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29 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

Sede da Copa de 2022, Catar nega polémica envolvendo ‘Estado Islâmico’

  • 27 outubro 2014

member loyal to the Islamic State in Iraq and the Levant (ISIL) waves an ISIL flag in Raqqa June 29, 2014
Apoio financeiro do Catar a grupos rebeldes na Síria deu margem a suspeitas de que os fundos podem estar chegando a organizações radicais com o Estado Islâmico

Sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar negou nesta segunda-feira que o país árabe esteja financiando as atividades na Síria de grupos extremistas como o Estado Islâmico.

De acordo com fontes ouvidas pela BBC, o emirado alega que seu apoio se restringe a grupos moderados e que atua sempre em coordenação com a Central Americana de Inteligência (CIA) e outros serviços de inteligência ocidentais e do mundo árabe.

Trata-se de uma nova controvérsia envolvendo o emirado, que nos últimos meses enfrentou críticas relacionadas à violações de direitos humanos no uso de trabalhadores imigrantes nas obras de construção de estádios e infra-estrutura para o Mundial de 2022.

28 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

A tortura das mulheres e a fé

A mutilação genital feminina não é apenas uma crueldade inqualificável, é uma mistura de religião e tribalismo, um ato de demência religiosa que vê no prazer da mulher uma fonte de imoralidade.

No cristianismo a sexualidade feminina é uma abominação que Agostinho condenou quando a idade e o múnus o fizeram o casto. No islão é uma ofensa ao profeta, que os mullahs vigiam, e um perigo que as madraças e mesquitas se encarregam de erradicar.

No mundo muçulmano, onde a Idade Média floresce nas teocracias que embrutecem e constrangem socialmente, todas as sevícias e atos de crueldade contra as mulheres são formas de perpetuação do poder clerical e do carácter misógino do Corão.

Nos países cristãos a mesma demência, contida pela secularização, é uma herança da cultura judaico-cristã, a obsessão do clero e o desatino retrógrado dos dignitários.

Nos EUA o presidente Bush, em demência homofóbica, quis a revisão da Constituição para que os casamentos homossexuais fossem interditos.

No Vaticano, ínica teocracia europeia, o ditador resignatário ordenou aos sicários que lhe serviam de correia de transmissão, que defendessem a ortodoxia, que se opusessem à emancipação da mulher e lhe reprimissem a sexualidade, numa cruzada pela castidade e por aquilo que designava de bons costumes.

A ICAR levou o preconceito e a chantagem a qualquer lugar onde os direitos humanos fossem interpretados de igual forma para ambos os sexos. Nem o passado obsceno que guardam os muros do Vaticano morigeram os Papas.

O atual, conformado com a modernidade, pretende resgatar um passado que pode servir de mortalha à Igreja que dirige. Tem contra ele a máquina do Santo Ofício e o peso das mitras e sotainas, mas vai ser preciso mudar alguma coisa para que sobreviva a Igreja e ele próprio.

27 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

Novos Escândalos

Padres que posaram nus são investigados pelo Vaticano

26/10/2014 16h12 Por Marcello Dantas Edição 2051

O Papa Francisco selecionou um “administrador católico” para apurar denúncias, que envolveriam também desvio de verbas

O Vaticano vai investigar novos supostos escândalos sexuais envolvendo religiosos. As denúncias dão conta de que jovens padres postaram fotografias sem roupas em sites gays e assediaram fiéis em uma diocese. As acusações foram publicadas pelo jornal italiano “La Repubblica”.

27 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

DA INCOGNOSCIBILIDADE… DOS TEÍSTAS (2 de 3)

Por

João Pedro Moura

SEGUNDA TESE TEÍSTA – Deus é absoluto, logo a Razão não consegue aceder ao mesmo.

Esta é outra tese muito conhecida dos religionários.

Pretendem os teístas, com esta braquilogia de pacotilha, blindar o seu deus de fancaria, tornando-o inacessível à capacidade racional de compreensão e investigação dos seres humanos…

Portanto, se esse deus é absoluto e, supostamente, recluído nos arcanos do Universo e operando sob a forma de mistérios incognoscíveis pela humanidade, então, não vale a pena tentar compreendê-lo…

SEGUNDA ANTÍTESE ATEÍSTA –  Se “Deus é absoluto”, então por que é que tal colosso imane fica inacessível para os incréus, que o infirmam, mas, pelos vistos, acessível para os crédulos, que o afirmam???!!!…

Que diferença de racionalidade é que existe entre crédulos e incréus, para que aqueles digam que tal coisa existe, mas estes não???!!!…

Realmente, a razão não consegue aceder a deus… mas a fé consegue…

Portanto, o problema dos crédulos religiosos chama-se … fideísmo.

