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Dia: 24 de Setembro, 2007

24 de Setembro, 2007 Carlos Esperança

A pecar é que as portuguesas se entendem

Cerca de 85 por cento das mulheres portuguesas em idade fértil e sexualmente activas utiliza métodos contraceptivos, indicam os dados mais recentes do Inquérito Nacional de Saúde, avançados hoje por Carlos Dias, do Observatório Nacional de Saúde.

Comentário: O papa, que também não acredita em Deus, espuma de raiva. Claro que as portuguesas desprezam Deus e o Papa.

24 de Setembro, 2007 Ricardo Alves

As vítimas

Não consigo deixar de me espantar com a obsessão dos católicos em imaginarem-se vítimas de horrorosas perseguições. Em Timor, por exemplo, os católicos não hesitaram em dizer-se «perseguidos» quando a Educação Moral e Religiosa Católica deixou de ser obrigatória (ou seja, acham que não obrigar é sinónimo de perseguir). O caso da 1ª República portuguesa, em que o facto de a ICAR ter sido desestatizada foi considerado uma tentativa de «extinção», é outro caso clássico.

O exemplo mais recente vem da Espanha: o governo instituiu uma disciplina de formação cívica, e em Ibiza há uma exposição considerada blasfema pela ICAR. Tanto bastou para que o arcebispo de Toledo da ICAR, um tal de Antonio Cañizares que até parece que é cardeal, considerasse que existe um «projecto» para «eliminar a Igreja Católica» (!). Num país como a Espanha, em que a ICAR tem mais de vinte mil delegações, controla importantes meios de comunicação social, e o Estado recolhe impostos para a ICAR, qual é o risco de «eliminação» que a ICAR corre? Sem dúvida, o mesmo risco que o futebol, as telenovelas ou o consumo de açúcar: nenhum.

Sempre que ouço falar em «eliminar» uma religião, imagino leis que proíbam cerimónias religiosas na privacidade da casa das pessoas, templos a serem destruídos a camartelo e crentes a serem queimados na praça pública. Tudo isso já aconteceu, em Portugal e também em Espanha. Chamou-se Inquisição, e não creio que os perseguidos fossem católicos. Até desconfio que na sua maioria não seriam católicos.

Falar em «eliminar a Igreja Católica» a propósito de uma exposição artística ou de um curso de cidadania é absurdo e ridículo. A ICAR não é tão frágil que fique «eliminada» ou «erradicada» se o Estado leccionar cidadania aos alunos sem fazer referência à religião. Muito menos fica «eliminada» e «erradicada» por causa de uma colagem na parede de um museu onde se calhar até se paga para entrar. Nem sequer ficaria «eliminada» e «erradicada» se os crentes a abandonassem todos de uma vez, o que, todavia, não me parece que aconteça já amanhã.

Esta obsessão católica em imaginar que os católicos são «perseguidos» é um apelo ao cerrar de fileiras do grupo contra o inimigo externo, e atinge uma histeria só compreensível se pensarmos que toda a ICAR vive da manipulação de emoções, e que tem como seu mito fundamental um drama de perseguição religiosa. Mas de tanto se esganiçarem a gritar «lobo», não se espantem se um dia ninguém acudir. Até porque há igrejas que de cordeiro só têm a pele.
[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]
24 de Setembro, 2007 Ricardo Alves

O estranho mundo das religiões (24/9/2007)

  1. Na Bélgica, os bispos católicos protestaram contra um anúncio televisivo que mostra um Jesus Cristo com aparência hippie a beber whiskey e a engatar mulheres numa discoteca. Parece que preferem que «Ele» seja mostrado como o chato rezingão e sem sentido de humor descrito na Bíblia. (Ver o vídeo.*)
  2. Na Espanha, os bispos de Valência querem que os católicos protestem contra uma exposição onde Jesus Cristo e Karol Wojtyla são alegadamente misturados com homossexuais. Se não é «gay» nem hetero, será que se pode representá-«Lo» como assexual?
  3. Nos EUA, os sikhs estão ofendidos porque um locutor de rádio comparou os seus turbantes a fraldas. E no entanto, os turbantes também têm uma função higiénica.
  4. No Reino Unido, um dentista do serviço nacional de saúde exigiu a uma paciente que usasse um véu islâmico. Caso contrário, disse ele, ela não receberia a assistência médica a que tinha direito. Demonstra-se mais uma vez que os franceses tiveram razão em proibir o uso do véu islâmico nos serviços públicos.

(*) Agradeço ao «1atento» ter-me indicado o linque para o vídeo.

