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4 de Dezembro, 2004 Palmira Silva

O quadro negro do desenho inteligente

Apesar da razão e da ciência,
os maiores trunfos da humanidade,
condescende em ilusões e práticas mágicas
que reforçam o teu auto-engano,
e perder-te-às incondicionalmente!

Mefistófeles no Fausto de Goethe

Nas religiões em geral e no Catolicismo em particular, a dúvida deve ser evitada, enquanto a fé é nutrida e cultivada. A história de São Tomé é uma advertência contra a procura de confirmação experimental, de provas de «milagres» que contrariam as leis da natureza. É exaltada a fé sem restrições espúrias como sejam as evidências materiais e científicas.

Para defender a fé, o cristianismo destruiu bibliotecas, repositórios do conhecimento de civilizações «pagãs», queimou livros de ciências «profanas» em orgias de fé, deixando o mundo cristão mergulhado na ignorância, na superstição e no fanatismo. A Idade Média correspondeu a um período negro na História das civilizações Ocidentais, um período de obscurantismo, do qual o mundo cristão só saiu quando foi redescoberta a Cultura Greco-Romana. Uma Ciência, uma Arte e uma Filosofia novas começaram a despontar, sob os olhos aterrorizados da Religião que temia perder o seu domínio despótico e tirano, mantido pela força da espada, fogueira ou afins, durante séculos.

A disputa do cristianismo contra a Ciência pela posse da verdade é assim História antiga. No Ocidente, o embate mais mediático e conhecido foi o caso Galileu. Essa batalha foi vencida pela Igreja, que obrigou Galileu a renegar as suas teses para não sofrer o destino de Giordano Bruno: ser imolado pelo fogo em nome da pureza e verdade da fé. Mas o futuro dessa disputa seria diferente: pouco a pouco, a religião perdeu a autoridade para explicar o mundo. Quando, no século XIX, Darwin lançou a sua teoria sobre a evolução das espécies, contra a criação divina, o fosso entre ciência e religião já era intransponível.

No post «Os Dinossauros de Deus» abordei o princípio antrópico. Este é devotado ao «Desenho Inteligente», DI, mais uma suposta arma final apresentada pelos crentes numa batalha que foi perdida no século XVII: a batalha para descrever a Natureza com base nas Escrituras ou em termos de causas finais (princípio teleológico) e causas eficientes.

Um dos fundadores do movimento DI foi o professor de direito da Universidade de Berkeley, Philip E. Johnson, autor do livro «Darwin on Trial», que se descreve como um cristão conservador criacionista, que acredita que o evolucionismo é incompatível com a crença num Deus omnipotente, criador do céu e da Terra e do Homem à sua imagem. Ou seja, o distinto jurista cunha a Evolução como uma filosofia (fundamentalista) ateísta e naturalista, e afirma que «Ser um cientista não é necessariamente uma vantagem, quando lidamos com um tópico tão abrangente como a evolução, que se entrelaça com muitas disciplinas científicas e também envolve os toques da filosofia.», ou seja, um juiz será, também necessariamente, o mais capacitado para opinar (negativamente) sobre evolução que um cientista! E estes deveriam esperar por autorização «superior» das instâncias religiosas antes de ousarem explicar algo que seja já alvo de uma explicação religiosa.

Claro que esta tentativa de afirmar os cientistas incapazes de descrever a Natureza, pelo facto de descartarem causas sobrenaturais e de desígnio insondável na explicação de fenómenos problemáticos para as religiões, não é muito convincente e assim o passo seguinte na defesa de um «arquitecto supremo» foi a arregimentação de cientistas para a causa.

Os dois cientistas mais activos no DI são Michael Behe, autor de «Darwin’s Black Box» (A Caixa Preta de Darwin), e William Dembski, autor de «Intelligent Design: The Bridge between Science and Theology» (Desenho Inteligente: A Ponte entre a Ciência e a Teologia). Dembski e Behe são membros do Discovery Institute, um instituto de «pesquisas» de Seattle patrocinado por fundações cristãs.

William Dembski é um matemático que alega poder provar que a vida e o universo não poderiam ter acontecido por acaso e por processos naturais e, como tal, são o resultado do projecto inteligente de Deus. Também afirma que «a solidez conceptual de uma teoria científica não pode sustentar-se distanciada de Cristo» o que ilustra a motivação (e solidez) das suas teses.

