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10 de Setembro, 2006 Carlos Esperança

Santo,…Já!!!

(Cartoon de Brito, publicado com amável autorização do autor)
10 de Setembro, 2006 Carlos Esperança

B16 regressa ao local do crime

Para «reafirmar os laços profundos que existem entre o Vaticano e a Igreja alemã», laços que ligaram Pio XII a Hitler, amarras feitas de sangue e excomunhões contra a Reforma protestante, o pastor alemão aterrou em Munique.

O Sapatinhos Vermelhos que esconde as orelhas sob o camauro, ou as protege com um Saturno, bizarros adereços do múnus e do narcisismo, volta à Alemanha, donde emigrou depois de um curto apoio às SS e um longo caminho ao serviço do Deus de Pio XII, Torquemada, Pio IX e Urbano II.

Em tauromaquia, este regresso repetido às origens chamar-se ia tendência para a crença natural mas o teocrata não vai para ser lidado, regressa para estimular um movimento de retrocesso ao catolicismo mais retrógrado, impor velhos valores e fazer proselitismo.

B16 é o caixeiro-viajante ao serviço da SIDA e dos preconceitos da igreja anacrónica que elege a teologia do látex contra a protecção de doenças sexualmente transmissíveis, que prefere o nascimento de um deficiente grave ou o fruto da brutalidade da violação à interrupção voluntária de uma gravidez, que opta pelo sofrimento dos cônjuges em vez da liberdade do divórcio.

B16, ditador vitalício, digno sucessor de JP2, é o inquisidor dos tempos modernos, que não está interessado na salvação das almas – sabe que Deus não existe -, apenas o move um projecto de poder que se afirma na luta contra o secularismo e a laicidade, que pensa ganhar no combate com os outros credos e na erradicação do agnosticismo e do ateísmo contra quem solta a clericanalha que cegamente lhe obedece.

10 de Setembro, 2006 Palmira Silva

E ainda Darfur

A Human Rights Watch informa que o governo do Sudão está a bombardear as (poucas) aldeias que não foram destruídas no norte de Darfur. Estes ataques surgem numa altura em que Cartum pretende que a força de paz da União Africana saia do terreno e rejeita peremptoriamente o envio de uma força de paz da ONU. Aliás, num comício no sábado, o presidente sudanês, Omar al-Bashir, pediu «uma mobilização popular e militar» e «que os campos de treios sejam abertos a todos os que são capazes de levar armas para enfrentar qualquer ingerência» das organizações internacionais. Advertindo que o governo sudanês atacará os corpos de paz da ONU se estes forem enviados para Darfur.

Os milhões de sudaneses negros nos campos de refugiados, na sua esmagadora maioria mulheres e crianças, temem pelas suas vidas no caso de a força de paz da UA sair da zona em finais de Setembro, como pretende Cartum. Como diz um dos refugiados num campo em Tawila:

«Se estes soldados (ruandeses da UA) sairem, nós seremos massacrados». Deixando um apelo, «Nós imploramos a comunidade internacional, a alguém, venham e salvem-nos».

A violência crescente contra as ONG’s operantes no local tem obrigado a que estas saiam do terreno. Para além das acções militares contra civis do governo de Cartum, a doença e a fome vitimarão muitas mais pessoas em Darfur que as muitas centenas de milhares que já foram vítimas mortais deste conflito.

Uma catástrofe humanitária, um genocídio de dimensões só comparáveis às do Holocausto, ameaça abater-se sobre o Darfur nas próximas semanas, como reconhece, finalmente, a ONU.

A proposta do governo sudanês em substituir os corpos de paz internacionais por tropas sudanesas não merece qualquer credibilidade, especialmente face aos recentes desenvolvimentos. Como afirma a secretária geral da Amnistia Internacional, Kate Gilmore:

«O ‘plano de protecção’ do governo sudanês é uma fraude e deve ser firmemente rejeitado. Como pode realisticamente o [governo] Sudão – que parece estar a lançar a sua própria ofensiva em Darfur – propor-se como corpo de paz num conflito em que é a parte principal envolvida e um perpetrador de violações graves dos direitos humanos?»

Não esqueçam: 17 de Setembro, o «Dia Global por Darfur». Assinem petições, manifestem-se, mas não deixem sem resposta os apelos dos que irão ser massacrados se ficarmos de braços cruzados!

9 de Setembro, 2006 Palmira Silva

17 de Setembro: um dia por Darfur


O dia 17 de Setembro será o «Dia Global por Darfur». É necessário agir já para parar o genocídio em curso em Darfur! O Diário Ateísta apela aos seus leitores e à blogoesfera nacional para que se juntem aos muitos milhares de pessoas em todo o mundo que nessa data se manifestarão para pressionar os respectivos governos, o Conselho de Segurança da ONU e o governo do Sudão para que o corpo de paz da ONU possa ir para a região.

