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Categoria: Não categorizado

15 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

ainda sobre pandas e pessoas

adoro o momento onde Lewis Black grita «estão a tentar cegar as pessoas com não-ciência!!!»

15 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Brasil – o jejum mata

Mulher cristã obriga a família a jejuar e morre, tal como o cavalo do azeiteiro que, quando já se tinha desabituado de comer, lhe aconteceu o mesmo.

O cristianismo, à semelhança das outras religiões monoteístas, alimenta-se da crendice, do sofrimento e da loucura. Não se pode esperar mais das religiões abraâmicas, em que o celerado Abraão se preparava para matar o filho Isaac e Deus estava apenas a brincar, como os garotos, para ver até onde ia a toleima da sua obediência. Um era velhaco e o outro era doido.

Ora, quando um pai é capaz de matar o filho por ter ouvido uma ordem idiota e milhões de pessoas são capazes de adorar tal Deus, não são os crentes que merecem censura, é Deus que precisa de um colete de forças e os seus panegiristas de cuidados médicos.

Aliás, se Deus fosse tão poderoso, como dizem os que vivem á sua custa, não precisaria de quem o defendesse, defender-se-ia ele próprio castigando os que o ofendem. Deus é bem mais pequeno do que o inventaram e menos justo do que quer fazer crer o clero.

No Brasil, uma cristã fervorosa obrigou a família a fazer jejum até receber uma ordem de Deus. Encontrando-se este de férias desde o big-bang, a devota deixou arrefecer o céu-da-boca sem ter para onde exportar a alma. Deixou à beira da morte 5 pessoas que a acompanharam na loucura e na devoção e, como quase sempre sucede nestas coisas da fé, libertas da coacção a que foram sujeitas.

15 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

O caso de Dover

Antes de passar para o clip, uma breve explicação do que vão ver.

Em 2004 em Dover, PA, USA, um Conselho Directivo [CD] de uma escola quis passar uma decisão onde os professores de biologia teriam de apresentar aos seus alunos uma teoria alternativa à Teoria de Evolução das Espécies de Darwin, chamada «Desenho Inteligente» [DI].

DI defende que algumas das características da vida são demasiado complexas para terem evoluido naturalmente, e como tal devem ter sido criadas por um «agente inteligente».

Os professores de biologia recusaram-se a aceitar tal decisão, recusando o ensino de DI. Igualmente, os encarregados de educação colocaram a escola em tribunal federal devido à decisão do CD

O clip mostra uma das razões para a decisão de anular a decisão do CD. Para além do claro disparate de defender que ID pode ser ciência, prestem especialmente atenção [principalmente a partir dos 5min do clip] à parte do «cdesign proponentsists». Os religiosos são tão néscios que nem conseguiram alterar um documento com o mínimo de atenção aos pormenores.

Muito educativo, e principalmente revelador a nível da «ajuda» para o progresso do conhecimento por parte dos agentes religiosos. Façam a todos um favor, e limitem-se a fazer as vossas orações.

para saber mais sobre Novo Ateísmo visitar o NOVA

15 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

BRASIL – Troca de sinos por música electrónica

Roma, 13 nov (RV) – Ouvir as badaladas dos sinos do Vaticano ou do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, na paróquia vizinha está-se tornando cada vez mais comum. A mágica é possível graças a um sistema eletrônico de sinos, que reproduz, por meio de alto-falantes, os sons das badaladas originais.

O Brasil é dos países que mais deve ao cristianismo. Os portugueses levaram a sífilis, a varíola e a fé. Os barcos deixavam jesuítas e escravos e traziam ouro e pedras preciosas que serviram para construir mosteiros, fazer ofertas ao Papa e deixar morrer na miséria portugueses e brasileiros.

O catolicismo é um vírus antigo que viajou de barco para a América do Sul a mando de D. Manuel I e de D. João III, de Portugal, e dos Reis Católicos de Espanha, um casal que não tomava banho mas não se esquecia de papar hóstias, rezar orações e perseguir judeus. A Península Ibérica foi sempre um antro do Vaticano e alfobre do catolicismo.

Valeram a Reforma e a Revolução Francesa para debilitar o poder das sotainas e, finalmente, Garibaldi para colocar o Papa no antro que ainda hoje é o seu habitat, depois dos acordos de Latrão celebrados com o pio fascista Benito Moussolini.

Quando Pasteur combateu os micróbios já o Iluminismo tinha combatido o vírus da fé e a vacina contra a raiva foi precedida pela Revolução francesa que imunizou as pessoas contra a superstição.

Hoje a ICAR é uma pálida ameaça da perigosa associação de malfeitores que organizou as Cruzadas e criou a Inquisição. Hoje, à falta de um braço secular que lhe queime os hereges, limita-se a vender indulgências, criar santos e exportar música electrónica.

No Brasil, como se vê, já se podem ouvir as badaladas dos sinos do Vaticano ou do Mosteiro de São Bento, em São Paulo. Basta pagar, porque a salvação da alma não tem preço mas custa dinheiro.

