A intolerância cristã, islâmica ou ateia é igualmente reprovável.

Associação Ateísta Portuguesa
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL
Ao abrigo do disposto no artigo 20º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa» convoco todos os sócios da Associação Ateísta Portuguesa para uma Assembleia Geral a realizar no próximo dia 13 de setembro de 2014, sábado, pelas 14:00 Horas na Rua do Bemformoso, nº 50 – 1º andar, em Lisboa, e com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS
1º- Informações.
2º- Aprovação do Relatório e Contas da Direção da Associação Ateísta Portuguesa» relativo ao biénio de 2012/2014;
3º- Apresentação das listas candidatas aos órgãos sociais da Associação Ateísta Portuguesa para o biénio de 2014/2016 que tenham sido entregues ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral ou enviadas para o endereço de correio eletrónico da Associação com a antecedência mínima de 24 horas da data da realização da Assembleia Geral, nos termos do disposto no artigo 22º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa».
4º- Eleição dos órgãos sociais da Associação Ateísta Portuguesa, por voto direto, universal e secreto de todos os associados no pleno gozo dos seus direitos sociais, para o biénio de 2014/2016.
5º- Tomada de posse dos membros dos órgãos sociais eleitos;
6º- Aprovação do Orçamento da Direção da Associação Ateísta Portuguesa para o biénio de 2014/2016;
7º- Plano de atividades da Associação Ateísta Portuguesa;
8º- Outros assuntos de interesse geral da Associação;
Nota: se à hora da primeira convocatória não estiverem presentes pelo menos metade dos sócios na plenitude dos seus direitos associativos, de acordo com o disposto no n.º 3 do artigo 21º do «Regulamento Interno da Associação Ateísta Portuguesa», a Assembleia Geral da Associação Ateísta Portuguesa reunirá 30 minutos depois, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, funcionando com qualquer número de sócios que se encontrar presente.
Lisboa, 28 de julho de 2014
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Luís Grave Rodrigues
1973 – O presidente do Chile, Salvador Allende, eleito democraticamente, foi derrubado por um general católico, Augusto Pinochet, apoiado pela CIA. Tornou-se o paradigma do torcionário, ladrão e fascista que levou o terror ao seu país. com o apoio da Igreja católica. João Paulo II viria a ser o seu grande amigo.
2001 – O ataque aos EUA, perpetrado pelo terrorismo, destruiu as torres emblemáticas do World Trade Center, em Nova York, provocando uma carnificina de quase três mil pessoas. Começou aí a exibição da demência do fascismo islâmico que se tornou a imagem de uma religião que simboliza a decadência de uma civilização falhada.
A solidão é o cimento que cola o abandonado à fé, torna o proscrito crente, faz beata a pessoa e transforma um cidadão num devoto.
A religião é o colchão que serve de cama ao solitário, o mito que se entranha nos poros do desespero, o embuste a que se agarra o náufrago. É o vácuo a preencher o vazio, o nada que se acrescenta ao zero.
O padre está para a família como o álcool para o corpo. Primeiro estranha-se, depois entranha-se e finalmente domina.
A religião é um cancro que se desenrola dentro das pessoas e morre com elas. Também metastiza e atinge órgãos vitais. Mas é dos joelhos que se serve, esfolando-os, da coluna vertebral, dobrando-a, e do cérebro, atrofiando-o.
A religião busca o sofrimento e condena o prazer. Preza o mito e esquece a realidade.
Um crente faz o bem por interesse e o mal por obrigação. É generoso para agradar a Deus e perverso para o acalmar. Dá esmola para contentar o divino e abate um inimigo para ganhar o Paraíso.
A religião vive da tradição, do medo e da morte. Começa por ser uma doença infecto-contagiosa que se apanha na infância, transmitida pelos pais, através do batismo. O lactente é levado ao primeiro rito mais depressa do que às vacinas.