Usem algo azul na cabeça dia 17 para simbolizar a necessidade na zona das forças de paz da ONU. Ou simbolizem essa necessidade colocando nas vossas páginas e blogs uma foto usando a boina dos corpos de paz da ONU. A minha foto já aqui está!

Podem ainda assinar esta petição da Amnistia Internacional e ver que mais podemos fazer para evitar a limpeza étnica em curso em Darfur nesta página da Human Rights Watch.

Dia 17 de Setembro marca o primeiro aniversário da resolução da ONU em providenciar segurança a civis em todo o globo. Juntemos Portugal e também o Brasil aos 15 países que estão a organizar iniciativas para relembrar à ONU que esta responsabilidade não está a ser assumida, nomeadamente em Darfur!

9 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Islão versus cristianismo


Oldie but goodie. Um momento hilariante no Daily Show em que Stephen Colbert e Steve Carell discutem o único, o verdadeiro Deus! Um clássico, recomendado pelo nosso leitor Luís Correia a quem agradeço, a não perder.

9 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Os extremos da homofobia cristã


Fred Phelps, o alucinado que dirige a Westboro Baptist Church, um devotado pregador do mui cristão ódio contra homossexuais, vocifera contra Jon Stewart e Stephen Colbert, pela sua actuação na cerimónia de atribuição dos Emmys – em que Jon Stewart ganhou o Emmy na categoria «Melhor Programa de Entretenimento, Música ou Comédia».

Segundo o virtuoso cristão, conhecido nos Estados Unidos por perturbar os funerais dos soldados mortos no Iraque, que ulula terem morrido por castigo de um Deus que odeia a homosexualidade a uma nação que a tolera, as estrelas do Comedy Central «parodiaram o facto de a América ter seguido Sodoma».

Um perfeito exemplo dos extremos de alienação, intolerância e ódio a que a crença num mito e nas suas «revelações» leva! Um excerto da diatribe pode ser encontrada nesta página do «Good as You», um site que representa «uma nova geração de activismo GLSBT», que pretende contribuir humoristicamente para o fim da discriminação e intolerância contra a homosexualidade. Espreitem igualmente esta página que transcreve mais delírios de Phelps, neste caso em que o desvairado cristão perora contra a Constituição dos Estados Unidos, um acordo com o Demo que Phelps considera só servir para papel higiénico, já que permite continuarem vivos os execrados homossexuais.

Para acompanhar devidamente o tema, é indispensável este «The Gospell Truth» a que cheguei via Falafel Sex.

8 de Setembro, 2006 Ricardo Alves

A Grécia apresenta (ligeiras) melhoras

A Grécia é, sem dúvida, o país da União Europeia onde existe menos liberdade religiosa. Só para nos situarmos: qualquer prática religiosa não ortodoxa está proibida fora da privacidade dos templos, incluindo portanto as procissões e o proselitismo. O que foi portanto permitido aos católicos em Lisboa, durante o «Congresso Internacional da Nova Evangelização», deve-se à tolerante jurisdição da laica República portuguesa. Na Grécia, com o seu regime de Igreja de Estado, seria ilegal.

No entanto, mesmo a Grécia pode progredir no sentido da tolerância e da laicidade. A prová-lo, está a recente notícia de que a Igreja Ortodoxa Grega permitiu a abertura de uma mesquita em Atenas (após anos de adiamentos e má vontade eclesiástica). As situações de Igreja de Estado têm destas perversidades: ser uma confissão religiosa a autorizar outra confissão religiosa a abrir um lugar de culto. Outra notícia recente que indica algum degelo do clericalismo grego é a circular governamental banindo as confissões feitas por padres nas escolas. A escola existe para instruir os alunos, não para realizar ritos religiosos (que podem perfeitamente ter lugar noutro âmbito). Até na Grécia se começa a compreender isto. Finalmente, uma notícia menos recente indica que a cremação se tornou legalmente possível, mas que, por lei, os cidadãos ortodoxos não poderão ser cremados. Por incrível que pareça, nesse país da União Europeia a Igreja tem tutela sobre os cadáveres, independentemente da família ou da vontade do falecido. E o Estado retém dados sobre a religião dos indivíduos.
8 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Talibans cristãos

Um pequeno vídeo educativo que mostra o registo fóssil de crânios de homínideos e não deixa dúvidas sobre a macro evolução humana, nomeadamente sobre o processo evolutivo da encefalização na árvore filogenética humana.

Algo que os cristãos querem a todo o custo esconder do público por negar «a base imutável de toda a antropologia cristã», que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus.