14 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Igreja no Guinness Book


Uma igreja alemã entrou para o Livro dos recordes, com a torre mais inclinada do mundo. A igreja localizada em Suurhusen conseguiu bater o recorde anteriormente pertencente à torre de Pisa, conseguindo uns notáveis 5.19 graus de inclinação, contra os 3,97 do edifício italiano. A igreja candidatou-se para o recorde em Junho e conseguiu vencê-lo, enquanto a torre de Pisa desistiu da competição com o risco de desabamento, obras foram feitas após 9 anos de burocracias.

Telegraph: Crooked church leans more than Pisa
Telegraph: Leaning Tower of Pisa is saved from collapse

Também publicado em LiVerdades

14 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Dentro da República Islâmica do Irão


O jornalista Rageh Omaar fez uma interessantíssima incursão pelas vivências iranianas na cidade de Teerão, excluindo qualquer contorno político, simplesmente explorando a sociedade através de comuns cidadãos no documentário da BBC “Bem Vindos a Teerão“. Este documentário é uma excelente forma de olhar para a teocracia islâmica do lado de dentro, conhecendo o quotidiano dos cidadãos, uma interessante forma de conhecer valores e culturas diferentes que podem servir muitas vezes como comparação a contextos diferentes.

Entre as muitas histórias de vida incríveis que por lá se contavam, e que demonstram que a vivência na teocracia islâmica não é tão má como se conta, para isso basta seguir os valores islâmicos, como em qualquer outro sistema fascista, regras cumpridas e a vida corre às mil maravilhas, surgem pessoas sorridentes, humoradas, pacíficas e com quotidianos de vida extremamente normais independentemente do prisma de valores com que se olhe.

Rageh Omaar durante a sua estadia em Teerão decide publicar um artigo numa revista iraniana. Algo interessante pois sabia à partida que a censura existe, que os chefes de redacção censuram e adaptam os artigos antes da sua publicação, ou seja, a censura explicita, longe da censura invisível de muitos países ocidentais.

Neste processo consegue-se perceber facilmente como funciona a censura, sem obscurantismos, nem nevoeiros cerrados, tudo incrivelmente transparente, respeito pelas leis islâmicas e tudo funciona na perfeição, desrespeito e surge a moldagem de conteúdos, a transformação de negações em afirmações, no fim diz a mesma coisa por outras palavras, só a percepção do leitor irá mudar o contexto pela envolvência social e valores por ela emanados.

Na moldagem do artigo de Rageh Omaar pouca coisa muda, o analista do artigo procede à mudança de simples coisas de forma mecanizada, algo que identifica como adaptação aos contextos e valores sociais islâmicos, dos quais se salienta as seguintes alterações: mudança de “pessoas que usam máscaras” para “pessoas com várias camadas, indivíduos com múltiplas posturas culturais“; alteração da frase “As mulheres são proibidas de conduzir motas.” para “Só os homens conduzem motas.“; reformulação da frase “Existem muitas pessoas descontentes com o governo.” para “Existem muitas pessoas preocupadas com os problemas sociais.“.

Também na música as coisas se processam de formas semelhantes, os músicos não falam abertamente de censura, apenas identificam que se orientam pelos valores culturais islâmicos, fornecendo exemplos típicos, a não inclusão de temas explicitamente sexuais. Interessante a alusão de um agente musical a uma banda feminina, à qual Rageh Omaar mostra perplexidade perguntando se isso não seria proibido, onde a resposta não podia ser mais interessante, “Muitas pessoas pensam que temos menos margem de manobra do que a que realmente temos.“.

Para além da demência teocrática islâmica existem pessoas, e com vivências muito interessantes e harmoniosas, longe das ideias nucleares e dos barbarismos teocráticos, onde a mais expressiva diferença do ocidente é a relativa honestidade, a censura visível e a discrepância entre a população e as ideologias fascistas religiosas do clero e do governo. Muitos pensam que se está a anos-luz de determinadas pessoas, mas muitas vezes existem pontos de relativa proximidade, tomando como ponto de partida a censura literária por motivos islâmicos no Irão podemos identificar um exemplo idêntico em Portugal por motivos católicos, a censura ao “Evangelho segundo Jesus Cristo” de José Saramago em 1992, países diferentes, culturas diferentes, religiões diferentes, mas algumas posturas iguais, “A apregoada beleza literária, a existir nesta obra, longe de atenuante e muito menos dirimente, constitui circunstância agravante da culpabilidade do réu, seu autor“, disse o arcebispo de Braga, na linha de pensamento igual à do clero islâmico no Irão.

Outro pormenor interessante da cultura islâmica iraniana é a música popular, incrivelmente idêntica à música “pimba” portuguesa. O “humor negro” também por lá acontece, um lutador de wrestling acabou a sua carreira com um deslocamento do ombro enquanto segurava um andor numa procissão religiosa.