Já Michael Behe restringe-se aos “sistemas irredutivelmente complexos,” sistemas que não poderiam funcionar caso faltasse apenas uma das várias partes. “Sistemas irredutivelmente complexos… não podem evoluir de uma maneira Darwiniana,” afirma, porque a selecção natural opera na forma de pequenas mutações. Logo, para este autor, o desenho inteligente deve ser responsável por esses sistemas irredutivelmente complexos. Na realidade, alguns dos supostos sistemas complexos que Behe utiliza como argumento, por exemplo o flagellum bacteriano, já foram explicados, ou seja, o seu principal argumento é baseado não só na sua ignorância do trabalho de outros investigadores como na assunção que a Natureza é limitada pela imaginação de Behe.

As supostas «descobertas» destes cientistas não foram publicadas em qualquer revista ou editora científicas, apresentadas à comunidade científica ou sujeitas ao julgamento dos pares. Pelo contrário, a refutação das ideias disparatadas de Behe por um evolucionista (por acaso mencionado no livro de Behe como uma «testemunha» de defesa ) mereceu um artigo na Nature (apenas acessível a subscritores). E respostas de cientistas conhecidos e respeitados na comunidade científica, como Peter W. Atkins ou H. Allen Orr que recomendo. Assim como o artigo de Richard Dawkins sobre a indevida imiscuição da religião na ciência.

O conflito entre a visão mecanicista da Natureza e a visão teleológica que se delineou a partir do século XVI resolveu-se per se. A ciência afirmou-se e progrediu em parte porque os cientistas tentaram descrever os fenómenos naturais sem recurso a um propósito final. O Deus de Leibniz, cuja existência é perfeitamente demonstrável, que contém em si todas as verdades eternas e necessárias, tornou-se assim uma hipótese desnecessária para a ciência.

3 de Dezembro, 2004 Carlos Esperança

A escola deve ser laica

A obsessão das Igrejas pelo ensino não é mais do que a tentativa de recuperação de uma arma política para controlar as consciências, promover o proselitismo e exercer o poder. A ICAR conseguiu em Portugal uma preponderância que compromete a laicidade. A mais escandalosa concessão, na escalada meticulosa e metodicamente preparada, é a Universidade Católica, com direitos e regalias de que mais nenhuma universidade privada goza. São excessivos os estabelecimentos dominados pela ICAR, desde o ensino pré-escolar ao superior, sem descurar os numerosos lares que lhe servem de apoio. O poder religioso só tem sido limitado pelas dificuldades de recrutamento do clero, compensado por uma legião de prosélitos dispostos a servir a ICAR.

A tradição ancestral do monopólio das igrejas nacionais na educação pública rompeu-se com a separação da Escola e da Igreja, que se iniciou em finais do séc. XVIII e se prolongou até aos princípios do séc. XX, umas vezes de modo gradual, outras de forma violenta. Foi este percurso histórico que quebrou o monopólio religioso que as igrejas em geral, e a ICAR em particular, se esforçam por recuperar, sem esquecer o carácter patológico das madraças islâmicas.

A ideia da separação entre a Igreja e o Estado está intimamente ligada à história política europeia e não é, segundo hoje se propala, uma singularidade francesa. Começou na Inglaterra de John Locke, com a Carta sobre a Tolerância (1689) onde se pedia já que a Igreja fosse completamente separada do poder político, pedido formulado em latim (Epistola de Tolerantia no seu nome original latino) para que as barreiras linguísticas não limitassem a difusão da pretensão através de toda a cristandade. Antes, já John Locke empreendera a refutação do direito divino dos reis e do absolutismo régio.

A convicção de que a descrença conduzia à depravação do indivíduo e à ruína social era o argumento para legitimar a educação confessional, torná-la obrigatória e justificar a discriminação e perseguição dos que enjeitavam a autoridade eclesiástica. O progresso da humanidade está ligado à emancipação da tutela religiosa. A progressiva secularização do ensino e da assistência estão na base das modernas sociedades democráticas. É por isso que a ICAR trava uma luta desenfreada contra o laicismo com pressões intoleráveis sobre os governos dos países onde se instalou.

A separação da Igreja e do Estado, em França, comemora no próximo ano um século. Da Espanha à América latina os povos pretendem romper as grilhetas impostas pela ICAR. Cabe aos livres-pensadores ser solidários nessa luta de emancipação e combater a vocação totalitária que parece ter recidivado no cristianismo (não apenas na ICAR) por um estranho contágio da esquizofrenia islâmica.

Não há países livres onde o ensino e a saúde são monopólio da Igreja. Não há democracia onde esta domina o Estado. Não há felicidade onde os padres controlam a sociedade.

