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A existência de Deus

Cabe a quem afirma e explora a existência de Deus o ónus da prova mas não há a mais leve suspeita de que exista nem, da parte dele, o menor esforço para fazer prova de vida.

Todas as religiões reivindicam o único Deus verdadeiro, donde se conclui que, na melhor das hipóteses, todas, menos uma, são falsas e, certamente, são todas.

A falta de provas não desanima os propagandistas nem lhes tolhe o proselitismo. Uma multidão de clérigos esforça-se por submeter a humanidade à vontade do mito e procura bater a concorrência.

Os livros sagrados propalam que Deus, farto de ócio e do Paraíso, veio à Terra anunciar os seus desejos e ameaçar quem o contrariasse. Trouxe um ror de proibições e ameaças que os padres se encarregam de divulgar e fazer cumprir.

São pouco credíveis os livros, pouco idóneos os escribas e pouco recomendáveis os zeladores. A Tora, a Bíblia e o Corão são piedosas falsificações, revistas e corrigidas ao longo dos tempos, destinadas a espalhar o terror, a crueldade e a submissão.

As religiões monoteístas perpetuam o tribalismo e a barbárie de acordo com as páginas que lhes servem de referência. A vontade divina confunde-se com os interesses do clero, aliado indefectível das classes dominantes e dos detentores do poder.

Os crimes religiosos, as guerras travadas e a violência perpetrada e perpetuada ao longo dos séculos pelos jagunços de Deus tornam as religiões uma tragédia. Os negócios, os privilégios e o charlatanismo asseguram a longevidade das Igrejas.

O ateísmo é uma vacina eficaz contra a acção deletéria da fé e não pretende, ao contrário dos parasitas de Deus, fazer proselitismo. Os ateus limitam-se a desmascarar a mentira e o charlatanismo, à semelhança das associações de defesa do consumidor.

Ao serviço deste desígnio, faz hoje dois anos, nasceu o Diário Ateísta.