Pelo que, tais fieis terráqueos do jardim da celeste corte não têm razão. Têm fé!

E cada um tem as suas fezes… e pronto!

26 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

O Vaticano não consegue apagar os fogos

Vaticano investiga sacerdotes que teriam postado fotos nus em sites gays

Bispo responsável deve ser substituído em breve.

Foto: Mazur/ catholicnews.org.uk (18/10/2014)O Vaticano investiga denúncias de padres que trabalham em bares nas horas livres, postam fotos de si próprios nus na internet e estão envolvidos em crimes sexuais.

Os sacerdotes em questão são da diocese da Albenga, na região da Ligúria, norte da Itália.

O bispo Mario Oliveri, de 70 anos, no posto há 25 anos, deve ser substituído em breve por um auxiliar. Apesar de não estar diretamente ligado às práticas irregulares, Oliveri é criticado por acolher sacerdotes com histórico de conduta incompatível com o esperado pela Igreja Católica.

Oliveri é descrito como um clérigo tradicionalista, próximo ao cardeal Domenico Calcagno, acusado de acobertar episódios de pedofilia na Igreja.

26 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

Conheça a “nova cara” do Estado islâmico

Novo porta-voz do Estado islâmico

A nova face do Estado Islâmico é a de um jovem australiano de 17 anos, que terá fugido de casa para se juntar ao EI e ameaça matar o primeiro-ministro Tony Abbott.

Abu Khaled al Australi é o protagonista de um dos últimos vídeos de propaganda divulgados pelo Estado Islâmico nas redes sociais, onde aparece armado e a ameaçar os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Austrália.

O nome verdadeiro de al Australi, adoptado depois de se converter ao islamismo, é Abdullah Elmir. O jovem é de Bankstown, um subúrbio de Sidney, e desapareceu em Junho depois de dizer aos pais que ia pescar. O destino, no entanto, era a Síria, para onde viajou com outro amigo, revela o Sydney Morning Herarld.

De acordo com a mesma publicação, os últimos contactos dos jovens com as respetivas famílias foram feitos a partir da Turquia, tendo o outro amigo sido intercetado pelo pai quando estava a caminho do Iraque e levado para casa.

A família de Elmir confessou-se chocada com o vídeo e diz que o jovem sofreu uma lavagem cerebral.

25 de Outubro, 2014 José Moreira

O marido da Idalina

Idalina trabalhava na casa de um médico em Lisboa.
Durante anos foi o anjo da guarda da família. Cuidava da limpeza, da cozinha e da roupa, ajudou a criar os filhos que a adoravam.

Um dia, muito nervosa e com os olhos cheios de lágrimas, Idalina anunciou que se ia embora. O médico, a mulher e os filhos ficaram em pânico:
•O que é que aconteceu, Idalina? Algum problema? Salário pequeno? Vamos conversar. Se for o caso a gente aumenta-lhe o ordenado.
•Não é nada disso, doutor. É a igreja. Nós somos da IURD, a nossa igreja transferiu meu marido para o Paraná e eu tenho de ir com ele.
•Seu marido é pastor?
•Não, doutor. O pastor é que nos vai levar com ele.
•Se seu marido não é pastor, pode muito bem ser substituído por outro.
•Não pode não, doutor. O pastor só confia no meu marido.
•O que é que ele faz?
•Ele é o paralítico que se levanta e anda…

25 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

A Arábia Saudita, os petrodólares e o terrorismo

Alwaleed bin Talal, um empresário multimilionário e membro da casa real da Arábia Saudita, confirmou que o país financiou o Estado Islâmico (EI) para ajudar a combater e derrotar o Governo da Síria.

A reiterada cumplicidade da obscura ditadura nos atos de terrorismo islâmico goza de surpreendente impunidade. Não vale a pena referir o suspeito do costume porque são muitos os países manchados de sangue e petróleo. Certo é o apoio do grande produtor de petróleo a todos os desmandos pios da falhada civilização árabe, que se agarra à fé como náufrago à única tábua. E, mais surpreendente ainda, é a cumplicidade de países que procriaram evangelizadores, cruzados e inquisidores de que se envergonham.

Surpreende-me que países, com massa crítica e instituições democráticas, se precipitem em aventuras patrocinadas por uma família medieval que dá o nome e é proprietária de um país. A mais sórdida teocracia, onde se situam Medina e Meca, locais que atraem os crentes islâmicos, como o mel às moscas, goza da proteção do mundo civilizado.

A Europa e os EUA continuam a ter como aliado o país medieval onde germina a mais demente interpretação do mais primário dos monoteísmos. Apesar de sofrerem, dentro das fronteiras, a demência mística, que alicia jovens, e ataques terroristas, que lançam o medo e a morte nos seus cidadãos, há uma pulsão suicida anestesiada pelo petróleo.

