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20 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

Desenho Inteligente em tribunal

Em Dezembro de 2005, onze encarregados de educação em Dover, PA, colocaram em tribunal o Dover Area School District (o Agrupamento de Escolas da Área de Dover) devido a uma declaração que o Conselho Directivo da Escola de Dover exigia que fosse lido aos alunos do 9º ano na disciplina de ciência sempre que a teoria da evolução das espécies fosse ensinada.

Este caso é retratado numa sucessão de episódios magnificamente produzidos pela equipa NOVA, que é parte do canal PBS nos Estados Unidos (de salientar a magnifica cooperação deste projecto do Prof. Neil deGrasse Tyson)

São duas horas divididos por 12 episódios. Muito bem feito, muito fácil de ver e de elevadíssimo valor educativo.

ver o sítio do NOVA-PBS aqui

No programa não se entra em detalhe na decisão do Juiz, mas deixo aqui algumas das conclusões que se podem encontrar no documento final.

«Um aspecto importante do movimento de Desenho Inteligente [DI] é que é um argumento religioso. Dessa forma, pode-se constatar que os proponentes de DI defendem que o «desenhador» postulado pelo seu argumento é o Deus do Cristianismo (página 26).

As evidências apresentadas em tribunal demonstram que DI não é mais que outra forma de difundir criacionismo (página 31) e que DI é uma visão religiosa, e não uma teoria científica (página 43).

Fica declarado que apesar de os argumentos de DI possam ser verdadeiros, ID não é uma ciência. DI falha a três níveis, qualquer um deles só por si suficientes para determinar DI como não sendo ciência:
1. DI viola regras básicas de como ciência é feita, ao invocar e permitir uma causalidade sobrenatural
2. O argumento de complexidade irredutível que é central para o DI usa os mesmos princípios erróneos e ilógicos do criacionismo dos anos 80
3. Os ataques dos proponentes de DI à teoria da evolução foram sobejamente refutados pela comunidade científica (página 64). E fica claro que os objectivos dos proponentes de DI não é de encorajar pensamento crítico, mas de fomentar uma revolução que crie a substituição da teoria da evolução com o DI (página 89).»

Para saber mais sobre Novo Ateísmo visite o NOVA

20 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Espanha – O estertor do fascismo

Domingo, no aniversário da morte de um dos mais frios e cruéis assassinos do século XX, os nostálgicos da ditadura espanhola fizeram a canónica peregrinação anual ao Vale dos Caídos.

Na lúgubre evocação não faltou um padre a adejar a sotaina para honrar «aquele que foi, pela graça de Deus, caudillo de Espanha», nem um estudante de economia, de braço ao alto, orgulhoso de ser neto de quem «matou 156 ‘vermelhos’ à metralhadora em 1936, na Galiza, e depois foi comer marisco».

Estavam lá os detritos da memória de um tempo em que o fascismo e o altar se aliaram para matar os sonhos de liberdade. O ódio que ainda os corrói vê-se nos rostos grotescos e nos braços estendidos junto de um monumento pio edificado por 15 mil condenados a trabalhos forçados.

A grotesca encenação de quem se reclama sempre «espanhol e católico» teve do poder legal, como resposta, a «lei da memória histórica» enquanto da parte eclesiástica se faz sentir um silêncio cúmplice perante as homenagens ao seu venerado Caudillo Franco.

A Espanha rural, beata e fascista fez ontem a última peregrinação legal ao Vale dos Caídos. Envergavam camisas azuis de melhor qualidade do que as da ditadura, cantaram o ‘Cara al Sol’ e fizeram a saudação nazi perante um Franco que jaz morto e apodrece no monumento que o fascismo espanhol transformou no altar de si próprio e onde jaz morto e apodrece Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde Salgado Pardo de Andrade.

19 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

José Saramago – escritor, ateu e comunista

José Saramago, o Nobel do nosso contentamento, fez ontem 85 anos, embora, segundo o registo, lhe faltassem ainda dois dias.

