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11 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Lula da Silva recusa submissão ao Vaticano

Carácter “laico” do Estado brasileiro salientado por Lula da Silva

«O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recusou a proposta feita pelo Papa Bento XVI para assinatura de um acordo que concedesse à igreja católica condições favoráveis no país, noticia hoje a imprensa local.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Lula da Silva terá salientado ao Papa o carácter “laico” do Estado brasileiro, durante o encontro que ambos mantiveram na quinta- feira, em São Paulo.»

11 de Maio, 2007 jvasco

Ateísmo na Blogosfera

  1. «Muitos preferem a humanidade criada pelo artifício de vontade alheia em vez de algo que evoluiu pelos seus atributos. Alegam que a maravilha da natureza testemunha a magnificência do seu deus, mas a maravilha não lhes chega. O Homem tem que ser melhor ainda. Tem que ter coisas que nem esse deus conseguiu incluir na natureza. E isso parece-me uma grande treta.

    Por um lado, subestimam a natureza. O Homem não pode ser só átomos porque átomos são incapazes de pensar, sentir e ter vontade. A diversidade de comportamentos humanos refuta a nossa natureza biológica. Mas a diversidade é característica do ser biológico. Quem os tem sabe que até cães e gatos são indivíduos distintos e com personalidade. Aprendem, adaptam-se ao ambiente em que vivem, reagem, interagem, e agem por vontade própria. […]

    Cada organismo é uma complexa interacção dos seus átomos e dos átomos que o rodeiam. Um átomo sozinho faz pouca coisa, mas com átomos a interagir há fotossíntese, o voo das aves, o sonar dos morcegos, alcateias de lobos. Há vida. Até recentemente, por ignorância, insistia-se que a matéria nunca poderia ser viva. Afinal, um átomo não é vivo. Pois um átomo também não é molhado e a água é. Um sistema complexo de átomos pode ser vivo. Agora é a vez de negar à matéria a liberdade, a ética e a consciência. Outra vez por ignorância. […]

    O Homem é um mamífero esperto, mas com ilusões de grandeza. Tem um cérebro enorme, linguagem e capacidades que os outros animais não têm. Mas é normal na natureza que os organismos se especializem. Outros há que vêem, correm, nadam, mordem ou ouvem melhor que nós. E se a matéria faz tudo o que os outros animais fazem pode muito bem fazer o que nós fazemos.»Treta da semana: à imagem de Deus.», no Que Treta!)

  2. «Como escreveu o Carlos, “Ciência em palco significa trazer a ciência para diante dos nossos olhos, para o palco das nossas atenções, fazê-la passar para a sociedade. É, portanto, uma forma, uma das melhores formas, de fazer cultura científica.”

    Eu acrescentaria que ciência em palco é uma forma privilegiada de unir as duas culturas, de abrir as portas da comunicação que urge escancarar para que a ciência permeie a sociedade, seja discutida em mesas de café e, como consequência, obste ao proliferar de obscurantismos sortidos.» («Darwin e o canto dos canários cegos», no De Rerum Natura)

  3. «Depois, para simbolizar o quanto ela tinha desonrado a religião yezidi por namorar com um rapaz sunita e, por isso, por ter ofendido também toda a sua família, os homens rasgaram-lhe as roupas à força e despiram-na completamente.
    Nas imagens seguintes vê-se a menina deitada no chão, já completamente nua, rodeada por um mar de sangue, com cabeça esmagada, a sua cara de menina inocente já irremediavelmente desfigurada pelas pedras.
    Já não grita..
    »(«Adeus, Du’a!», no Random Precision)
11 de Maio, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Diarreias papais pela América Latina – II

Os números não enganam

Os 5 dias de estadia do abutre Ratzinger acarretam custos, dirão que insuficientes os vermes rastejantes clericais, normais os desinformados, propositada ou despropositadamente se foge a informação, um atentado à dignidade Humana os informados. A visita transforma-se num número com excessivos zeros, pelo menos para a maioria. Mais de 2400000 Reais, que em Euros corresponde a… é só fazer as contas.

