20 de Março, 2013 Carlos Esperança
A infiltração do clero na política
Enviado por Stefano Barbosa:
Enviado por Stefano Barbosa:
Por
João Pedro Moura
O que é que aquela senhora está ali a fazer de véu na cabeça???!!!
É norma da casa, obrigar as senhoras a usarem véu, ante o papa???!!!
Se não é, para que é que ela usa???!!!
Qual a relação entre usar véu e estar diante do papa???!!!
Nos tempos hodiernos, ver uma mulher a usar véu ante o papa, sem que o seu homem também use, remete-nos para costumes ancestrais, em que as mulheres usavam véu nas igrejas, sobretudo até ao Concílio Vaticano II, embora não fosse obrigatório…
…Mas o véu era sinal de submissão feminina, recato, pudor, enfim, coisas totalmente dissonantes, há muito tempo, com a igualdade entre homens e mulheres, trazida pela mentalidade contemporânea dos “direitos humanos”…
Uma mulher de véu submisso é rebaixar-se à condição inferior das mulheres de antanho e equiparar-se à condição das mulheres muçulmanas, que o usam…
Nos tempos bíblicos, havia mulheres com véus, em sinal de submissão feminina, mas também algumas sem o mesmo, em sinal de libertação feminina…
As que não usavam eram, normalmente, as prostitutas, viúvas e esposas adúlteras… porque não tinham dono…
Mas, para esclarecer as coisas, não há nada como consultar o verdadeiro fundador do cristianismo, Paulo de Tarso, que traça a doutrina cristã, isto é, paulina, em matéria capilar…
…Dando para fazer uma ideia da conceção cristã sobre a mulher…
1 Coríntios 11:3-15:
Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.
Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça.
Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.
Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.
O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem.
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.
Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.
Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor.
Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus.
Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?
Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?
Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.
Segundo leio, a Igreja Ortodoxa cipriota prepara-se para contribuir para a salvação (literalmente) da ilha. E não se trata de salvar o país das chamas do inferno, é salvação mesmo.
O Zé Policarpo costuma ler os jornais? Ou assobia para o lado?
Na impossibilidade de levar a julgamento os quatro que, nas Lajes, traíram a verdade, o direito e a ética, para executarem o plano gizado previamente pela dupla Bush/Dick Cheney, o desprezo seria o lenitivo para a raiva e o nojo que sentimos, mas os efeitos colaterais não nos deixam em paz.
A ditadura de Saddam, ao contrário das teocracias vizinhas, tinha um cristão ministro e um Estado laico. Judeus e cristãos suportavam a ditadura e não eram molestados pelas crenças. Agora são já residuais, e em vias de extinção, perante o totalitarismo islâmico.
Destruído o país, após a matança que não poupou os próprios invasores, o Iraque virou campo de treino do terror islâmico e o Irão emergiu como potência regional e nuclear.
Da promessa de democratização, usada para consumo da opinião pública, não mais se ouviu falar. Apareceu uma nova Constituição que assimilou o Islão que, como é sabido, estima equitativamente a democracia e o toucinho.
O que se apresentou como ingerência humanitária foi um crime contra a humanidade, onde não faltaram a tortura, prisões arbitrárias e a destruição maciça de um país.
Bush, desonrado, regressou ao Texas onde sempre pode voltar ao álcool; Blair dedica-se aos negócios; Aznar anda por aí a dizer inanidades e em tráficos marginais; só Barroso ainda flutua com a conivência de velhas e novas amizades. Os cúmplices desapareceram e Berlusconi apenas se mantém na política para escapar à prisão.
A infâmia da agressão ao Iraque tem sido denunciada mas faltava ainda a mãe de todas as torpezas, corrupções e pulhices, após a vitória na mãe de todas as batalhas: faltava o enforcamento macabro de Saddam, a transformação do Iraque em campo terrorista onde o dinheiro desaparecido pode ter ultrapassado 50 mil milhões de dólares e o valor real jamais será esclarecido.
Na décimo aniversário da invasão, os iraquianos matam-se por vontade de Alá, entre as ruínas do país dilacerado por um bando de cristãos. E entregam-se às rivalidades tribais, xiitas e sunitas, assinalando o 10.º aniversário da invasão com uma onda de atentados.
Tive um sonho.
Sonhei que um defunto mental em avançado estado de jactância se dirigia a um enclave social da cidade de Roma, em voo Low Cost ( low para ele, cost para mim), com o intuito de negociar, com uma multinacional de seres imaginários, um empréstimo vitalício de esperança para os pobres habitantes de um país que ele próprio contribuiu para empobrecer.
Ao seu lado, a estadear-se, uma nevoenta e redundante figura velada de negro, que me pareceu ser um morcego desasado, não pela forma, mas pela viseira rendada que a coroava e que lhe obstruía a visão, apenas lhe permitindo a orientação por intermédio de umas pavlovianas ondas sonoras linguajadas em frequências impercetíveis ao comum dos racionais.
Acordei em sobressalto. Teria morrido? Encontrar-me-ia no Inferno?
De supetão, lembrei-me que era ateu e que até o pobre Diabo tinha sido despejado do seu domicílio privado com aquecimento central por falta de comparência às reuniões de condomínio. Tinha sido apenas um pesadelo.
Não volto a dormir a sesta depois de enfardar um lauto e sempre indigesto cozido à portuguesa…
Se a religião se mete na política, esta não pode deixar de controlar o proselitismo religioso.
O avião presidencial, de um país à beira da catástrofe, levou o presidente, a amantíssima esposa e o desleal escudeiro Paulo Portas à missa papal.
Nunca uma homilia ficou tão cara a 10 milhões de portugueses.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.