Era aguardado no Convento de Mafra, localidade onde tem uma escola secundária com o seu nome, à revelia do edil que nunca autorizou o preito que o Governo de Guterres acabou por impor. Há 290 anos foi lançada a primeira pedra do Convento com que D. João V agradeceu a mercê divina de um herdeiro e delapidou o ouro do Brasil que lhe sobrou das oferendas ao Papa.

Não adivinhava o «Senhor Fidelíssimo», título e prémio papal ao desperdício com que deslumbrou o Vaticano, que o Mosteiro serviria de cenário a uma das mais interessantes obras literárias do maior ficcionista português do Século XX.

Saramago deu a Mafra a fama internacional projectada pelo «Memorial do Convento», um romance em que a funda erudição se associa à fábula, as alegorias mergulham na história e Frei Bartolomeu Lourenço acaba louco por entre dúvidas metafísicas e a perseguição do Santo Ofício, havendo ainda tempo para o amor entre Baltazar Sete-Sóis, ex-soldado maneta, e Blimunda Sete-Luas, que perscrutava vontades através dos corpos das pessoas, transparentes ao seu olhar.

A beleza literária e a linguagem inovadora criaram uma obra-prima a que o Convento de Mafra serviu de pretexto. Vinte e cinco anos depois da sua publicação e de 1 milhão de exemplares vendidos em Portugal, o Memorial do Convento aí está como obra imortal do génio de um escritor que a doença impediu de estar hoje presente.

José Saramago deslocar-se-ia hoje ao Convento de Mafra se a doença o não retivesse, quiçá entregue ao desvelo de Pilar del Rio. Terá sido a última vez que Saramago perdeu a primeira oportunidade de falar do Memorial do Convento no Palácio que lhe serviu de berço.

Parabéns, José Saramago, pelos 85 anos e, sobretudo, pela obra singular, em língua portuguesa, que rivaliza em solidez e imponência com o Convento de Mafra.

19 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Espanha e a busca pela dignidade

Entre 1939 e 1975, a Igreja Católica Romana e Franco, o “Caudilho de Espanha pela graça de Deus”, governaram a Espanha em regime de repreensão brutal aos adversários, devidamente apoiados pelos déspotas Hitler, Salazar e Mussolini. Cerca de meio milhão de pessoas morreram durante a guerra civil Espanhola até à ascensão de Franco ao despotismo, no qual foram executadas milhares de pessoas, sempre com a conivência da Igreja Católica Romana.

O parlamento em Madrid decide proceder à reabilitação das vítimas do franquismo, colocando em jogo a lei da memória histórica, aprovada em 31 de Outubro com o intuito de reparação moral e a reabilitação pública da memória das vítimas de perseguições políticas, ideológicas e religiosas durante a guerra civil e das décadas de fascismo que se lhe seguiram. Perante a imperiosa escolha de clarividenciar a História e proporcionar a dignidade mínima às pessoas que sucumbiram durante a guerra e o franquismo, a Igreja Católica Romana respondeu com a maior campanha propagandística dos santinhos e anjinhos da sua História ao beatificar 498 católicos caídos do lado que lhes interessava, imiscuindo no mínimo um torturador pelo meio, facto conhecido mas aparentemente normal nas lides clericais. A apoteose da beatice e de afronta à Democracia Espanhola ocorreu poucos dias antes da aprovação da lei, provocando deliberadamente a hostilização e o sectarismo. A cerimónia foi presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins, intelectual sublime do prosélito, das cruzadas católicas às Laicidades e da condenação de todos os não-cristãos à inexistência, conforme afirmado na propaganda católica televisiva de 14 de Outubro na RTP, “A força do espírito”, “Tudo o que é verdadeiramente cristão é verdadeiramente humano e tudo o que é verdadeiramente humano é verdadeiramente cristão”.

Na aprovação da lei surge uma alteração em cima do joelho, a excepção à regra aparece e é o que se esperava, a Igreja Católica Romana fica isenta de retirar todo e qualquer material propagandístico franquista das suas Igrejas com a possibilidade de alegação de simbologia artística e religiosa, o franquismo consegue assim sobreviver dentro das Igrejas.