Segundo a lei brasileira, não é permitido gastar dinheiro público em cultos, pelo que se deduz na mesma linha de raciocínio, que também não será permitido gastar rios de dinheiro público em cultos. Pelas contas feitas, são muitas e fastidiosas, sobressaem gastos interessantes, mais interessantes se comparados com o índice de igualdade de riqueza brasileiro.

As necessidades gastronómicas clericais são elevadas em número e quantidade, obviamente adornadas com factores externos de luxo, pelo que das ementas requintadas e estudadas cientificamente pelos melhores cozinheiros, de forma a não proporcionarem nó na tripa aos clientes, retirámos algumas constatações interessantes, ou pelo sentido de justiça, injustas. Cada garrafa de vinho custa a módica quantia de um salário mínimo brasileiro, constatação à qual não é necessário contas. Os condimentos foram devidamente reanalisados, pois a gastronomia do Vaticano incluiu ementas com Cianeto como tempero, e pelo que se foi constatando, tal ingrediente acarreta sestas demoradas.

No Mosteiro de São Bento procederam-se a enormes rebaldarias de reformas e contra reformas, de forma a fornecerem uma suíte ao travesti mediático, um escritório com internet wireless (insonora, inodora, invisível, será deus?), sala de visitas particular e um excelso piano de cauda, parece que Ratzinger tem dotes musicais, tão elevados que se afigura uma necessidade urgente de colocar o piano na sala de visitas particular, sem visitas, esperando que as paredes sejam à prova de som.

Os negócios andam bem no Brasil com tais acontecimentos, a bem de deus claro está. Uma editora investiu 200 mil Reais, que em Euros é igualmente só fazer as contas, para edições sobre um tal de frei e de um tal de Ratzinger. Erudição e prazer literário às resmas no Brasil, assim mandei vir uma resma de livros das terras das Lulas e agora também dos Polvos. Mas não esses, que minha ignorância não sabe ler. De caravela para ser mais barato, e resma de 5, que 6 ultrapassa poderes de compra, até mesmo porque a qualidade desses livros é duvidosa, livros que não atingem os patamares divinos de freis e papas, deixando-se humildemente deambular por Humanismos. Um tal de Bruno Miguel Resende escreveu por lá 2 artigos. Quebra acentuada na valia dos exemplares, claro está.

Bugigangas também fomentam os negócios da fé, medalhas comemorativas com certificado incluído (completamente grátis, o certificado) banhadas em ouro, em prata e em bronze. Todas a preço de irmão, 250 Reais, pelas contas mais acessíveis à carteira, 90 Euros, as mais caras, mais baratas nas feiras próximas de si, similares e nunca iguais, a preço de bastardo, uns trocos para o caldo. A riqueza é muita e cai dos céus enviada por deus, em avião, não pelo próprio mas pelo secretário. Assim sendo se vê na lista de países por igualdade de riqueza, baseada no Coeficiente de Gini, os desígnios divinos e a evangelização, ocupando tal nação com tanta fé e ainda mais indutores o 117º lugar. Aspecto positivo? Ainda existem cerca de 6, diria até uma meia-dúzia deles atrás. Com tais Lulas e Polvos pondera-se que seja possível um dia atingir a evangelização completa, com o primeiro lugar da lista invertida.

Cerca de 20% da população brasileira está na miséria, 25.000 a 40.000 brasileiros estão submetidos a trabalho escravo, mais de 150 mil crianças foram exploradas em 2006 pelo trabalho infantil, e mais não é necessário para conjecturar.