2 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

Regresso ao passado

Cristãos, muçulmanos e judeus juntaram-se em Doha, no Qatar, na defesa da «família tradicional» e aprovaram um documento, a «Declaração de Doha», onde se sublinha que «a família é a célula natural e essencial da sociedade», exortando que os governantes «promulguem e apliquem políticas que reforcem a estabilidade do casamento». Não se sabe é qual é o conceito exacto de família tradicional. Será aquela em que a mulher passa do jugo do pai para o do marido? Em que a mulher está confinada às lides da casa? Em que a principal utilidade da mulher é ter filhos e servir de saco de pancada do marido? Em que os filhos estão submetidos à vontade do pai? Isso é que são valores tradicionais, nada dessas tretas de igualdade e de direitos.

A «Declaração de Doha» sublinha a importância de «atender às normas religiosas e morais que contribuem para a estabilidade cultural e o progresso social», progresso esse que não se tem notado nos últimos tempos e que tem andado disfarçado de retrocesso na defesa de direitos, liberdades e garantias.

O cardeal Alfonso López Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família e representante do Vaticano neste evento, e que proferiu uma conferência sobre «A complementaridade do homem e da mulher: aproveitar os talentos de mães e pais» (especialmente os talentos culinários e parideiros de mães), afirmou que a família é uma instituição anterior ao Estado, defendendo que «nenhum governo tem o direito de mudar a definição de família ou de matrimónio». Ou seja, os Estados soberanos, como na Idade Média, têm de se submenter a conceitos não-jurídicos de matrimónio fundados em concepções morais e religiosas que não servem a nenhum Estado que se quer de Direito.

Não se ficando por aí, Trujillo declarou que «em todas as culturas e religiões há uma verdade presente: a família está baseada no matrimónio, o único lugar válido e apropriado para o amor conjugal». Não recebem, assim, a bênção todas as relações para-familiares como as uniões de facto que, actualmente, os ordenamentos têm vindo a reconhecer como situações dignas de tutela jurídica.

Parece que o regresso a uma família tradicional implica o regresso da mulher a um papel subalterno de cozinheira e parideira, ao desaparecimento de uma noção contratualista de casamento , à proibição do divórcio e à restauração de costumes tão interessantes como a poligamia e a lapidação feminina.

2 de Dezembro, 2004 Palmira Silva

Ainda o princípio antrópico, II: a posição «cientificamente correcta»

«Na sua versão «forte» o Princípio Antrópico diz o seguinte: O Universo é tal que:

1) Necessariamente leva ao aparecimento da Vida e da Vida inteligente;

2) Uma vez surgida a Vida inteligente, esta prosseguirá a sua evolução sem nunca desaparecer.

Dito de outra maneira: a Vida inteligente é como que um feto do Universo (implantado talvez por Deus) que se irá desenvolvendo de forma harmoniosa… E não há aborto, voluntário ou não, possível.

À primeira vista, esta tese não parece muito convincente. De facto sabemos que muitas espécies têm desaparecido (os dinossauros constituindo o caso mais espectacular). Os humanos, esses estariam condenados a não desaparecer…

Por um lado, se a Humanidade – a nossa Humanidadezinha – continuar com os pés na Terra, certamente que desaparecerá. Isto porque o Sol, fonte de vida, da energia e da nega-Entropia, é, como todas as estrelas, uma estrela condenada. Condenada a gastar o seu (abençoado) combustível nuclear até à exaustão.

Por outro lado, a Humanidade construiu armas poderosas- bombas nucleares capazes de levar a uma autodestruição. Por que é que tal não aconteceu, em particular nos anos quentes da guerra fria? Será que Kennedy e Kruchov ou Reagan e Bresnev tinham uma protecção (divina) que travava os seus instintos destruidores?

Mais uma vez aparece a pescadinha a querer meter o rabo na boca. Será pelo facto de haver um princípio teleológico que a Humanidade existe, ou será exactamente o contrário: porque a Humanidade existe inventou-se um princípio teleológico?

Em conclusão: a posição «cientificamente correcta» – a posição cc – parece continuar a ser a de Monod e Weinberg: somos fruto do acaso e da necessidade, nada mais há para além disso.

Naturalmente que todos temos o direito – e talvez o dever -, como Einstein, de nos deslumbrarmos, encantarmos, comovermos com o milagre do Universo e da Vida.