Infelizmente a lei também não determina a anulação dos julgamentos sumários feitos pelos tribunais do franquismo que decretaram a execução de mais de 50 mil republicanos, apenas proclama a ilegitimidade destes órgãos e das sentenças.

Segundo a Igreja Católica Romana, pela voz do Francisco Pérez, a lei é “desnecessária” e a “história não vai mudar porque uma lei se torna “memória””, a tentativa de perpetuação da propaganda franquista e católica pelas páginas da História quando a moral Humana obriga a que nas páginas da História esteja a História, milhares de pessoas encontram-se desaparecidas, enterradas em valas comuns à espera que a dignidade e a moral se afirme e lhes proporcione a dignificação mínima, para além de se poder finalmente retirar o lixo católico e fascista e substitui-lo pelos factos, pela concretude das coisas.

Enquanto a Igreja Católica Romana tenta a todo o custo abafar a Democracia Espanhola e perpetuar a mentira, a hipocrisia e a injúria, a História começa finalmente a escrever-se, Maribel Brenes procede a estudos sobre a repressão do sistema franquista e acredita ter descoberto provas de que existem cerca de 10000 mortos enterrados em 57 valas comuns em Granada.

Enquanto o catolicismo assume as mesmas posturas relativas ao Nazismo, as negações do holocausto e dos 6 milhões de Judeus mortos, os obscurantismos e os revisionismos históricos, as verdades começam a surgir do lodo franquista, mesmo com a contínua batalha católica pela limpeza através da mentira e das cerimónias franquistas efectuadas, como a missa na Basílica do Vale dos Caídos em 17 de Novembro em homenagem a Franco na data da sua morte onde compareceram 1500 pessoas, felizmente menos 40% que no ano passado.

A Igreja Católica Romana continua com a mesma postura demencial de sempre, desde a sua fundação até aos tempos recentes, resta às Democracias saberem lidar com este estranho parasita.

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17 de Novembro, 2007 ricardo s carvalho

sondagem

imaginemos que a história em torno do senhor jesus cristo decorria na europa dos dias de hoje (com as alterações adequadas) em vez de na palestina no tempo da ocupação romana. o que acha que seria o destino mais provável do senhor cristo pouco tempo após completar 30 anos:

(a) uniria a humanidade em torno dos seus ideais e seria coroado rei vitalício da mesma, numa cerimónia nas nações unidas em nova iorque;

(b) seria internado num hospital psiquiátrico, enquanto que a seita que o seguia se barricava numa gruta à espera do fim do mundo;

(c) assim como assim, e como quem não quer a coisa, aproveitava-se para o cruxificar, só para ver se sempre ressuscitava ou não…

[Esquerda Republicana / Diário Ateísta]

17 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Justiça divina = Justiça de sarjeta

No reino saudita jorra a fé, a violência e o petróleo. Medina, Meca e o rei Abdullah são ícones sagrados de um dos mais ricos e retrógrados locais do mundo.

A lei, a única lei a que todos se submetem, é o Corão. Se para os homens é um martírio demente, para as mulheres é um infernal manicómio. Justificar com a tradição a alarve ignomínia que persiste nas teocracias é um acto de cobardia que envergonha os povos civilizados e torna indignos os cúmplices.

A Arábia Saudita não é um país é um feudo de família que goza da protecção dos EUA e da UE para onde exporta petróleo e terrorismo. Os líderes ocidentais recebem os príncipes sauditas como se fossem pessoas de bem.

Após a primeira guerra do Iraque, conduzida pelo papá Bush, houve mulheres sauditas que ousaram conduzir automóveis tal como as militares dos EUA. O clero decidiu que Maomé, que só conduziu camelos e crentes, não o permitia às mulheres. Assim, as que arriscaram foram vergastadas em público, castigo que agradou ao Profeta e divertiu os crentes. Mais felicidade para um e outros só a lapidação de uma adúltera, onde se nota o mesmo êxtase místico com que outrora se assistia na Europa ao churrasco de bruxas e judeus.

