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24 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Quem se preocupa com a defesa dos cristãos?

Os cristãos do Oriente vivem as últimas horas em Mossoul

Stagiaire Le Vif

mercredi 23 juillet 2014 à 17h51

Pourchassés par les djihadistes de l’Etat islamique en Irak, les Chrétiens d’Orient n’ont d’autres choix que de quitter précipitamment leur résidence, leur église sans aucune garantie pour leur avenir. La communauté internationale peine à se mobiliser. La rédaction fait le point.

Un iraquien tient dans ses mains le Coran et une Croix © REUTERS/Ahmed Malik

24 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Os tumultos antissemitas em França

É irrelevante que eu considere terroristas os dirigentes de Israel e da Faixa de Gaza, que me sinta dilacerado com a implacável lei de Talião aplicada nos territórios cuja origem das injustiças é diariamente evocada e objeto de tomadas de posição por todo o mundo.

Não vale a pena recordar, a cada momento, o desacerto clamoroso da criação de Israel pela Inglaterra, URSS, EUA e pelos vencedores da Segunda Grande Guerra, em geral, que logo reconheceram o novo País, com a exceção , aliás pouco honrosa, do Vaticano.

Não esqueço a campanha de ódio orquestrada em Israel, após o selvático assassinato de três jovens estudantes raptados e sequestrados próximo de um colonato de Hebron, e as retaliações mútuas onde a superioridade militar e económica de Israel é colossal. Sendo as coisas o que são, defendo, contra os sentimentos de muita gente, o direito de Israel à existência e tranquilidade, bem como a obrigação de desmantelar os colonatos com que se expandiu pelo território da Palestina que vai inviabilizando.

Dito isto, passo a referir as manifestações da periferia de Paris, e outros locais, de apoio à Palestina, manifestações legítimas na motivação e repulsivas na forma. Os promotores exacerbam os piores sentimentos xenófobos que a extrema direita capitaliza numa orgia de antissemitismo em que se fundem dois fascismos, o autóctone, de cariz nacionalista e católico, e o árabe de primarismo muçulmano.

A destruição de estabelecimentos pertencentes a judeus, a profanação de cemitérios ou a ameaça contra sinagogas, são a hedionda manifestação do fascismo islâmico no berço do Iluminismo.

O sofrimento do povo palestiniano não deve servir de álibi para manifestações de fúria e de violência num país laico, nem se pode transformar em direito a pregação do ódio nas madraças e mesquitas do país que autoriza à religião prosélita e belicista um direito que ela nega às outras e a quem prescinde de qualquer uma.

O Islão é o maior inimigo dos muçulmanos e estes não podem continuar a vociferar em países democráticos contra caricaturas de um profeta violento ou condicionar a vivência democrática de países civilizados.

A solidariedade com a Palestina é legítima e perde racionalidade quando é cúmplice do silêncio para com a sharia, o antissemitismo e o terrorismo da demência islâmica.

Para mim, existe superioridade moral da democracia laica sobre uma religião totalitária.

23 de Julho, 2014 Carlos Esperança

Correio dos leitores

Por

Bruno Fernandes

Eu, um jovem de 18 anos, a começar agora uma licenciatura, recente nesta luta para a qual acordei há pouco mais de 1 ano, emergi num mundo totalmente abstracto, o que para mim era confortante, mas apesar de tudo, preferi a verdade.

Aos meus 17 anos assumi o meu ateísmo e reivindiquei o mesmo como estilo de vida, porque ser ateu não é só uma tomada de posição acerca da própria existência, é, e representa muito mais, é futuro, é progresso, é racional, é o correcto e a verdade, não para uma coisa, mas para tudo. É prescindir duma parte inferior humana e superarmo-nos, é transcendermo-nos. É por isso, que, o ateísmo, a ideia, está em cada momento, em cada acção e palavra minha e levo o meu livre e racional pensamento para cada lugar na minha vida, e, apesar de muitas vezes ser mal compreendido por uma sociedade enraizada nos maus costumes, não me submeto à vontade e luto até ao fim, não apenas naquilo em que acredito mas naquilo que é a verdade que deve ser partilhada por todos.

Embora por vezes o prognóstico para o futuro para que caminhamos seja desconcertante, para quem é ateu, é sempre tentado a lutar pelo desafiante desejo que todos nós sonhamos um dia atingir, uma sociedade livre-pensadora e com vista ao progresso, em que a base assente não em crenças mas na razão e que esta se guie para um futuro risonho, que é aquele que nos espera no universo.

Este é o desejo e convicção de um ateu de 18 anos, desacomodado, que vai lutar sempre. Que apesar de viver nesta sociedade, transpira o optimismo de uma mente racional que em conjunto com todos os que a partilham fará com que o sonho se torne na realidade. É por isso que é uma convicção.

Muitos parabéns pela associação, e mostrarem a nossa coragem e vontade.

