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Categoria: Fátima

7 de Novembro, 2008 Carlos Esperança

Fátima – O milagre que faltava

Fé. Espanhola de Trigueros, perto de Huelva, foi a Fátima em cadeira de rodas, no dia 13 de Outubro, com a perna esquerda paralisada devido a uma cirurgia que correu mal. Diz que sentiu um impulso para se levantar e foi o que fez. Acredita que foi um milagre da Virgem. A igreja não comenta.

Espera que a superstição se amplie. A burla continua.

Antónia estava em Fátima quando se levantou e andou.

17 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Documentário sobre João Paulo II surpreende a verdade

Documentário sobre João Paulo II surpreende Igreja portuguesa

 

O ataque falhado do desvairado padre católico, Fernandez Khron, ao Papa polaco, foi o momento de alucinação mística de um sacerdote, embrutecido pela fé, que julgou JP2 um progressista capaz de dar rosto humano à Igreja católica.

 

Nem o Papa era liberal nem o padre equilibrado. O primeiro era um exibicionista da fé, crente em Deus e supersticioso; o segundo era um indivíduo perturbado pelas orações e leituras pias. Quando quis apunhalar o Papa, a menos que fosse apenas um gesto para promover a Cova da Iria na comunicação social, logo os guarda-costas o dominaram.

 

Podia ter servido o acto para justificar o 3.º segredo de Fátima mas, perante o fracasso, JP2 guardou-o para uma bala que a Virgem acompanhou à mão na viagem de circum-navegação à volta das suas vísceras, por baixo da batina que ofereceu ao santuário.

 

Em 12 de Maio de 1982 o padre Khron não conseguiu atingir o Papa, embora tivesse ficado ao alcance de uma bênção. A TV mostrou claramente os gestos e os figurantes.     

O documentário cinematográfico «Testemunho», com base nas memórias publicadas no ano passado por Stalislaw Dziwisz, arcebispo de Cracóvia, é um piedoso embuste para enaltecer o mártir e comover os crentes. A mentira é um vício pio que deu colorido aos evangelhos, inventa milagres e cria santos. É, aliás, a mãe de todas as religiões.

A Igreja católica fez de JP2 uma estrela pop e quer fazer do supersticioso clérigo polaco um mártir para relançar a fé e comover a clientela. O cardeal que inventou, agora, os ferimentos não se dá conta de que teria cometido um crime ao ocultar a agressão, se tivesse existido, crime bem maior do que a piedosa mentira com que pretende promover o culto do Papa tremente a Deus.

Os negócios da fé são insondáveis.

16 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Para ver quem reza

Lisboa, 16 Out (Lusa) – O Santuário de Fátima vai ter um sistema de videovigilância, na sequência de autorização dada hoje pelo secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.

13 de Outubro, 2008 Ricardo Alves

Mais boas notícias

«Muitas clareiras no recinto, pouca circulação pedonal nas ruas circundantes do Santuário e muitos lugares vagos nos parques de estacionamento de Fátima são a imagem da Cova da Iria nesta segunda-feira.»(Diário IOL)

13 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Fátima – caminho das angústias

A noite fria não convida a sair de casa mas a tristeza e o hábito encaminham multidões para a Cova da Iria. As azinheiras onde a Virgem vinha cavaquear com a Irmã Lúcia desapareceram sob o pio asfalto destinado à expansão do negócio. Do anjo que por ali passou nem uma pena perdida para pôr num relicário. Das visões domésticas dos três pastorinhos, da obsessão pela conversão da Rússia e do ódio à República, restam as cantorias da população supersticiosa atrás da imagem da Senhora de Fátima e de uma multidão de clérigos com hábitos garridos.

A luz das velas cria um ambiente propício à devoção e à crendice. Os padres cantam a vitória da fé e o êxito de um negócio sem mercadoria, mas as clareiras são largas onde antes os corpos se comprimiam. Os tempos vão maus para as pessoas mas começam a ficar negros para a religião. O Papa receia que as luzes que se acendem em Fátima e noutros locais inventados para a devoção se apaguem de vez. Não há fé que resista ao mau tempo e à ausência sistemática de milagres.

Vi na RTP a liturgia de sempre. A Rússia não se converte. A guerra acabou, como todas as guerras, e outras vieram. A Senhora de Fátima limitou-se, em 91 anos, a desviar uma bala das vísceras de JP2. Foi um milagre pífio, a revelação do segredo que JP2 julgou estar-lhe reservado, um prodígio que podia ter convencido um cavador mas que não se esperava que tivesse enganado um Papa, quiçá o último que ainda acreditou na história dos pastorinhos.

É preciso não ter coração para troçar das angústias que levam a Fátima os peregrinos e o seu óbolo, mas só quem não usa o cérebro pode deixar sem crítica a Igreja que explora e sacrifica os simples. Basta-lhe o Paraíso como promessa e o Inferno como susto.

13 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Fátima em crise

O alegado fracasso da peregrinação dos emigrantes não se pode atribuir à crise económica pois, como é sabido, a crise económica, a doença e a fome são os melhores ingredientes para relançar a fé.

A redução da clientela deve-se à falta de milagres e à praia, à melhoria dos níveis de instrução e ao cansaço das missas e das procissões, à secularização e à falta de padres que animem os supersticiosos a desfazerem-se dos cordões de ouro e de outros artefactos do vil metal.

É certo que a concorrência de Lourdes, onde o Vaticano vê uma oportunidade para combater a laicidade das instituições francesas, faz mossa na Cova da Iria. Acontece ainda que o comunismo, contra o qual se especializou o santuário de Fátima, deixou de ser uma ameaça e a República cujas leis levaram a Virgem a visitar o local e o Sol a fazer ginástica olímpica, ou seja, a Terra a dar cambalhotas para que o Sol parecesse andar a brincar com a Física, a República – dizia – é hoje uma realidade incontestável.

Fátima, vítima de um marketing obsoleto, com o Papa a beneficiar a com concorrência, arrisca-se a terminar como a Senhora da Nazaré, sem peregrinos, sem milagres e sem negócio.