Agora, o processo seguirá para o Papa Francisco, que deverá decretar a aprovação da beatificação de Padre Victor. Após essa assinatura, o bispo da Diocese de Campanha, Dom Diamantino, poderá marcar a cerimônia de beatificação.
Cardeais aprovaram nesta terça-feira (2) no Vaticano, por unanimidade, um milagre atribuído a Padre Victor, religioso que viveu em Três Pontas (MG). O milagre que foi reconhecido seria a cura de um morador da cidade. A cura inexplicável já havia sido reconhecida anteriormente por médicos do Vaticano e por uma comissão de teólogos.
Agora, o processo seguirá para o Papa Francisco, que deverá decretar a aprovação da beatificação de Padre Victor. Após essa assinatura, o bispo da Diocese de Campanha, Dom Diamantino, poderá marcar a cerimônia de beatificação.

Bispo português nomeado para a Comissão Pontifícia de Arqueologia Sacra. Foto: DR
Faz hoje, 2 de junho de 2015, 1 ano que o rei, nomeado por um dos maiores genocidas do séc. XX, abdicou. Nomeado em 1969 para a monarquia abolida em 1931, o neto de Afonso XIII, nascido em Itália, durante o exílio, reinou de 22 de novembro de 1975 a 19 de junho de 2014.
O descendente da família Bourbon tornou-se rei, mais pela graça do ditador Francisco Franco do que da de Deus, alegada pelos clérigos reacionários, cúmplices do fascismo, e que viram na guerra civil contra a República, democraticamente sufragada, a ‘cruzada’ que o Papa de turno outorgou à sedição franquista.
Franco foi o déspota que assassinou dezenas de milhares de patriotas depois de finda a guerra, que garrotou presos políticos com a mesma displicência com que comungava e odiou a liberdade com a sanha com que rezava contra a República e a democracia.
Juan Carlos, educado numa madraça franquista, ganhou esporas de democrata no golpe do anacrónico tenente-coronel Tejero Molina, sob comando do gen. Milans del Boshe e tendo como cérebro o precetor real, general Alfonso Armada, com a comunicação social a imputar ao rei o mérito democrático, como se a intentona não tivesse fracassado com 3 homens que, nas Cortes, não se deitaram no chão, desafiando a ordem e os tiros, Adolfo Suárez, Gutiérrez Mellado e Santiago Carrillo.
Depois de anos a merecer a benevolência do país saído da ditadura terrorista, com 7,5 de aprovação, deve-se a Juan Carlos o facto de a monarquia ter atingido a aprovação de 3,72 numa escala de 0 a 10.
A erosão da instituição monárquica não se deveu apenas ao seu carácter anacrónico, foi mérito do rei que decididamente ajudou, com o apetite sexual dos Bourbons, a que fez jus, as caçadas, os negócios escuros da família, as relações pouco recomendáveis, onde não faltou o português Dias Loureiro, e o inenarrável genro Iñaki Urdangarín para quem o Ministério Público espanhol pediu 19 anos e meio de cadeia, acusado de desviar mais de seis milhões de euros de dinheiros públicos.
O descrédito que adicionou à monarquia não faz de Juan Carlos herói da República, mas merece gratidão pelo contributo para a decadência da instituição, que o imobilismo dos povos preserva e, sobretudo, por ter arrastado consigo o desprestígio da Igreja católica, pilar da monarquia e esteio da ditadura franquista.
JOSÉ CARLOS DA SILVA PEREIRA
O mito do Al-Andalus é ensinado em escolas e madraças do mundo islâmico, que sente com carinho e profunda nostalgia esse glorioso passado.
Sabe-se há muito que a Península Ibérica (ou Al-Andalus — designação dada pelos árabes ao Estado e Civilização nela criados) ocupa um lugar particular no imaginário árabe, no que se reporta aos territórios conquistados que formaram o império. Com os trabalhos sobre o islamismo radical, iniciados algumas décadas atrás, soube-se mais.
Por
Paulo Franco
As leis de Murphy talvez não sejam para levar demasiado a sério mas são, sem dúvida, uma advertência séria para o que realmente pode correr mal.
As leis de Murphy são o paradigma da apologia do pessimismo, a hipérbole do derrotismo e do desalento face ao que pode vir a acontecer.
Se (de forma algo forçada, é certo) adaptarmos o “espírito” das leis de Murphy ao que de negativo as religiões têm dado à humanidade, poderíamos elaborar as seguintes premissas:
– Se alguém te mente uma vez, pode mentir-te muitas vezes.
– Se alguém te mente muitas vezes, pode mentir-te sempre.
As religiões já nos mentiram sobre a existência de infernos e purgatórios; será que não nos estão a mentir sobre a existência do Céu?