BBC: Welcome to Tehran – a journey by Rageh Omaar
Também publicado em LiVerdades

13 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

«You dirty little whores»

Tradução do título do artigo para Português (para aqueles menos familiares com o Inglês)

«Suas pequenas prostitutas reles».

Deixem-me apresentar as duas pessoas em questão:

À esquerda, Rudolph Guiliani

Democrata virado Republicano, irresponsável em vários aspectos relacionados com as pessoas e a cidade de NY antes e depois do 9-11, alarmista, promotor de medo e desconfiança, usa mais vezes a palavra terrorismo do que educação ou economia, ex defensor dos direitos dos homossexuais e das mulheres poderem interromper a sua gravidez voluntariamente, divorciado duas vezes, transvesti em momentos especiais. Aspira a liderar o país mais poderoso do mundo.

À direita, Pat Robertson

Um ministro evangélico cristão: misógino, intolerante, manipulador, mentiroso, fanático. E isto são algumas das coisas mais agradáveis que se pode dizer deste ser humano. Das «pérolas» infames que este boçal já emitiu pode-se destacar: o pedido para o assassinato de um líder político de uma nação de América do Sul, que o Islão não é uma religião mas um sistema de dominação mundial, que a homossexualidade é uma doença, que os zionistas tem o direito a ocupar a Palestina, que espera ver o final do mundo ainda durante a sua vida para ver o regresso de Jesus Cristo, que o seu deus lhe confidencia irem acontecer catástrofes naturais e ataques terroristas na América como punição para o número de não-crentes, que a Europa está a cometer suicídio por permitir a entrada de pessoas com outras religiões nas suas sociedades, que a teoria da evolução é um culto e uma maneira de adorar o ateísmo, etc etc.

Se este acto não tivesse repercussões que podem ser muito importantes para a vida de todos nós, até podia ser motivo de uma boa chalaça: assim estilo, «A necessidade traz acordos com o diabo; Contas na mão e o diabo no coração; Em tempos de guerra, mentiras por mar e por terra».

Mas eu estou mais preocupado com este «acordo de conveniência». Com alguém que muda de posição para agradar à direita religiosa fundamentalista Americana, e com outro alguém que dá apoio a um «oportunidades-iguais-tipo de pecador» pela ânsia de ter poder.

É assim que se traçam os destinos do nosso planeta. Convertam-se, ateus!! Se calhar, o mais depressa possível. O big JC já deve estar a comprar o bilhete de regresso.

Ou então, façam como eu [opinião pessoal, não reflecte a de mais ninguém], esperem que ganhe a Hillary. E neste caso, não é uma situação de «venha o diabo, e escolha».

13 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Mais um estado laico

O Catolicismo deixará de ser a religião oficial do Principado de Liechtenstein. O primeiro-ministro Otmar Hasler apresentou a reforma que regulamenta a separação entre Igreja e Estado.

Lentamente, os últimos protectorados do último estado totalitário da Europa – o Vaticano -, vão-se emancipando e tornam-se estados de direito pleno.

12 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Momento Zen de segunda

João César das Neves (JCN) não é apenas professor da Universidade Católica, é o braço armado das sotainas, o mensageiro de todos os recados da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR).

Na homilia de hoje contemplamos o azedume do prosélito em «O SURDO REGRESSO DA LEI DE SEPARAÇÃO», como se a separação da Igreja do Estado não fosse a mais digna postura e a mais pacífica para com as diversas religiões.

Ironicamente, Paulo Baldaia, chefe de redacção do JN, assina, também hoje, no JN, um artigo com uma visão muito mais lúcida sobre a ICAR: «O negócio da fé».

Talvez para expiação dos pecados, JCN exige a regulamentação da Concordata (tratado dispensável entre o Estado português e o do Vaticano) – uma forma de reivindicar os privilégios que a hierarquia católica reclama e de que JCN sub-repticiamente se faz eco.

JCN deplora a derrota do miguelismo que, na sua opinião, «tentou responder à crescente onda jacobina», o que «gerou a longa e degradante servidão da Igreja sob o jugo liberal da segunda metade de Oitocentos». Para ele, o que não seja um Governo semelhante ao do Irão é um regime de «servidão da Igreja».

Segundo o beato plumitivo, as normas cuja extensão aos lares da ICAR é uma exigência legal, não passam de «regulamentos e exigências tolas».

Sem o dizer claramente, vê no fim do subsídio à Universidade Católica a «agressão» de Sócrates, «talvez inspirado pelas tolices de Zapatero», e, tecendo o mais terno louvor à bondade da ICAR, considera «confronto» e «opressão» o cumprimento da Constituição, que garante a liberdade religiosa, com tratamento igual das diversas confissões.

A extinção dos lugares de capelães hospitalares, prisionais e castrenses, na função pública constitui «perseguição» e «opressão» [sic] de que é vítima a Igreja católica.