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Dia: 27 de Março, 2008

27 de Março, 2008 Mariana de Oliveira

Deputado holandês divulga filme anti-islâmico na Internet

Foi hoje colocado na Internet o filme contra o Islão do deputado holandês de extrema-direita Geert Wilders.

Ao longo de 15 minutos, «Fitna» (termo árabe para divisão ou discórdia) mostra imagens de recentes atentados e declarações de radicais islâmicos, associando-as a versículos do Corão em que se faz a defesa da «jihad» (guerra santa).

Com este filme Wilders diz querer mostrar como o Corão incita à violência e promove o ódio contra as outras religiões.

Numa entrevista recente, o fundador do Partido da Liberdade chegou a apelidar de «fascista» o livro sagrado dos muçulmanos e a compará-lo ao «Mein Kampf», de Adolf Hitler.

A terminar o filme, legendado em francês e inglês, surge um grande plano do Corão e uma mão pega numa das folhas. No plano seguinte, sob um fundo negro, ouve-se o som de uma folha a ser rasgada mas, em legenda, o autor garante que a página arrancada pertencia a uma lista telefónica. «Não me cabe a mim, mas aos próprios muçulmanos rasgar os versos de ódio do Corão», acrescentam as mesmas legendas, em que Wilders volta a acusar o Islão de «querer governar, submeter e destruir a civilização ocidental».

Fazendo uma analogia com a derrota do nazismo, em 1945, e do comunismo, em 1989, o deputado da extrema-direita diz ser «agora tempo de a ideologia islâmica ser derrotada», antes de concluir: «Parem a islamização, defendam a liberdade».

Fonte: Público, 27 de Março de 2008.

27 de Março, 2008 Mariana de Oliveira

ONU condena discriminação do Islão

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou a resolução por 21 votos a favor e 10 contra, com a oposição da Europa e Canadá.

A resolução, submetida pelo Paquistão em nome da Organização da Conferência Islâmica, contou com a oposição da União Europeia e 14 abstenções.

No texto lêem-se preocupações com «as declarações nas quais as religiões – nomeadamente o Islão e os muçulmanos – são atacadas, tenham a tendência para se multiplicar nos últimos anos». Menciona ainda os «estereótipos deliberados que visam as religiões, os seus adeptos e pessoas sagrados nos órgãos de comunicação social».

«Lamenta a utilização da imprensa escrita, dos meios audiovisuais e electrónicos», a fim de incitar «aos actos de violência, à xenofobia ou à intolerância» e à «discriminação face ao Islão ou a qualquer outra religião».

O Conselho declarou-se «vivamente preocupado com a intensificação da campanha de difamação das religiões e do perfil étnico e religioso das minorias muçulmanas desde os trágicos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001».

Além disso, o Conselho preocupa-se com as «tentativas que tenham por objectivo assimilar o Islão ao terrorismo, à violência e às violações dos Direitos Humanos».

O representante da União Europeia, o embaixador da Eslovénia Andrej Logar, lamentou um texto «unilateral, que se centra apenas no Islão».

Fonte: RTP, 27 de Março de 2008.

27 de Março, 2008 Carlos Esperança

Vaticano – Contributo de um leitor

O Vaticano é um estado curioso. Resultou dum acordo com (um tratado…) entre um ditador e um teocrata que governava um estado fictício. Tem uma população muito reduzida com predomínio, ao que julgo, de homens de idade provecta.

Caracteriza-se também por uma baixa natalidade (certamente a menor natalidade em todo o mundo!), não necessitando de maternidades nem creches e muito menos escolas preliminares. Assim a especialidade médica mais requisitada será a geriatria.

Apesar de tudo o seu território é um pequeno quarteirão tendo um exército muito peculiar à guisa de polícia decorativa.
É uma ditadura (teocracia) que representa o império ou reino divino meio temporal e algo, convencionalmente, espiritual.

A sua indústria é também peculiar no meio de todas estas subtilezas artificiais vendendo-se todo o tipo de amuletos, medalhas, medalhões, santas e santos, bulas e isenções, viáticos e “consolos” sabiamente abençoados.
A substituição do quadro directivo é igualmente inédito noutros paralelos com fumaças escuras ou brancas num código que só os índios americanos aperfeiçoaram com requintes… Também é dito, veladamente, que alguns venenos contribuem para encurtar o reinado se o chefe é incómodo.

Mais curioso ainda é que vende ou aufere prebendas de prelados e de outros numa autêntica cadeia de vassalagens nesse estado nobiliárquico cheio de requintes que se estende e imiscui por todos os cantos (no ocidente) constituindo-se, paralelamente, como o estado com um sistema de informações complexo e sendo um misto de estado policial e secreto.

Consegue superar as crises económicas possuindo, segundo alguns “experts”, uma vastíssima carteira de acções com muitos especialistas em especulação financeira e nalguns casos peritos também em falências fraudulentas.

Enfim, num resumo, não se podem fazer muitos mais elogios.
Se bem que muito rentável, explorando sobretudo outros estados empobrecidos ou de gente pobre, consta que os seus adeptos têm-se reduzido em número e fanatismo tendo-se erradicado algumas práticas que constituíam espectáculos gratuitos e muito pios como as execuções na fogueira (autos de fé!) e outras não menos repugnantes passadas nas masmorras execrandas. Referências a não esquecer.

a) Guilherme T.