“O facto de nós não entendermos alguma coisa, não significa que ela precise de ser explicada de uma forma sobrenatural. A ciência vive da dúvida. E nós não precisamos de entender tudo para termos uma vida feliz e completa. Eu prefiro viver com a dúvida do que ser enganado por uma ilusão”. Marcelo Gleiser

23 de Julho, 2014 David Ferreira

De rerum natura – Ato único (Debates na internet ou das conversas de merda politicamente corretas)

Pavão- Cuidado com o monte de merda!

Borboleta- Onde?

Pavão- Ali à frente.

Borboleta- Não é um monte de merda. É apenas cocó.

Pavão- Cocó? Chama-lhe o que quiseres. Para mim é um monte de merda. E dá para cheirar daqui. O tipo que o fez já devia estar morto e não o sabia.

Borboleta- Não digas isso. Não fales assim. É desrespeitoso tanto para o cocó como para quem o fez.

Pavão- Tens a noção de que estamos a falar de merda, certo?

Borboleta- Não. Tu estás a falar de merda. Eu estou a falar de cocó. São duas coisas completamente distintas, só tu é que não vês. O cocó faz parte da vida, faz parte de nós, faz parte do ciclo da natureza. Tem direito ao seu lugar e deve ser respeitado como outra coisa qualquer.

Pavão- Eu também não disse o contrário. Só te avisei para te desviares e não borrares os sapatos. Merda ou cocó, é tudo a mesma coisa.

Borboleta- Não. Merda tem um sentido pejorativo, não dignifica o cocó, denota preconceito da tua parte.

Pavão- Preconceito? Mas tu estás doida?

Borboleta- Sim, preconceito. Sinto isso sempre que estou mais à vontade contigo. Quando estamos sozinhos é que dá para ver o que tu és na realidade.

Pavão- Provavelmente porque quando estamos sós não precisamos de merdas para falar de merda. Merda como aquela que está ali a fumegar e que parece ter olhinhos que pelo tamanho só podem ser caroços de azeitona. Se estivesse aqui alguém connosco provavelmente teria alguma sensibilidade às suas merdas e não me referiria ao monte de merda que ali está como merda, mas sim como cocó ou pupu ou qualquer outra palavra às bolinhas.

Borboleta- Essa indireta das bolinhas foi para a minha saia? Estás a comparar-me à merda? Nunca me enganaste. Começo a ver agora o tipo de pessoa que tu és.

Pavão- Não digas merda, que é feio. É cocó…

Borboleta- Ai eu sou cocó? Logo se vê o que eu valho para ti.

Pavão- Não foi isso que eu quis dizer. Estava a ironizar. Para mim é merda.

Borboleta- Ai eu sou merda? Estás a ver como tu és?

Pavão- Não és tu, pá, é a merda que está ali à frente a querer fazer-nos uma pega de caras que é merda! Merda, pá! Um cagalhão que cheira mal como todos os cagalhões. Um monte de merda que um tipo qualquer cagou, assim como eu e tu cagamos os nossos.

Borboleta- Não precisas de ficar violento. Estás a partir para o ad hominem e isso significa que perdeste a razão e não tens mais argumentos válidos para apresentar.

Pavão- Tu é que me estás a tirar do sério com as tuas merdas por causa da porcaria de um monte de merda.

Borboleta- Vês como tenho razão. Eu já tinha lido sobre tipos como tu. Parecem uns sonsos à primeira vista mas acabam sempre por revelar a sua verdadeira natureza intolerante.

Pavão- Ai sim? E onde é que leste isso? Naquelas revistas pseudocientíficas que uns maluquinhos cheios de recalcamentos publicam para venderem as suas psicoses aos mais desatentos?

Borboleta- Ai agora sou psicótica também…

Pavão- Não és, mas se continuares a permitir que esses merdas psicóticos te influenciem vais acabar por ficar. E tudo por causa de um monte de merda!… Que merda, pá!

Borboleta- Cocó! Cocó! Tu és é um cocofóbico, é o que tu és.

Pavão- Cocofóbico? Mas tu endoidaste de vez? Fobia é medo e eu não tenho medo de merda. Posso não gostar do aspeto e do cheiro, mas isso não tem nada a ver com medo. E não sou obrigado a gostar da merda dos outros. Respeitar o cagalhão alheio é uma coisa. Ser obrigado a amá-lo é outra. De onde é que te saiu essa do cocofóbico? Não me digas que leste um artigo qualquer numa dessas revistas. Mas agora andas a ficar dogmática? Já não consegues separar a realidade da ficção? Já pensas com a cabeça dos outros? Assim não vais longe, acredita. Qualquer dia começam a olhar para ti como uma maluquinha.

Borboleta- Pois, eu é que sou maluca. Mas o preconceituoso és tu.

Pavão- Olha… Ali à frente está um monte de merda. Ou um monte de cocó…

Borboleta- Monte de cocó… Já começam as generalizações…

Pavão- …um pedacinho de bosta… uma coisa com mau aspeto, que cheira mal e que nos vai sujar os sapatos se não lhe passarmos ao lado ou por cima. Vamos andando, que se faz tarde. Por favor, antes que isto dê merda. É que depois desta conversa toda já me apetece ir à casa de banho fazer, sei lá, merda?…

Borboleta- A tua podes ter a certeza que é merda que eu bem tenho que esperar uma boa meia hora para entrar na casa de banho depois de lá saires.