Depois, o medo, o medo da discriminação na escola, no emprego e na sociedade, leva a criança à catequese, à confirmação, eucaristia e penitência. De sacramento em sacramento, missa após missa, hóstia a hóstia, com orações à mistura e medo do Inferno, transforma-se um cidadão em marionete nas mãos do clero.
Na cúpula temos o Vaticano, um antro de perversão a viver à custa dos boatos sobre o filho de um carpinteiro de Nazaré e os milagres obrados por cadáveres de católicos, de virtude duvidosa, à custa de pesados emolumentos.
O seu negócio é a morte que explora em ossos ressequidos pelo tempo, caveiras, tíbias e maxilares, pedaços de pele e extremidades de membros, numa orgia de horror e delírio.
É assim que a tradição, o medo e a morte continuam a encher os cofres do último Estado totalitário da Europa, que governa pelo medo e se mantém pela chantagem.
Esperemos que o atual PDG seja menos tenebroso do que os dois antecessores.
Por
Paulo Franco
Na cultura cristã, a palavra “persignar” significa basicamente fazer o sinal da cruz. Este gesto, antigamente, era habitualmente articulado apenas nos templos sagrados ou em momentos íntimos de reflexão teológica.
Mas o mundo também é feito de influências. Com a exportação de milhares de jogadores brasileiros de futebol pelo mundo inteiro, e particularmente para a Europa, começamos a ver o gesto de persignar com uma frequência que parece, a quem não é crente, banalizar um gesto que deveria querer-se, no mínimo, tornar especial ou até sagrado.
Cada vez que um jogador marca um golo, ou cada vez que um guarda-redes defende uma bola difícil lá veem os festejos seguidos do ato de persignação, agradecendo a Deus aquela bênção de o ter beneficiado em detrimento do adversário.
Para isto ter algum sentido, teria Deus de tomar o partido de uns para prejudicar os outros. Ora se fôssemos todos filhos de Deus, o mínimo que deveríamos querer era que Deus fosse imparcial.
Além do mais, se o objetivo da religião é que sejamos mais solidários com os outros e menos egoístas/narcisistas/egocêntricos, nunca deveria fazer sentido achar que Deus nos pudesse favorecer tendo obrigatoriamente de prejudicar quem está a competir contra nós.
Há dias, vi uma notícia de uma senhora que se vangloriava de ter sido favorecida com um milagre de Deus pois tinha sobrevivido a um acidente onde tinham falecido 7 pessoas. Sendo legitima a sua alegria de não ter morrido, como os outros, poderia ao menos ter o bom senso de reconhecer que não foi milagre mas sim uma grande sorte.
Porque se Deus tivesse sido bom para ela, teria de ter sido muito mau para os que faleceram.
Ninguém consegue fugir às suas especificas circunstâncias de existência sem se deixar influenciar por elas. E em paralelo a esta realidade inexorável está a psicologia subjacente à natureza da crença no sobrenatural. É simples de compreender que a palavra “religião” está direta e intimamente ligada à nossa natureza egocêntrica. O nosso cérebro beneficia de milhões de anos de evolução sempre à procura de refinar a sua capacidade de nos iludir de que somos especiais, de que somos os eleitos de uma qualquer entidade divina, que nos beneficia em detrimento dos outros.
As teorias de há séculos, como a geocêntrica, a heliocêntrica ou a antropocêntrica, que colocava a Terra, o sol e o Homem no centro do universo, são excelentes demonstrações da nossa natureza egocêntrica ancestral.
A necessidade de religião é o paradigma mais fiel da nossa necessidade de afagar o ego, sem esquecer que o medo da morte nos aterroriza de tal modo que criamos todo tipo de defesas psicológicas para minorar o nosso sofrimento.
Só que esta nossa capacidade de nos iludir, que evidentemente nos ajudou a chegar até aqui, afasta-nos da mais nobre, edificante e complexa atividade humana: conhecermo-nos a nós próprios.
Paulo Franco.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.