Haverá mesmo, talvez, irredutibilidade das questões de Gauguin (donde viemos, onde estamos, para onde vamos) a um tratamento estritamente científico. A razão poderá ter a ver com a impossibilidade que temos de responder a questões mais globais que se colocam na teoria. A questão do Nós e o Cosmos poderá ser uma questão meta-científica no sentido do teorema de Gödel. Por palavras simples: não se pode explicar tudo. Não pode haver teoria explicativa completa!

Termino com uma citação de Max Planck, o Físico dos Quanta, do fim do século XIX e do começo do século XX:

«A Ciência não pode resolver o mistério final da Natureza. Isto porque, em última análise, nós próprios somos parte do mistério que tentamos resolver»

Eu penso que Gödel não teria dito melhor!»

2 de Dezembro, 2004 Palmira Silva

Ainda o princípio antrópico, I: pescadinha de rabo na boca

Há uns dias tive oportunidade de escrever aqui a minha opinião sobre o Circulus In Demonstrando ou verdade de La Palice que dá pelo nome princípio antrópico, apresentada como uma alternativa deísta ao evolucionismo «ateu». Uns dias depois, em conversa com o presidente do CENTRA, o Centro Multidisciplinar de Astrofísica do Instituto Superior Técnico, Jorge Dias de Deus, um paradigma nacional em divulgação científica, pedi-lhe uma contribuição para o Diário Ateísta sobre esse e outros temas.

O Jorge informou-me que já tinha dissertado sobre o assunto, nos longínquos finais do século XX, quando todos pensávamos que a religião não seria sequer um parâmetro equacionável na descrição do «ser» do Universo, quando o Jorge afirmava que «a Evolução é uma das noções que, após grandes reacções de fundamentalismos vários, mais fortemente se enraizou na tradição científica», muito menos teria a evolução catastrófica para o progresso da Humanidade a que o dealbar do século XXI assistiu.

Assim, enquanto todos esperamos futuras contribuições, deixou-me com uma palestra que apresentou em Julho de 1998, no âmbito de uma iniciativa de divulgação científica, os V Cursos Internacionais de Verão de Cascais.

Palestra que, por ser demasiado extensa para transcrição na íntegra, partilho parcialmente em duas partes com os leitores do Diário Ateísta.

«Há um princípio, Princípio Antrópico, que pretende demonstrar que o número de civilizações inteligentes é necessariamente maior ou igual a um e, para os defensores mais extremistas do princípio, o número é exactamente igual a um. Trata-se efectivamente de uma tentativa de recuperar um sentido para o Mundo, através de um princípio teleológico, correspondendo a uma actualização das ideias de Teilhard de Chardin.

O Princípio Antrópico, na sua versão «fraca» diz que:

1) as forças da Natureza Têm as intensidades e alcances que têm:

2) as massas, cargas e outras características das partículas têm os valores que têm;

3) o Universo tem a idade que tem, de modo a permitir a existência e evolução da Vida (com base no carbono).

Em relação ao Universo, já vimos que a sua idade (na ordem de 1010 anos) é compatível com a evolução (cerca de 109 anos para que se chegue, por Evolução, à Vida Inteligente). Se fosse mais velho haveria menos estrelas a funcionar (teriam já gasto o seu combustível nuclear) e a probabilidade de se encontrar um Sol e uma Terra baixaria enormemente. Se fosse muito mais novo não teria havido tempo para o aparecimento de um Sol e de uma Terra, e não teria havido tempo para a evolução.

Quanto às massas das partículas, se a massa do electrão fosse 200 vezes maior do que é (se fosse igual à massa do muão) o átomo seria 200 vezes mais pequeno e nós seríamos igualmente 200 vezes mais pequenos! De facto, a situação é mais dramática do que isso: com átomos 200 vezes mais pequenos os electrões (de carga negativa) ficam dentro do campo dos protões (de carga positiva) do núcleo, sendo por estes capturados com a produção de neutrões e neutrinos (de carga zero). Os núcleos acabariam por ser instáveis e, por exemplo, as estrelas ficariam neutras, incapazes de produzir luz, que é uma pré-condição essencial para a vida. Dito de outra maneira: não haveria Sol!

Mas haverá, sim ou não, algo de misterioso nestas – chamemos-lhe assim – coincidências? É difícil de dizer onde é que está a boca e onde é que está o rabo da pescadinha: mas realmente parece um problema de pescadinha de rabo na boca. Não viveremos, talvez, no «melhor dos Mundos», mas temos de viver num Mundo onde possamos viver. Ou então não viveríamos.