A justiça é desigual para homens e mulheres nos sítios onde a lei de Deus se sobrepõe à Declaração Universal dos Direitos do Homem. Como pode um livro racista, xenófobo e misógino garantir os mais elementares direitos humanos?

Uma mulher vítima de violação foi condenada a seis meses de prisão e 200 chicotadas. Esta é a mais recente e abominável manifestação da justiça de sarjeta que vigora nos países submetidos à sharia, um aviso para os países que descuram a separação da Igreja e do Estado.

16 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Fátima – Perigo de vida

Nota – As estradas de Fátima são as que mais matam sem que alguém ressuscite.

16 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Liberdade da irracionalidade

A liberdade religiosa é tudo menos liberdade, invoca consecutivamente o direito de se imiscuir entre as sociedades sem que as sociedades se imiscuam no fenómeno religioso, tal como qualquer ideia exposta em qualquer contexto enfrenta a racionalidade Humana também o fenómeno religioso deveria enfrentar o que nos destingue dos seres irracionais, que por questões evolutivas não conseguem raciocinar, o Homem consegue o mesmo comportamento mas por questões de estagnação. Se em determinado contexto uma ideia se lança no debate por simplesmente ser emanada, seja no prisma político, no económico ou no gastronómico, no fenómeno religioso as ideias são emanadas livremente e isentas de filtragem racional em torrencialidades ignóbeis várias, desde as lavagens cerebrais televisivas até às simples interacções quotidianas, sem que tenham de atravessar qualquer tipo de debate intelectual, pois são religiões, dogmatização do dogma, irracionalidades perpetradas pelo medo de viver e pelo medo do além, pelo contexto social opressivo e pela infantilização da mente enquanto esta é jovem, as potencialidades de assim se manter variam mas são excessivamente recorrentes.

A contínua intrusão de idiotice quotidiana nas mentes humanas produz o fenómeno esperado de infantilização do animal racional que continua a usufruir da sua racionalidade mas em amarras firmes de condenação da sexualidade, de busca perpétua pelo sofrimento terreno e fuga ao prazer, a excelente deturpação dos existencialismos humanos que exponenciam os prazeres de uma minoria que se regozija no parasitismo. O facto é agravado com tendências imperialistas, as morais imorais definem antagonismos extremos, obediência à infantilização da mente ou mera hipocrisia que a transmita de alguma forma e a nuvem está conquistada, assim como o poder dos propaladores da virulência religiosa se avulta, recusa à estupidez e emancipação da racionalidade e consciência das concretudes das coisas e as carraças aparecem como cogumelos selvagens venenosos invocando a liberdade religiosa, ou seja, o parasitismo de invasão nos terrenos alheios e a coscuvilhice advinda de quem não possui vida própria, devidamente sugada por parasitas ignóbeis e vácuos.

No exercício da liberdade religiosa exercem a opressão da sexualidade, tentam legislar o que não é legislável, tanto quanto se identifica nos comportamentos advindos da fé e da censura aos inatos instintos sexuais Humanos naturais, as brincadeiras com a libido trazem horrendas consequências como a pedofilia e a violação, contexto próprio advindo de pessoas infantilizadas pela irracionalidade das histórias estapafúrdias e cujos desvios e metamorfoses emocionais se encarregam de demenciar. Fenómenos de criminalidade sexual advinda de celibatários são perfeitamente normais, a anormalidade reside na legislação antagónica à liberdade natural da existência Humana.

