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  • 23 de Julho, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Correio dos leitores

Por

Bruno Fernandes

Eu, um jovem de 18 anos, a começar agora uma licenciatura, recente nesta luta para a qual acordei há pouco mais de 1 ano, emergi num mundo totalmente abstracto, o que para mim era confortante, mas apesar de tudo, preferi a verdade.

Aos meus 17 anos assumi o meu ateísmo e reivindiquei o mesmo como estilo de vida, porque ser ateu não é só uma tomada de posição acerca da própria existência, é, e representa muito mais, é futuro, é progresso, é racional, é o correcto e a verdade, não para uma coisa, mas para tudo. É prescindir duma parte inferior humana e superarmo-nos, é transcendermo-nos. É por isso, que, o ateísmo, a ideia, está em cada momento, em cada acção e palavra minha e levo o meu livre e racional pensamento para cada lugar na minha vida, e, apesar de muitas vezes ser mal compreendido por uma sociedade enraizada nos maus costumes, não me submeto à vontade e luto até ao fim, não apenas naquilo em que acredito mas naquilo que é a verdade que deve ser partilhada por todos.

Embora por vezes o prognóstico para o futuro para que caminhamos seja desconcertante, para quem é ateu, é sempre tentado a lutar pelo desafiante desejo que todos nós sonhamos um dia atingir, uma sociedade livre-pensadora e com vista ao progresso, em que a base assente não em crenças mas na razão e que esta se guie para um futuro risonho, que é aquele que nos espera no universo.

Este é o desejo e convicção de um ateu de 18 anos, desacomodado, que vai lutar sempre. Que apesar de viver nesta sociedade, transpira o optimismo de uma mente racional que em conjunto com todos os que a partilham fará com que o sonho se torne na realidade. É por isso que é uma convicção.

Muitos parabéns pela associação, e mostrarem a nossa coragem e vontade.

“O facto de nós não entendermos alguma coisa, não significa que ela precise de ser explicada de uma forma sobrenatural. A ciência vive da dúvida. E nós não precisamos de entender tudo para termos uma vida feliz e completa. Eu prefiro viver com a dúvida do que ser enganado por uma ilusão”. Marcelo Gleiser