Também publicado em Ateismos.net e LiVerdades

10 de Maio, 2007 Helder Sanches

O Extremismo Ateu

Às vezes perguntam-me porque é que me envolvo nestas coisas da religião e do ateísmo, se estar sempre a falar do mesmo não é também uma forma de extremismo e como é possível que eu tenha algumas ideias típicas de extremismo ateu…

Essas perguntas, acima de tudo, têm a arte de me desiludir. Desiludem-me porque deixam bem claro que quem coloca essas perguntas não vê diferença nenhuma entre escrever um blog e fazer-se explodir dentro de um autocarro em hora de ponta, entre defender o ensino da ciência e apedrejar uma mulher pela suspeita de adultério, entre expor o ridículo das mitologias modernas e o rastejar até um altar para pagar favores divinos, entre defender a separação do estado e da igreja e levar a cabo guerras internacionais em nome de uma personagem de ficção ou entre defender o humanismo e, em nome da vida, colocar bombas em clínicas de interrupção da gravidez…

Enquanto houver pessoas que não vêem estas diferenças faz todo o sentido ser um ateu; extremista, se quiserem.

10 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Brasil – Viagem de negócios de B16

O embusteiro da fé, ditador residente no Vaticano, anda em viagem de negócios pelo Brasil.

O empedernido celibatário tornou-se arauto da cruzada contra o aborto e um defensor da família, ele que nunca a constituiu, a proíbe aos empregados e que renegou o amor matrimonial.

O impostor apoiou a ameaça de excomunhão dos bispos mexicanos contra os membros da Assembleia Legislativa e o governador da cidade do México por terem despenalizado o aborto na capital.

A hipocrisia do tartufo revela-se na duplicidade. Por que não excomunga os deputados portugueses do PS, PCP, BE e PSD que o despenalizaram? Porque tem dois pesos e duas medidas. Porque é um talibã onde pode e uma pomba onde o desprezam.

Na deslocação, o caixeiro-viajante da fé foi explorar a superstição do povo brasileiro. Fez do cadáver de Frei Galvão o santo que a padralhada e os beatos reclamavam, deixando para mais tarde o padre Cícero Romão Baptista quando se reunirem as verbas necessárias à canonização, que o Vaticano não trabalha de borla.

Frei Galvão era ubíquo e levitava – dizem as testemunhas do costume -, números que os circos reservam para os ilusionistas, mas foi na cura de grávidas que o taumaturgo se iniciou, como se a gravidez fosse uma doença.

Os milagres eram feitos através de papelinhos onde o frade escrevia: «Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós». A ingestão dos papelinhos com tinta era o remédio que aliviava os vómitos, dilatava o útero e conduziu o frade à santidade.

E há quem leve a sério estes farsantes!

10 de Maio, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Diarreias papais pela América Latina – I


O caso da I.V.G. no México

Ainda não chegado à América Latina, já Ratzinger debitava diarreias verbais em quantidades excessivas, mesmo para um apologista do fascismo. Sorte a de muitos, terá o ex-líder da Sacra Congregação da Inquisição Universal, mais conhecida pelo seu nome artístico de Congregação para a Doutrina da Fé, gastronomias italianas em terras brasileiras, de forma a não retorcer ainda mais as tripas e proporcionar ainda mais matérias fecais.

Enlaçada a sua mente nos ideais medievais e totalitários, que tão eloquentemente transforma em frases onde “vida” aparece repetidamente até ao enjoo, sem alusões à significância de tal complexa palavra, atenta sempre que pode às politicas internas de nações que não são tabernáculos de sotainas impregnadas nas riquezas divinamente roubadas, divinamente mantidas, usadas e abusadas pelos proselitismos de emancipação transcendental, de estupidez, não de espiritualidade.

Entre vários atentados verbais às democracias, pelas quais nutre o mais profundo dos desrespeitos, delinquência derivada dos seus passados (?) nazis e acentuada ad nauseam pelos lunatismos religiosos que tão bem se relacionam em simbioses perfeitas, atentou à política interna mexicana com ameaças aos políticos mexicanos por exercerem uma escabrosidade, denominada de votação.

