«Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa». (Pascal)
No Sudão, um obscuro país onde a fome e a fé dizimam o povo, uma professora de inglês foi condenada a 15 dias de prisão, seguidos de deportação, por ter permitido aos alunos que dessem o nome de Maomé a um urso de peluche, o que foi considerado uma ofensa ao Profeta e não ao urso.
Poupou-a às chibatadas a nacionalidade e a intervenção do primeiro-ministro inglês e às balas a polícia anti-motim. Os piedosos sudaneses que se manifestaram, junto ao palácio presidencial, contra a clemência da sentença, queriam vingar a afronta ao Profeta à saída das orações de sexta-feira, excelentes para estimular a violência.
Foi uma desilusão para os crentes terem sido impedidos linchar a professora. Estavam munidos de paus, facas e machados e só ansiavam por dar público testemunho da sua fé e agradarem ao seu Deus.
Há quem pense que a demência mística é mera manifestação tribal ou apanágio de uma única religião, talvez por desconhecer o Levítico, por exemplo, e a dívida para com o Iluminismo e a Revolução Francesa.
O fundamentalismo é uma palavra que serviu para definir, primeiro, o protestantismo evangélico americano que no início do século XX pregava um Deus apocalíptico, cruel e vingativo, e que actualmente ameaça transformar-se de novo na característica comum das diversas religiões.
É preciso um sobressalto republicano e laico em massa para evitar que as religiões destruam a civilização e comprometam a sobrevivência humana e que a blasfémia – um «crime» medieval – desapareça do Código Penal de todos os países civilizados.
Vamos terminar esta sequência de vídeos sobre os disparates ditos por criacionistas.
Primeiro reparem na capacidade destes charlatães, à falta de algo de substancial para dizerem, andarem a utilizar expressões de verdadeiros cientistas fora de contexto. Vejam no clip como qualquer pessoa pode colocar qualquer expressão na boca de quem quiser. E quanto a tentar apresentar Einstein como criacionista é uma falta de respeito atroz à inteligência e ao trabalho de um cientista como ele. Einstein era, no máximo, um panteísta, e ser «citado» por um vigarista como este Ray Comfort é um ultraje.
Quanto a pessoas como este Comfort, gosto da teoria da «venda da banha da cobra» por parte do narrador [por volta dos -6.30seg,] e como isso seria imediatamete rejeitado no processo científico.
Chamo a vossa atenção para o exemplo dos líquidos e dos copos. Esta é a base do criacionismo, «se a vida parece desenhada, é porque foi desenhada». Mas o verdadeiro cientista é aquele que procura a razão natural do fenómeno, e entende que não há necessidade para razões de índole sobrenatural. Ou como diria o Dr William Kraemer «qualquer pessoa pode encontrar qualquer resultado se for um mau cientista», e, acrescentaria eu, «se for um pseudocientista sem nada de útil para acrescentar».
E viva a «máquina de fazer pores-do-sol»
Recomendo igualmente os outros clips do Thunderf00t
Esta é uma possível lista das maiores blasfémias de todos os tempos. Trata-se de uma lista organizada segundo o impacto causado em cinco pontos diferentes, nomeadamente: vulgaridade, criminalidade, impacto religioso, impacto político e número de mortes directamente relacionadas.
De notar que todas as blasfémias onde existe registo de mortes estão relacionadas com o islamismo.

O déspota vaticanista tenta mandar mais do que o que pode, fora das fronteiras do quartel-general católico do Vaticano existe uma coisa excelente chamada Direitos Humanos e os tiques maníacos de ditadura dos travestis adornados a ouro primoroso e luxúrias várias caem enviesados dos alvos, até mesmo porque os alvos nem existem, muito menos o atirador de serviço, reformado mesmo antes de nascer, ou deus para os menos avisados das lides.
Salvos na esperança é a nova paranóia de Ratzinger, uma espécie de evangelização à força da marretada nos conceitos de “deus”, “inferno”, “purgatório” e parvoíces afins, englobando o ateísmo lá pelo meio, até mesmo porque se a racionalidade Humana se emancipa lá se vai o deus pela sanita abaixo e restantes patranhas de venda de banha da cobra. Para o demente católico o ateísmo é “uma das maiores formas de crueldade e violações da justiça conhecidas pela humanidade.”, tenebroso caso ao que se afigura, um contexto de negação passa a contexto de afirmação e lógica da palermice em cima e temos a afirmação política denominada comunismo. Uma espécie de raciocínio baseado em algo como… O Hitler era vegetariano, o Hitler era anti-semita, os vegetarianos são anti-semitas.
