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5 de Janeiro, 2017 Carlos Esperança

Birmânia ou Mianmar e o budismo

O País é pluriétnico e multiconfessional, mas é difícil que os cristãos ou muçulmanos possam ter lugares de relevo ou pertencer às forças armadas que têm sustentado a feroz ditadura militar, num país com 90% de budistas. A eleição do presidente afeto a Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz, e impedida de ser PR, não alterou o poder dos militares.

Não há ditaduras boas nem religiões tolerantes. Tolerantes e civilizados podem ser os crentes, apesar das religiões que professam. O budismo é uma filosofia de tradições, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos de Buda, ou seja, uma religião não teísta, que tem algumas vantagens, mas está mais longe do carácter pacífico que se lhe atribui no Ocidente do que da crença divina das religiões monoteístas.

O budismo não cultiva a paz nos conventos nem reduz a rivalidade entre os conventos e, quanto a perseguições a outras religiões, não atingindo a demência do Islão político, têm aumentado em vários países. A Birmânia é hoje o caso mais eloquente, com expulsão de missões cristãs e sevícias sobre não budistas, sobretudo contra muçulmanos.

A minoria muçulmana rohingya tem sido vítima de violentas discriminações ao longo dos anos. É difícil, num país fechado e dominado pela ditadura, avaliar os suplícios das minorias religiosas, em especial da muçulmana. É um ódio herdado da época colonial.Recentemente também os cristãos foram perseguidos por ‘irritarem espíritos budistas’ e monges radicais conseguiram a aprovação de leis que dificultam a conversão, mas nada se compara à crueldade para com os muçulmanos. Em maio de 2015 um monge budista incitou a violência contra eles e é difícil saber quantos sobram, dada a sua exclusão no último censo demográfico. Os refugiados em países vizinhos estimam-se em 1 milhão.

Ontem, o jornal francês, Le Monde, referia-se a milhares de civis da minoria muçulmana que fugiam à violência dos militares birmaneses nos seguintes termos: “nunca tínhamos visto tal nível de crueldade”.A Senhora Aung San Suu Kyi ainda não se tinha pronunciado sobre esta chacina que o ódio sectário de natureza religiosa provocou. E a laicidade nem em democracia é consensual.

4 de Janeiro, 2017 Luís Grave Rodrigues

Trindade

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3 de Janeiro, 2017 Carlos Esperança

Assim, sim!

António Rodrigues partilhou a sua publicação1 h
Foto de António Rodrigues.
António Rodrigues

Algumas pessoas não acreditam que a Nossa Senhora do Monte me apareceu no limoeiro, enquanto eu andava na minha horta.
Mas acreditam que a Nossa Senhora de Fátima, apareceu a 3 pastorinhos que apascentavam um rebanho, na Cova da Iria;
A 13 de outubro de 1917, estavam lá repórteres de jornais e já haviam máquinas fotográficas (embora a preto e branco).
Porque não tiraram fotografias da Nossa Senhora, em cima da azinheira?
Eu sou o único vidente, da aparição da Nossa Senhora do Monte! Mas provo com a imagem da minha visão.
Quem acredita nas aparições de Fátima, apresente provas, como esta:

2 de Janeiro, 2017 Carlos Esperança

A laicidade e o islamismo político

 

Entro em 2017 com a certeza de que o islamismo político e os valores liberais do Ocidente são incompatíveis. Desconheço, aliás, qualquer religião cujos valores sejam coincidentes com as liberdades que caracterizam a nossa cultura, mas se a repressão ao clero de outras religiões permitiu que elas próprias se juntassem na defesa da laicidade, o Islão político chegou a um ponto de não retorno.

O respeito que a cobardia do politicamente correto procura impor, aliado ao preconceito de que é a direita que defende os valores civilizacionais, cria a perigosa confusão entre a postura liberal nos costumes que é apanágio da civilização com a opção liberal na economia.

