem com avultadas compensações monetárias.

As bulas eram vendidas e Lutero exasperou-se, os pecados tinham uma tarifa para a absolvição, as dioceses custavam dinheiro e os barretes cardinalícios eram caríssimos. A tiara custava uma fortuna mas o investimento, em caso de sucesso, era bem rentável.

O Paraíso estava ao alcance de quem podia pagar. Era o liberalismo aplicado ao destino da alma, sem caixa de previdência para subsidiar missas e remir pecados.

Agora é a palavra do pontífice, paga à linha, com contas feitas à página. Até há pouco a propaganda era por conta do pregador. Nasceu um novo conceito, paga o consumidor.