Após a criação dos espantalhos, deus e os comunistas, é ver Ratzinger a enfiar os pés pelas mãos e os vómitos estapafúrdios saem às resmas, “O homem tem necessidade de Deus, de contrário fica privado de esperança.” disse o Homo Catollicus, em clara alusão à tentativa de aglomeração de mais Homo Ajoelhadus para o bando, entra também em contextos menos próprios sexualmente, o assédio sexual desse deus, “Deus é o fundamento da esperança, não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto.”, 17% da população da dita Humanidade é católica, o que segundo as contas mais recentes significa que 83% dos Seres Humanos não podem ser englobados nestas paranóias, especialmente porque deus é um personagem masculino e existem muitos homens heterossexuais que não gostam deste género de assédios, Ratzinger que ame e seja amado pelo seu companheiro deus, pelos irmãos vaticanistas e pelos católicos que assim o desejem, mas que não inclua pessoas que não deram o seu aval para a participação nas orgias divinas.
Também a ciência é criticada pelo terrorista de saiote, ela abre “possibilidades abissais de mal”, o que demonstra uma vez mais a disfunção cerebral do Homo Catollicus, a ciência visa o entendimento da realidade, se a realidade possui essas “abissais do mal”, a ciência visa exclusivamente a explicação e compreensão da concretude das coisas, obviamente que não explicará as paranóias religiosas, não explicará o fenómeno do repolho alado que vi ontem a voar sobre o Rio Douro, nem o fenómeno do Unicórnio Azul que tem três cornos mas que não é um tricórnio, nem o fenómeno dos Tamagotchis assassinos armados com corta-unhas que habitam Plutão, porque não responde a isto? Porque é… estúpido.
Pérolas divinas também se encontram em abundância nos ditos e não ditos, nos disse que disse mas afinal não disse nada de jeito de Ratzinger, “Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor.”, frase bonita e atraente que possui toda uma profundidade excelsa que produz uma lágrima no canto do olho nas mentes mais sensíveis ao humor.
Para finalizar o teatro não podia faltar o Inferno, as chamas, o purgatório, as alusões à morte, e muitas outras coisas fofinhas advindas do amor católico, “com a morte a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva” disse o paranóico, a morte é definitiva, excelente conclusão que nunca ninguém sequer imaginou!
A teoria da salvação e da esperança da salvação através de Ratzinger é excelente, parece que a concorrência das agências de viagens para o além está a ficar ténue, o Vaticano é uma espécie de monopólio dessas viagens, é aproveitar a época baixa e comprar o bilhete. Bento dita o comportamento exemplar dos bons passageiros, citando o caso dos monges na Idade Média que se enclausuravam em oração não apenas para sua própria salvação, mas pela dos outros. Entram novamente os outros no contexto, até que ponto “os outros” pediram alguma coisa aos animais em cativeiro? E a salvação desses “outros” era demasiadamente calorosa, certo sabido que nunca mais sofreriam de gripes e de ossos partidos após carbonização em fogueira em lume brando que crepita melhor, sofrimento nunca mais depois de uma salvação na fogueira.
Para aqueles que sejam devotos aqui ficam os comportamentos básicos para uma boa cristandade, palavras do dono da agência de viagens para o além do Vaticano, oração, sofrimento, agir e entender o Julgamento Final como um símbolo de esperança. Palavras sábias, eloquentes e meigas do amor católico para com os Homo Ajoelhadus, a sofrer é que se vive, especialmente se propagarem o sofrimento pessoal aos outros, assim vivem todos na felicidade do sofrimento.
Ratzinger, porque não te calas?
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Bento XVI critica ateísmo na sua segunda encíclica, com que já tinha ameaçado os devotos.
JP2, além de acreditar em Deus, uma excentricidade polaca, era um político pouco recomendável.
A editora Planeta lança no Brasil «O Poder e a Glória», espécie de biografia não-autorizada do pontificado de João Paulo 2º, e reacende a discussão sobre o lado obscuro do Vaticano.