Portanto, o Princípio Antrópico, nesta versão fraca, só serve para chamar a atenção para a necessidade de consistência entre as características da Vida inteligente conhecida, e as características do Mundo exterior. Em certa medida, o Princípio é tautológico. Por outro lado, nesta versão, não é de modo algum inconsistente com a evolução e o darwinismo. Limita-se a dizer: se eu existo têm que existir pré-condições para a minha existência.»

(continua)

1 de Dezembro, 2004 Aires Marques

Na Figueira

No próximo dia 5, na Figueira da Foz, pelas 16H00 no Auditório do Museu Municipal, promovida pela Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto, há uma palestra «Humanitarismo e a Solidariedade nas Religiões» proferida pelo prof. Dr. Moisés Espírito Santo seguindo-se a apresentação, feita pelo Prof. Dr. António Faria, de uma obra assinada pelo investigador prof. Pedro Ramos Brandão, «A Igreja Católica e o Estado Novo em Moçambique».

Quer pelas personalidades envolvidas quer pelos temas abordados estes eventos nerecem atenção.

1 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

ENA III: Cardápio

A Comissão Organizadora do ENA III, após uma árdua demanda pelos hóteis, casas de pasto, restaurantes, tascos, centros de congressos e salas de exposições da cidade de Coimbra, encontrou um local para o III Encontro Nacional de Ateus, a realizar no dia 19 de Dezembro.

Quem nos irá dar guarida é o hotel D. Luís, situado em Santa Clara, na margem esquerda do Mondego e com uma bela vista sobre a Lusa Atenas, mais propriamente à frente da rotunda da Ponte Europa.

A refeição, porque não podemos trabalhar correndo o risco de nos dar uma fraqueza, tomará a forma de um bufete composto por, sopa, entradas, dois pratos quentes (peixe e carne), várias saladas (umas de vegetais, outras de polvo e de orelha de porco), carnes frias e uma variedade de sobremesas (doces e fruta).

O preço será de 14 euros com o suplemento de 2,50 euros por pessoa para vinhos ou águas ou refrigerantes.

Agora, resta apenas inscreverem-se.

1 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

Para os que não sabem

Para os que não sabem, aqui estão as instruções para a inscrição no III Encontro Nacional de Ateus, que irá decorrer em Coimbra, no dia 19 de Dezembro.

1. O e-mail a ser usado para as inscrições é [email protected].

2. O tópico do e-mail deve ser: «Inscricao Ena 3»

Caso levem acompanhantes o tópico pode ser «Inscricao Ena 3 ( +Y )» em que Y é o número de acompanhantes.

3. O corpo do e-mail deve ser:

Nome: Nome do Participante

Email: Email_do_participante@blah

Telefone: 666 666 666

Se houver acompanhantes:

Nome: Nome do Acompanhante 1

Email: Email_do_Acompanhante 1@blah

Telefone: 666 666 666

Nome: Nome do Acompanhante 2

Email: Email_do_Acompanhante 1@blah

Telefone: 666 666 666

4. O formato dos emails para as inscrições TEM que respeitar as regras mencionadas. Existe um filtro e os e-mails que não seguirem este formato arriscam-se a ser automaticamente apagados pelo sistema. Inscrições para a lista assoc_ateista, despertar ou ateismo.net também NÃO SERÃO consideradas.

5. A inscrição é considerada como definitiva, mas pode ser cancelada. Uma semana antes do evento será enviada uma mensagem a todos os inscritos a confirmar a inscrição.

1 de Dezembro, 2004 Mariana de Oliveira

Imoralidade sidosa

Como a Palmira assinalou, hoje é o dia mundial da luta contra a sida.

Para assinalar este acontecimento, o Vaticano disse considerar que, por trás do contágio, está uma «imunodeficiência de valores morais e espirituais» e reiterou, acertadamente, a necessidade de as empresas farmacêuticas baixarem os preços dos medicamentos e, obviamente, a observância da castidade.

Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, citou o João Paulo II ao afirmar que esta doença é uma «patologia do espírito» que deve ser combatida com o «ensino do respeito pela valores sagrados da vida e uma correcta prática sexual», ou seja, a supressão de qualquer comportamento sexual, especialmente aquele que envolve uma boa sessão de sexo escaldante.

Barragán não se pronunciou sobre a propaganda anti-preservativo feita pela Igreja, nomeadamente a afirmação de que os preservativos não protegem contra a transmissão do vírus do HIV, e, como informou a Palmira, sobre o patrocínio de campanhas pela queima de preservativos.