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O que a História devia ensinar

É de tempos de crise que os tiranos se servem para impôr as suas doutrinas,as soluções que os que os seguem vêem como as únicas disponíveis para pôr termo ao caos que assola a sociedade.

Em 1994 a Rússia atacou um país separatista. A Chechénia viu assim começar uma guerra que ainda não terminou.

Nos três anos que se seguiram ao cessar fogo de 1996, eis que do cadáver da decadência civilizacional se vem servir o habitual abutre: o fanatismo religioso. Apesar de contrárias à identidade chechena, começaram a alastrar a sharia, as flagelações públicas e a jihad. Da Arábia Saudita importou-se o wahhabismo para as mentes dos jovens chechenos. O separatismo sempre foi visto como uma oportunidade para os proselitistas do terrorismo, que encontraram em Shamil Basaiev um móbil para crimes como o da Ossétia do Norte.

As religiões sabem como e quando devem servir-se da miséria humana. Os fiéis, habituados a vê-las como sinónimo de paz, é que por vezes não se apercebem.