Uma nova legislação na Cidade do México vai permitir a interrupção voluntária da gravidez até à 12ª semana, lei que recebeu 46 votos a favor e 19 contra na Assembleia Legislativa da Cidade do México. A lei encontrou sustentabilidade fácil na realidade mexicana, onde mais de 1500 mulheres morreram na última década em consequências derivadas do aborto clandestino. Alarmante foi também um relatório da Human Rights Watch que afirmava existirem muitas vítimas de violação a encontrarem negação perante o aborto legal, já contemplado na lei anterior.

Ratzinger reafirmou aquilo que já se sabe, a excomunhão de tudo e todos que apoiem tais leis. Excomunhão automática baseada na lei canónica. Mas antes dos automatismos católicos funcionarem, já os políticos visados se haviam auto-excluído da comunidade católica.

As diarreias continuarão, esperemos que existam penicos que cheguem.

Também publicado em Ateismos.net e LiVerdades

10 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Carta de um leitor e bom amigo

Caro amigo:

Você já leu isto, com certeza, mas a verdade é que a reflexão que estas coisas podem suscitar em almas bem formadas nunca será excessiva.

Suponhamos, então, que era ao contrário, e, num folheto alusivo a antros do pecado e da devassidão apereciam indicações de locais de oração e purificação espiritual!!!

Depois de criar o Mundo, Deus “testou” o homem e a mulher. Mostraram fragilidades, porventura à semelhança do criador.

Também me preocupa a quantidade de confessionários, aos quais vc chamou uma “lavandaria de pecados”. A título de exemplo, e seguindo o mesmo raciocínio, se a lei da IVG pode induzir o aumento de abortos, esta “lavandaria” pode vir a induzir o aumento do número de pecadores.

Um abraço,
a) PM

9 de Maio, 2007 Carlos Esperança

Fátima – Novo Centro Comercial

Em Fátima o negócio começou num terreno de cabras com uma azinheira, com espaço para uma virgem e um campo de aterragem de anjos, onde só poisou um, e transformou-se num lucrativo empreendimento do sector terciário, sob o ponto de vista económico e o da fé. O terço é a arma do negócio.

A maior sala de espectáculos do País – Basílica da Santíssima Trindade – ficará pronta em 13 de Outubro, com 9 mil lugares sentados e lotação para 12 mil clientes.

A ICAR pagará a pronto os 60 milhões de euros e deixa para o Estado uns arranjos que ateus e crentes pagarão, para maior glória divina.

Durante o grande espectáculo inaugural «missa da consagração da igreja» espera-se uma multidão que permita uma grande acção de propaganda. Não há milagres previstos mas é aconselhável ter cuidado com as carteiras.

Os clientes terão à sua frente uma ampliação de Cristo com 7 metros e, junto ao altar, uma imagem da Senhora de Fátima com 3 metros de altura.

A conversão da Rússia já deu o que tinha a dar. As novas instalações destinam-se às missas, orações e outros divertimentos pios, para gozo celestial e apaziguamento das angústias dos crentes. As caixas das esmolas continuarão a funcionar e é possível que subsidiem novas sucursais.

9 de Maio, 2007 jvasco

Vem aí um meteorito? – II

Não existem boas razões para acreditar que venha um meteorito em direcção a minha casa, e por isso não fujo de casa.

E também não existem boas razões para acreditar em Deus.
E ainda menos existiriam para acreditar num Deus que nos julgasse.
Mas pior que tudo, não existem boas razões para acreditar que ele nos julgaria desta forma ou daquela. Nenhuma boa razão para acreditar que ele penalizaria a descrença e beneficiaria a Fé.

Parece-me insensato confiar no clero para nos dizer quais os planos de Deus para nós, mais ainda quando são os primeiros a admitir os erros de outros clérigos (quer os das outras religiões; quer os das outras Igrejas da sua religião; quer os do passado da sua Igreja; quer os de outras correntes teológicas na sua Igreja) na interpretação dos planos divinos. Parece insensato confiar na autoridade de instituições que só têm a ganhar com a confiança cega e acrítica do seus fiéis.