O Islão não tolera a música, a arte ou a felicidade, não aceita a igualdade de género nem prescinde do direito de posse da mulher pelos homens, entre outras aberrações comuns aos monoteísmos, mas caídas em desuso na civilização ocidental após o longo processo renascentista, iluminista e da Revolução Francesa.

A passagem do ano em Colónia, na Alemanha, foi este ano vigiado por forte dispositivo policial para evitar a repetição das inúmeras violações do ano anterior em que islamitas dementes foram os autores.

O ano começou, aliás, com um ataque a uma discoteca em Istambul, na Turquia, onde o Irmão Muçulmano Erdogan não pôde destruir ainda todo o legado de Atatürk. Trinta e nove mortos e 69 feridos foi o resultado da sanha de quem acredita no “beduíno amoral e analfabeto” como profeta da moral e da sabedoria, na Europa, onde a Turquia acaba e a Europa deixa de ser Ásia.

Na Holanda, onde uma em cada três mesquitas é salafista, o Instituto Verwey-Jonker, especializado em sociologia, descreveu as regras dessas mesquitas. Estão na vanguarda da demência sunita, o que levou Lodewijk Asscher, ministro dos Assuntos Sociais e líder social-democrata, a apelar aos pais holandeses para retirarem os filhos das aulas de Corão ministradas pela mesquita salafista Al Fitrah, em Utrecht.

As regras impostas nessas mesquitas, segundo o Instituto atrás referido, incluem «evitar muçulmanos moderados, rejeitar a música, o cinema, as excursões de tipo cultural, e a separação entre homens e mulheres. Esta última atinge professores, especialmente as professoras, na escola primaria, a quem não devem cumprimentar com o aperto de mão com que é hábito os alunos holandeses despedirem-se no fim de cada dia de aulas». (El País, ISABEL FERRER, Haia 27 dez. 2016)

A defesa da laicidade e da civilização exige a interdição desses locais mal frequentados e o julgamento dos seus clérigos. Não são templos, são escolas terroristas.

A laicidade exige absoluta neutralidade do Estado em relação às religiões. O mercado da fé deve estar sujeito ao Código Penal.

1 de Janeiro, 2017 Carlos Esperança

Laicidade

religionescualano

30 de Dezembro, 2016 Carlos Esperança

Boko Haram

É mais fácil saber o nome dos presidentes dos clubes de futebol do que saber o que é o Boko Haram.

Aliás, tudo o que diz respeito a África e à negritude é habitualmente ignorado, como se ainda se discutisse se os negros têm alma ou não, o que permitiu a escravatura, com boa consciência cristã. A fome, a doença e o sofrimento são ignorados pelo ramo caucasiano que muito provavelmente descende dos negros.

Pois bem, na zona do Sahel trava-se uma batalha feroz entre o islamismo retrógrado e o protestantismo evangélico, respetivamente financiados pela Arábia Saudita e evangélicos norte-americanos.

O Boko Haram é um grupo terrorista que jurou fidelidade ao Estado Islâmico e anseia criar o califado na Nigéria. A sharia tornou-se lei no Norte, com maioria muçulmana, enquanto o Sul, com maioria cristã, a repudia. O crescimento da população muçulmana, é uma ameaça para os cristãos. Além de raptos e torturas, calcula-se em15 mil mortos e mais de 2 milhões de deslocados a tragédia provocada pelo bando sinistro que estendeu a jihad ao Níger, Camarões e Chade.

No Níger, depois de várias vitórias sobre o sinistro grupo que sequestrava meninas para começam uma vida nova como servas, está a desagregar-se com múltiplas deserções de combatentes da fé.

Considero esta notícia bem melhor e mais importante do que o resultado das eleições no Sporting.

28 de Dezembro, 2016 Carlos Esperança

Espanha

Apesar das gordas quantias que a ICAR recebe do Estado espanhol, 25,8% dos espanhóis, declaram-se não crentes.

E nenhum Governo, de direita ou de esquerda, tem coragem para pôr termo ao abuso eclesiástico que defrauda o erário público!