Também a liberdade religiosa se emana por oprimir a religião, qualquer contexto enviesante às ideias dominantes é combatido, tal como se afigura normalmente por interferir na liberdade religiosa dos que possuem enviesamentos, invocam a maioria da população como seguidora dos seus infantilíssimos dogmas para tentar atingir o poder absolutista, após conseguido invocam a maioria como enviesada dos seus lunatismos para exercerem e perpetuarem o poder, o fenómeno entra em circularidades enquanto a Razão não se imiscui no meio irracional e ilumina as mentes para a evolução, muitas vezes inexistente dentro da irracionalidade, o progresso Humano é um evolucionismo lento que arrasta atrás de si as irracionalidades estagnadas que o condenam quando lhes bem apetece, e que usufruem quando bem lhes apetece, a liberdade religiosa inclui o factor da hipocrisia demencial, é frequente interpretar um combate a algo inovador e seguidamente ver esse mesmo algo a ser usado e abusado por questões materialistas e propagandísticas, o fenómeno da comunicação é o mais evidente, mau por transmitir liberdade, bom por poder propagandear e urrar a estupidez.

A opressão e a propagação só conseguem advir da liberdade de fazer algo, interferir quotidianamente na vida dos indivíduos que emancipam o mínimo de individualismo Humano, a morte ao Ser Humano e o metamorfismo em Ser Religiosus, ou a massa completamente homogénea de existências, inexistências na concretude da fé. A liberdade religiosa identifica a uniformidade como exponenciação máxima dos indivíduos e sua aquiescência e demencial vontade em serem peças mecânicas de uma máquina da qual usufruem os perpetuadores das mentiras, para além da vontade do indivíduo totalmente mecanizado em reunir mais peças para o sistema.

Em todo e qualquer contexto existem indivíduos que simplesmente perscrutam a realidade e dela usufruem em esplendor, que renunciam à infantilização da mente, que atiram para o meio do entulho as legislações demenciais da vida privada, que matam a moral imposta em tenra idade e reinventam a sua própria moral, que constroem na mente um filtro inconsciente para a estupidez emanada das religiões e desenvolvem o intelecto e o conhecimento, que emancipam os prazeres e declaram guerras aos sofrimentos, que desfrutam das mais sublimes vontades naturais e emancipam os sentimentos, a fraternidade, a vivência totalitária de si mesmos na busca dos mais estimulantes e excelsos prazeres.

Também publicado em LiVerdades

16 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

OPA do Vaticano sobre as Igrejas Ortodoxas

Cidade do Vaticano, 14 nov (EFE).- As igrejas ortodoxas aceitam reconhecer o Papa como “Primeiro Patriarca”, mas discordam de suas prerrogativas, afirmou hoje a agência “Asianews”, ao revelar parte do documento conjunto que será apresentado amanhã pelo Vaticano.

Se a OPA amigável de B16 sobre as Igrejas Ortodoxas for coroada de êxito, fica criado um «trust» da fé sem qualquer comissão reguladora que defenda a livre concorrência. Ninguém obrigará a multinacional cristã, resultante da fusão, a vender alguns balcões à IURD, à Igreja Maná, às Testemunhas de Jeová ou a outras pequenas empresas do ramo.

Sabe-se como é reaccionária a teologia das Igrejas ortodoxas e como B16 é um Papa de cariz medieval, um ditador devorado pelo proselitismo e dono do único Deus legítimo, como não se cansa de afirmar.

A Oferta Pública de Aquisição é um perigo para o livre-pensamento e um instrumento de combate à laicidade. Se o Vaticano, sozinho, já faz tantas malfeitorias, imagine-se do que é capaz coligado.

É verdade que os clérigos se odeiam entre si como só Deus sabe, mas as dificuldades do mercado religioso obrigam-nos a engolir os sapos das centenárias desavenças para se lançarem numa cruzada contra o secularismo, o livre-pensamento e a concorrência islâmica.

Nada causa mais brotoeja na pele dos padres, mais ácido no estômago de um bispo ou ataque de caspa sob o camauro de B16 do que a liberdade de expressão, a democracia e os direitos individuais que levaram séculos a conquistar.

Cuidado com as alianças entre os ditadores da fé. É um mundo de opressão que se avizinha. É Deus que regressa trazido à trela pelo clero para obrigar a humanidade a ajoelhar-se.