Parece-me insensato confiar nos relatos de milagres feitos antigamente. Há relatos antigos de sereias e lobisomens, e tendemos a descartar esses. Há relatos antigos do aparecimento de Isis, Thor e Zeus, e tendemos a descartar esses. Também há relatos da Virgem Maria, mas porque é que ela se tornou mais tímida quando surgiram câmaras de filmar, máquinas fotográficas, e meios sofisticados de verificação independente?

A IURD e outras Igrejas Evangélicas mais pequenas apresentam curas milagrosas aos molhos, mas muitos crentes cristãos acham que isso é fraude. Se não fosse, Isso implicaria que Deus é mais atento aos crentes da IURD que aos católicos. Mas se a fraude é tão fácil, porquê acreditar em relatos escritos de tempos em que a verificação da fraude era muito mais difícil? Se tantos crentes entendem a facilidade com que tanta gente é hoje enganada pela IURD, como é que não concebem equívocos desse tipo há cerca de 2000 anos atrás?

Na verdade não existe nenhuma boa razão para acreditar que os cristãos estão mais certos que os islâmicos. Se tívessemos nascido na Arábia Saudita quase todos seríamos islâmicos. No entanto, o Corão diz que quem acreditar na Santíssima Trindade arderá no Inferno.
Eles alegam que as profecias da Bíblia são falsas, que muitas ficaram por cumprir, e outras revelaram-se engodos; mas que as do Corão se realizaram todas. Claro que os cristãos discordarão, mas a discutir estas coisas quem acredita em Nostradamus poderá argumentar tanto quanto qualquer outro crente religioso. Em terreno igualmente sólido estará quem acreditar nas previsões do Zodíaco.

Mas há mais do que estas religiões. Há religiões aos molhos, com muito pouco em comum. O Hinduísmo, a maior religião a seguir ao Islamismo, é politeísta e acredita na reencarnação. Temos os Mormones, temos a Cientologia, temos o Judaísmo, temos o Umbanda, o Candomblé, temos o Druidismo, temos o Satanismo (se bem que algumas versões do satanismo não sejam religiosas, de acordo com os seus seguidores), temos a religião Wicca, temos o Siquismo, temos toda uma miríade de que só referi uma pequena parte, e ainda poderíamos falar nas religiões do passado. Não têm nada em comum. Para fazermos aquilo que está certo numa religião, estamos certamente a fazer aquilo que está errado noutra.

Muitos crentes de cada uma delas sentem que estão certos, e alguns até podem relatar episódios milagrosos. Mas se acreditarmos nuns, temos de ver outros tantos como gente falsa ou equivocada. O pior é não existir qualquer critério razoável para escolher um grupo em deterimento de outro. Quase toda a gente escolhe em função dos seus pais e familiares, local de nascimento ou residência, o que mostra que os critérios não andam famosos.

Mas é possível conhecer melhor o mundo e a mente humana. Entender a diversidade de religiões como mais um resultado esperado de um mundo sem Deus. Perceber a diversidade da vida como mais uma consequência da selecção natural. Encarar o mal do mundo como um desafio, que nos cabe a nós humanos, sozinhos e livres, encarar, para melhor viver em conjunto (e sem conflitos por causa de superstições).

Não é preciso referir os 20 000 sacrifícios anuais ao Deus Quetzalcóatl dos Astecas para mostrar que a religião não tem ajudado nessa tarefa. Talvez nem baste lembrar que o pior da inquisição e da caça às bruxas nem foram os milhares de torturados e queimados na fogueira, mas sim o atraso intelectual, económico, cultural e científico que esse obscurantismo provocou. É preciso mostrar repetidamente que as sociedades com maior número de descrentes são aquelas em que existe menor número de asassínios por mil habitantes, aquelas em que existe maior apoio aos desfavorecidos e assistência social.

Quando entendermos que é tão fácil ser felizes e decentes sem religião, quando entendermos quão frágeis são as alegações e mentiras do clero, deixamos de ter razões para temer o meteorito.
Poderemos viver a nossa vida.