Excerto da “Natural World Symphony” do músico inglês Nitin Sawhney. Uma exuberante celebração da vida, da sua beleza e diversidade.
Salvo o comunismo (sob Estaline e Mao), ele próprio transformado em religião, que glorificava o ditador de serviço a quem era rendido culto, nenhum sistema repressivo levou tão longe a opressão sobre os povos, a violência sobre os adversários e a limitação das liberdades individuais como as religiões.
Não é por acaso que as ditaduras se apoiaram quase sempre no poder das Igrejas, que o trono e o altar viveram em união de facto e de direito nas monarquias absolutas, nos impérios e nas numerosas ditaduras de pendor fascista que assolaram o mundo e nas que estão para durar.
Os homens que criaram as religiões foram certamente os piores do seu tempo no tempo em que os homens foram piores. Entre os ditadores destacam-se pela crueldade, ódio e espírito vingativo os dignitários religiosos. Dizia Pascal: «Os homens nunca fazem o mal tão completa e alegremente como quando o fazem por convicção religiosa».
Os ditadores laicos, por mais execráveis que sejam, limitam-se a ser cruéis, violentes e repressivos nos limites geográficos da ditadura que exercem mas os ditadores religiosos não se contentam com os antros em que se acoitam, lançam a peçonha através do mundo e castigam ou abençoam sem respeito por limites territoriais ou ideológicos.
O Papa excomunga um cidadão onde quer que viva, seja qual for a sua nacionalidade, a partir do Vaticano, tal como o aiatola Khomeini, do Irão, produziu idêntica sentença contra o escritor Salman Rushdie, que era britânico, neste caso com oferta pública de dinheiro para estimular a fé assassina de qualquer muçulmano que se prezasse.
Não sei se é a posição de joelhos, ou de rastos, que vai transformando lenta e eficazmente os líderes religiosos em répteis e em peçonha os seus actos.

As fogueiras são o gáudio do catolicismo, a chama acesa das convicções bárbaras passadas de geração em geração, incutidas por sotainas dementes bestializadas em celibatismos e em senilidades bolorentas advindas da vacuidade mental e da busca perpétua pela riqueza, objectivo de vida focado no afogamento em notas e ouro, em germinações de faustos incomensuráveis advindos da ignorância, da pobreza e da opressão social sobre as massas.
Em 2007 as fogueiras da santíssima inquisição continuam, a moda não deixa de o ser, as ideologias bárbaras católicas também não o deixaram de o ser, a pressão secular falha a tempos e é ver as labaredas a emanarem em liberdade religiosa plena, em gáudio de déspotas encapuzados embrenhados em ter um regresso às origens, à idade de ouro do catolicismo e das consequentes fogueiras. Em Janeiro três mulheres foram mortas e queimadas em Timor por bruxaria, a carne humana voltou a crepitar nos lumes cristãos.
Em Outubro foi tempo de fogueira em Indiaporã, onde 4 encapuzados pertencentes à Igreja Católica da Diocese de São Paulo, Brasil, correram de porta em porta em busca de matérias-primas vocacionadas ao lume católico, budas, livros, revistas, plantas, simbologias desenquadradas da cruz com um personagem estranho lá espetado, e festa feita com as labaredas a ressuscitarem da chama cristã pirómana acabrunhada com o secularismo dos encapuzados dementes.
Anunciando uma qualquer idiotice sobre a vinda de um morto à Terra para fazer alguma coisa que não lhe foi pedida, chega um tal de Jesus Cristo, uma vez mais, na mente lunática dos encapuzados licenciados em engenharia da churrascaria, e é vê-los de fósforos em riste e lenha às costas em exercício pleno da liberdade religiosa católica.
Chegadas do morto-vivo cristão são motivo de ponderação, supostamente tal personagem terá dito parvoíces como: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.”, assim se lê no livro bolorento de nome Bíblia em João 15.
Para além da estupidez associada à piromania demencial, convém ressalvar o ambiente e evitar o aumento do aquecimento global.
Links úteis:
CidadãoNet: Igreja Católica queima símbolos de diversas crenças em Indiaporã
UOL: Três mulheres são mortas no Timor acusadas de feitiçaria
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