A ausência de quaisquer liberdades, direitos ou garantias, a mais infame misoginia e o despotismo patriarcal são apanágio da sociedade arcaica da santuário teológico do mais perverso islamismo.

Até quando a Arábia Saudita será um «país amigo»?

24 de Outubro, 2014 Ludwig Krippahl

O pulmão natural.

Os dirigentes da Igreja Católica têm estado a decidir se a Idade Média já acabou. O assunto pode parecer simples para quem está de fora mas, como o Espírito Santo diz umas coisas ao Papa e outras aos bispos, a decisão está complicada. Entretanto, alguns comentadores católicos por cá já chegaram à sua verdade revelada. Admito que aquilo que João César das Neves pensa acerca do casamento e do divórcio é entre ele a a sua esposa, e o que Gonçalo Portocarrero de Almada pensa é só com ele. Mas achei piada aos argumentos que apresentam para fazer de conta que não defendem um disparate.

Neves argumenta que o divórcio é inadmissível com uma analogia entre o cônjuge e o pulmão. «Tenho problemas respiratórios desde pequeno, com asma, bronquites, etc. Viver com os meus pulmões não é nada fácil, mas nunca me passou pela cabeça andar sem eles.» Foi «pelas mesmas razões» que não lhe ocorreu divorciar-se (1). É uma analogia estranha mas reveladora da noção que Neves tem do casamento. Eu não trocaria os meus pulmões porque, com a medicina que temos hoje, isso teria consequências desagradáveis. Mas se, quando eu tiver sessenta anos, a medicina permitir trocar de pulmões com a mesma facilidade com que se tira um apêndice, não verei problema ético nenhum em trocar os meus pulmões de sessenta anos por uns de vinte. Trocar assim de cônjuge já não seria um acto moralmente neutro. Mas, ao contrário do que Neves defende, isto não tem nada que ver com preservarmos «aquele corpo a que pertencemos desde que nascemos». Não se trata de um dever de permanecer juntos só porque calhou estar juntos. Tem que ver com o cônjuge ser uma pessoa e não um apêndice.

À primeira vista, isto pode parecer dar ainda mais razão à tese de Neves por ser pior trocar de cônjuge do que de pulmões. Mas o dever de ter consideração pelo cônjuge pode tornar o divórcio numa obrigação moral se a relação não for aquela que ambos merecem. A tese de Neves revela um problema comum a muitas religiões: descurar o facto de que, mesmo quando fazem parte de famílias, comunidades ou cultos, as pessoas continuam a ser indivíduos. Não passam a ser órgãos.

Gonçalo Portocarrero de Almada tenta chegar ao mesmo sítio por outra via. Invoca que «O matrimónio cristão [é] o casamento natural elevado à condição de sacramento» e que, por ser natural, «essa união só pode ser estabelecida entre uma mulher e um varão e deve durar enquanto os dois cônjuges forem vivos.»(2). Concordo que o casamento é algo natural na nossa espécie. A nossa espécie é, apesar do que por vezes parece, especialmente inteligente, e temos muito a ganhar por viver em grupos mistos de adultos e crianças. No entanto, as nossas crias precisam da atenção de ambos os progenitores, o que exige que os machos saibam quais são as suas crias. A dificuldade de combinar a vida em grupo com o investimento paternal e evitar que os machos matem as crias dos outros obrigou a nossa espécie a criar rituais e normas de comportamento que permitissem este tipo de colaboração. O casamento é um dos mecanismos resultantes desta pressão.

Mas se há algo natural na nossa espécie é a capacidade de nos adaptarmos às circunstâncias. É por isso falso que o casamento tenha de ser entre “uma mulher e um varão” e durar a vida toda. Todas as culturas têm formas de divórcio e quantos casam com quem e com quantos depende das condições em que vivem. Culturas nas quais os homens arriscam frequentemente a vida em confrontos para capturar recursos tendem a favorecer a poliginia. Habitar em regiões mais pobres pode favorecer a poliandria, com uma mulher tipicamente casando com dois irmãos, o que lhe permite reunir os recursos necessários para criar os filhos. Com a formalização legal das uniões e a separação entre o Estado e a vida privada, é perfeitamente natural que o casamento possa ser a união entre duas pessoas, qualquer que seja o sexo. Não será um matrimónio no sentido original do termo mas, como as evidências claramente demonstram, não sai do intervalo de adaptabilidade destas normas sociais.

É perfeitamente legítimo que os católicos concebam o seu casamento como bem entenderem. Mas a sua condenação do divórcio é uma idiossincrasia religiosa que não reflecte qualquer realidade profunda acerca da natureza humana ou dos transplantes de órgãos.

1- DN, Amputação
2- Voz da Verdade, Divórcio, casamento natural e matrimónio cristão

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