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A Igreja Maná e as eleições legislativas

Os parasitas de Deus organizados em torno da Igreja Maná questionam a utilidade das eleições e aconselham a inutilização do voto, através de uma cruz no respectivo boletim.
A cruz é, de facto, o instrumento de tortura que sabem usar. Propô-lo contra o regime democrático é um acto de devoção e uma manifestação clerical com que os bandos de inúteis exploram a superstição, cobram o dízimo, ameaçam com o inferno e procuram subverter uma sociedade livre e democrática.

Em alternativa, este bando de malfeitores propõe: «Faça de Deus a sua fonte – Mateus 6:33» e «exija aos políticos e governantes os seus direitos», provavelmente o direito de viver em ditadura sob a vontade de Deus interpretada por um marginal que enriquece à sua custa – o apóstolo Jorge Tadeu.

Este proxeneta de Deus, fundador da Igreja Maná, informa que, pessoalmente, ele não vota, mas aconselha os seus fiéis a usarem o voto nulo, para não poder ser aproveitado de forma fraudulenta, possível com o voto em branco. De facto, a fraude seria possível se a indignidade cívica, a ausência de ética e a prática de um crime estivessem na cabeça dos cidadãos, que tornam possível o acto eleitoral, como está na cobardia mística do apóstolo que está a transformar uma Igreja de vão de escada num empório comercial.

A proposta do bispo Tadeu «é uma forma de envergonhar o governo e todo o sistema que não está a ser correcto para com o povo português». Para o pregador da bíblia é o sistema democrático que o incomoda, não vendo em nenhuma força partidária o direito e a legitimidade para dirigir o País. É a atitude de um clérigo que beneficia de um sistema que gostaria de abolir se fosse maioria, que não reconhece ao povo direitos de cidadania mas apenas obrigações religiosas. A delinquência mística é incompatível com a democracia. Já o padre católico da igreja de S. João de Brito o demonstrara com uma opção diferente.

Bendita corja. Santa Mafia.