Pavão- Ai os meus cagalhões já são merda só porque são meus!… Já não são cocó. E tu, julgas que os teus cheiram a água de rosas?

Borboleta- Os meus não me cheiram a nada. Já os teus, deixa-me que te diga… já que estamos numa de sinceridade…

Pavão- Pois, a nossa merda nunca nos cheira tão mal como a dos outros. Foi assim que a natureza nos moldou. Os cheiros já foram importantes para a nossa evolução, não aprendeste isso nas tuas revistas?.

Borboleta- Pois então tu não evoluíste, ainda estás na fase Neandertal. Deve ser por isso que és tão preconceituoso com os outros. Ou então é o fel da ruindade que te faz cheirar tão mal.

Pavão- Eu não sou preconceituoso, apenas sei distinguir um monte de merda de um monte de lama. Sou um empirista empedernido, que queres? Tudo o resto é semântica. Olha, vamos acabar com esta conversa de merda e vamos embora que está a cair a noite e não tarda nada temos que andar a apalpar o chão para não tropeçar nos cagalhões dos outros.

Borboleta- Vai à merda.

Pavão- Eu não, que estes sapatos são novos!

 

E foram.

22 de Julho, 2014 Carlos Esperança

E ao sétimo dia o homem descansa. Ou não?

Face à defesa papal do domingo, como dia de descanso, o DN de 20 de junho, pág. 20, publica, sob o título em epígrafe, um artigo de Ana Bela Ferreira, em que se lê:

«Trabalho – Sociólogo, teólogo e ateísta concordam com o descanso. O dia defendido pelo Papa Francisco é que já não reúne consenso. E há até quem considere que esta atitude é marketing.»

O artigo, depois de citar Moisés do Espírito Santo, sociólogo, que se refere à defesa do descanso ao domingo, como «um discurso um pouco arcaico e ruralista de quando o mundo era simples», expõe a opinião do padre Anselmo Borges, teólogo, e termina com a posição de um ateísta:

[Mais crítico das palavras de Jorge Bergoglio é o presidente da Associação Ateísta Portuguesa. Carlos Esperança entende que o Papa “está a defender os interesses comerciais do Vaticano. A existência de um dia de descanso é uma ideia que me agrada e que defendo, mas é impossível ter toda a gente a parar ao domingo”. E critica Francisco por “não estar preocupado com os trabalhadores a quem são roubados dias de descanso, mas defender apenas que se pare no dia que definiu para as celebrações eucarísticas”. Daí que veja essas declarações como “uma atitude de marketing”]

21 de Julho, 2014 Carlos Esperança

A infindável guerra israelo-árabe

Estar ao lado da Palestina e contra o Hamas não é incoerência, é uma obrigação moral. Condenar o sionismo e defender que Israel não deve estar debaixo da ameaça constante de uma organização que lhe recusa o direito à existência e mantém os seus habitantes sob a contínua ameaça de serem atingidos por um míssil lançado de Gaza, é um dever.

Não vale a pena repetir até à náusea que foi um erro entregar um território habitado aos crentes do mais antigo monoteísmo, um erro clamoroso da Inglaterra, URSS, EUA e de outros países vencedores da guerra de 1939/45.

E agora?

Deve permitir-se que Israel seja destruído, e expulsos os sobreviventes, à semelhança do que tem feito com a Palestina cuja iniciativa provocatória é o álibi de que precisa?

Nesta carnificina teocrática há critérios ideológicos e geoestratégicos que se afastam da lógica e se aproximam do petróleo, que acirram o racismo e recusam a paz, enquanto os terrorismos contrários se exacerbam numa lógica simultaneamente assassina e suicida.

Malditas religiões que desconhecem que alguns árabes são judeus islamizados e vários judeus são árabes judaizados, com uma crença tão grande na etnia como na divindade, incapazes de pensarem que uma etnia se arrisca a ser um grupo unido pelas falsidades partilhadas sobre os antepassados e ódios comuns em relação aos vizinhos, incapaz de resistir a um teste de ADN.

Pacatamente, no sofá das sujeições partidárias há quem cultive o maniqueísmo e o ódio, sem atribuir sequer 1% de razão aos que julga algozes ou 1% de maldade a quem tomou por vítimas, capaz de desejar a morte a quem deseja uma oportunidade para a paz.

20 de Julho, 2014 Carlos Esperança

O Islão entrou em delírio

O Iraque está a ser esvaziado de cristãos.

O medo domina-os. Os dementes da fé, prosélitos do mais implacável dos monoteísmos, não consentem outra visão do mundo para além das fantasias pérfidas do Corão.

Os cruzados que provocaram esta catástrofe, Bush, Blair, Aznar e Barroso, dormem bem com a mentira que inventaram e a tragédia a que deram origem.