As religiões já nos mentiram sobre a existência de demónios e diabos: será que não estão a mentir sobre a existência de deuses?
As religiões já nos mentiram sobre a existência de anjos, bruxas e feiticeiras: será que não estão a mentir sobre a existência de pessoas ressuscitadas?
Mas, se com toda a força de vontade da resiliência humana, nos submetermos ao poder da Fé e acreditarmos que Céu, Deuses e Pessoas que ressuscitam realmente existem, podemos sempre admitir a hipótese de, afinal, inferno, purgatório, demónios, diabo, anjos, bruxas e feiticeiras serem também uma realidade no nosso mundo, mas aí teremos seriamente de nos interrogar:
Estaremos afinal de regresso à Idade Média?
Ou será que quem mente muitas vezes pode mentir sempre?
No mais recente censo realizado em Portugal (2011), o total dos 8 989 849 inquiridos surge assim distribuído (por ordem decrescente):
Católicos – 7 281 887
Não Sabe/Não Responde – 744 874
Sem Religião – 615 332
Outros Cristãos (que não católicos, ortodoxos ou protestantes) – 163 338
Protestantes – 75 571
Ortodoxos – 56 550
Outros Não Cristãos (que não judeus ou muçulmanos) – 28 596
Muçulmanos – 20 640
Judeus – 3061
Diário de uns Ateus – E sabe-se como é mais fácil e lucrativo dizer que se é católico.
Por
Paulo Franco
Se há uma certeza que já podemos ponderar com elevado grau de certeza, após 10 000 anos a acumular conhecimento, é que a intuição humana engana-se demasiadas vezes.
Desde concluir que é o Sol que gira em volta da Terra até à conclusão de que os terramotos são o resultado de um Deus furioso com os seus filhos humanos desobedientes.
A nossa intuição conduziu-nos frequentemente a conclusões erradas sobre o funcionamento da natureza e do universo que só após o advento do pensamento cientifico puderam ser corrigidas.
Quando observamos as formas perfeitas das dunas junto à praia, onde as elevações e depressões adquirem um equilíbrio e uma graciosidade encantadores, intuitivamente somos levados a crer que alguma força Divina teve de intervir. Demorou tempo até percebermos que, afinal, era apenas a força erosiva do vento a funcionar.
Uma boa amostra de como a mente humana, desprovida de conhecimento cientifico, se precipita para conclusões fantasiosas é a quantidade de histórias mitológicas inventadas pelas antigas tribos autóctones americanas que viveram junto ao “Grand Canyon”. Elas nunca imaginaram ou sonharam que aquele monstruoso monumento natural com 446 Km foi “construído” durante 2 biliões de anos de história geológica “apenas” com a força erosiva da água do rio Colorado e do vento.
Na Idade Média aceitava-se como verdade inquestionável, nos meios académicos e religiosos, a teoria Geocêntrica de Aristóteles. Nada mais natural do que quem nunca saiu do seu ponto de observação, concluir que está no centro do universo. Com o advento do Renascimento, primeiro Copérnico e depois Galileu, deram início a uma revolução cultural só comparável à revolução encetada por Charles Darwin alguns séculos mais tarde com a teoria da Evolução.
Curiosamente, estes 3 heróis da História, apesar de separados por quase 4 séculos, tiveram de enfrentar a oposição poderosa e perigosa da Igreja Católica.
A teoria Antropocêntrica foi mais um equívoco gigantesco, desta vez vindo de interpretações bíblicas que nos colocavam como o centro da criação, menosprezando todo o resto do mundo animal e vegetal, reduzindo-os a meros utensílios ao serviço dos Todo-poderosos humanos.
E sobre o Espaço Sideral, que poderíamos nós intuir sobre coisas tão assombrosas como um Buraco Negro ou um Quasar?
O que a intuição humana contribuiu para o desenvolvimento da teoria da relatividade de Einstein ou para a física quântica?
O universo é contraintuitivo. Só o método cientifico garante alguma possibilidade de o compreender.
“Minha desconfiança é que o universo não é só mais estranho do que imaginamos, mas mais estranho do que podemos imaginar. Suspeito que haja mais coisas no céu e na Terra que se sonha, ou que se possa sonhar, em qualquer filosofia.” J.B.S. Haldane.
Uma vereadora do Partido Popular de Rafelbunyol (Valência), Nuria Losada, causou polémica com um comentário que escreveu no Faceboock, em relação aos resultados eleitorais e ao descalabro do seu partido na região, em que se lia: «agora vão começar a queimar igrejas e violar freiras» e «na praça de touros construirão um bordel».
(Comentário divulgado pelo jornal ‘Levante EMV’)
Fonte: DN, hoje, pág. 36
Publicação: 2015-05-28 00:00:00
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