24 de Setembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Ratzinger em delinquência exacerbada

Ratzinger é um doidivanas decrépito com acentuadas diarreias cerebrais exacerbadas ao limite quando se lembra de abrir a boca, tipicamente constatável que o disco encravou e se quando nada se tem a dizer nada se diz, já religiosamente o mesmo não se passa, nada a dizer que já não tenha sido dito, pior o facto de sair sempre o mesmo defecamento, o adorno das moscas varia a tempos.

Num encontro promovido pela Internacional Democrática de Centro e Democrata Cristã, nome pomposo com aromas democráticos a mais, mas a palavra relativa ao cristianismo mais lembra uma peneira a tapar o Sol, temos o déspota vaticanista em curto-circuito cerebral, quiçá o sangue de Cristo tivesse sabor a cortiça, numa alusão sublime à censura, pedindo aos políticos “um esforço contra a difusão e reforço das ideologias que obscurecem a verdade e o bem nas consciências”, autocensura ao que se aparenta, não é certo que a donzela do sapatinho vermelho tenha alguma alusão à concretude das coisas, verdade portanto, do alto do seu castelo encantado, não sendo as verdades enviesadas dos seus príncipes encantados políticos e empresários.

Estupidamente se refere a valores e ideais, demagogicamente afirmando que foram forjados pela tradição cristã, seja portanto uma imbecilidade levada ao extremo pois “valores e ideais” existem desde sempre, religiosamente se falando nada melhor que ressaltar o Hinduísmo, existente antes mesmo de o ser superior cristão ter criado uns mundos e outras baboseiras. Entre outras das suas demências encontra-se “a centralidade da pessoa e o respeito dos direitos humanos, o compromisso pela paz e a promoção da justiça para todos, princípios fundamentais que estão ligados entre si, como demonstra a história.”. E mais uma vez temos Ratzinger a compactuar de coração e “alma” com todas as atrocidades cristãs que se fizeram, desde as cruzadas, as pornocracias, as inquisições, o nazismo, as evangelizações à força da espada, tudo isto respeitante à história cristã demonstra a visão dos Direitos Humanos na óptica do delinquente Ratzinger.

Uma vez mais desrespeitou todas as democracias querendo proibir o aborto, a eutanásia e os Direitos Humanos, sim, os homossexuais, os bissexuais, os transexuais, todos eles são abrangidos pelos Direitos Humanos, parece que ainda ninguém lhes tirou o direito básico de serem Humanos. A visão política do déspota delinquente deve ficar dentro das suas próprias portas, dentro do seu Estado que promova as leis que quiser e que domestique as ovelhas como lhe melhor lhe parecer, mas a tentativa continua de exacerbar o fascismo cristão em sociedades minimamente livres é extremo sinal de deficiência mental acentuada.

Notícia: Papa critica ideologias que obscurecem a verdade

Também publicado em LiVerdades

24 de Setembro, 2007 Carlos Esperança

Choque com a civilização

O «choque das civilizações», tem sido um poderoso álibi para as agressões sionistas e a campanha de propaganda levada a cabo pelos neocons americanos contra os Estados árabes, conluiados com a Inglaterra e com os piores dirigentes que a Europa produziu nos países de tradição católica.

Bernard Lewis, um especialista britânico sobre o Médio Oriente, Samuel Huntington, um estratega americano, e Laurent Murawiec, um consultor francês, foram os inspiradores desta teoria disponível para todos as aventuras, incluindo a criminosa invasão do Iraque, e que esconde sobretudo a apetência pelo petróleo.

Esconjurado o perigo soviético foi preciso arranjar novos inimigos que mantenham as populações manipuladas pelo medo a apoiar os interesses do complexo militar e industrial dos EUA.

E, no entanto, o perigo existe de facto. Os trogloditas do Médio Oriente não abdicam do proselitismo e foram incapazes de se modernizar. A situação da mulher nos países islâmicos é uma afronta aos valores civilizacionais. A demência religiosa comanda todos os aspectos da vida e os clérigos dispõem do poder militar, político e económico, mantendo os códigos tribais e o espírito guerreiro do rude pastor de camelos que legou às suas tribos um plágio grosseiro do cristianismo.

Os países democráticos, longe de tomarem uma atitude coerente na imposição do laicismo nas suas próprias fronteiras, depois de cruéis guerras religiosas, rendem-se ao clero local igualmente prosélito, também ansioso pelo poder, e cuja tolerância só permanece enquanto os Estados laicos o acalmarem.

A meu ver, não há um choque de civilizações mas há uma guerra da barbárie contra a civilização, uma luta do clero contra a laicidade, uma fonte do ódio e detonador da violência que brota de mesquitas, sinagogas e templos cristãos, por pregadores que querem sobrepor a fé ao Estado de direito e os livros sagrados às Constituições.