Esperemos que os cristãos quenianos não recorram às medidas drásticas dos seus análogos no Canadá, que recentemente destruiram os petróglifos da ilha de Qajartalik, candidata a património mundial da Unesco. Destruição que segue o padrão de ataques prévios perpretados contra património cultural único por membros de «um movimento muito forte» de cristãos fundamentalistas em Kangiqsujuaq e várias outras comunidades Inuit no norte do Quebeque, alvo de lavagens cerebrais massivas por fanáticos «missionários» cristãos.

Medidas drásticas que são propostas para os edíficos governamentais quenianos que supostamente ostentam profusos símbolos «demoníacos» e colocam o Quénia sob «a grande influência da adoração de Satanás» quando o país «precisa desesperadamente da graça abundante de Deus».

Assim, como forma de atrair a dita «graça» divina, são propostas desgraças culturais, como a demolição de parte de edíficios históricos como o Parlamento e o Supremo Tribunal, cheio de «satânicos» símbolos maçónicos como estrelas, rãs e tartarugas, sinais inequívocos do Demo. Símbolos satânicos, isto é, património cultural único, que «infestavam» igrejas evangélicas construídas por perversos arquitectos maçons já foram devidamente destruídos.

Esta sanha cristã em destruir património histórico considerado «anti-cristão» fez-me recordar a destruição das estátuas milenares de Buda em Bamiyan, no Afeganistão, pelos talibans…

Só nos resta esperar que a colecção de fósseis quenianos não seja atingida por esta mui cristã «purificação» histórica!

8 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Cristãos unidos contra o evolucionismo


Do Quénia chegam-nos mais notícias que indicam ser a ciência, em especial o evolucionismo, o pior obstáculo à «propagação» da fé cristã e como tal é o alvo em que assestam os ataques de todos os flavours do cristianismo. Desta vez as poderosas igrejas evangélicas do Quénia exigem ao Museu Nacional deste país, possuidor da mais completa colecção de fósseis que retratam inequívocamente a a evolução do homem, que este retire esta colecção da exibição ou pelo menos que a relegue para um local sem visibilidade.

O Museu Nacional do Quénia é o local onde podemos ver o Turkana Boy, descoberto em 1984 em Nariokotome perto do lago Turkana no Quénia, o exemplar mais completo e um dos mais antigos, cerca de 1.6 milhões de anos, do Homo erectus. Mas o Museu exibe igualmente fósseis de vários exemplares do Australopithecus anamensis, o primeiro hominídeo a exibir bipedalismo, com cerca de 4 milhões de anos. Isto é, o Museu Nacional do Quénia, um ponto de atracção turístico situado perto de Nairobi, exibe uma colecção que não deixa quaisquer dúvidas em quem a aprecie sobre a evolução do homem.

A comunidade cristã local, como seria de esperar, não suporta ver algo que contradiz as bases da sua mitologia e como pretende o bispo Bonifes Adoyo, que preside à comunidade «Cristo é a resposta», completamente em uníssono com o Vaticano, a exibição apresenta como um facto aquilo que na realidade é uma ateísta «teoria» – para todos os cristãos fundamentalistas sinónimo de palpite. Ou seja, os cristãos locais não querem que os visitantes do Museu confirmem com os próprios olhos a evolução do homem. Porque para os cristãos:

«A nossa doutrina é que nós não evoluímos dos macacos e preocupa-nos imenso que o Museu queira aumentar a proeminência de algo apresentado como um facto quando apenas é uma teoria».

Adoyo disse que todas as igrejas cristãs do país se unirão para forçar o Museu a esconder do público as evidências que comprovam a palermice da mitologia cristã quando este reabrir em Junho próximo depois de ano e meio de remodelações.

O bispo Adoyo distinguiu-se no passado pela sua campanha para mudar o motto nacional do Quénia, harambee, uma palavra que em Kisuaheli quer dizer algo como «a união faz à força», mas que Adoyo pretende ser extremamente ofensivo para os cristãos já que seria, supostamente, uma corruptela de uma invocação à deusa hindu Ambee !

(continua)
7 de Setembro, 2006 Carlos Esperança

O Deus dos cães

O Deus dos cães, se o há, apareceu num monte a um cão grande, a quem reservou para os da sua espécie as melhores áreas de caça e as árvores mais adequadas para alçarem a perna quando a necessidade de esvaziar a bexiga os apoquentasse.

Quis o Deus dos cães ensiná-los a ladrar e ladrou-lhes na sua infinita sabedoria como deviam comportar-se com os outros cães. «Todos os cães são irmãos» – disse-lhes o Sr. Deus dos Cães -, mas advertiu-os de que se submetessem à forma de ladrar que o único verdadeiro Deus dos Cães ensinara ao profeta de todos os cães.

Quis ainda o Todo Poderoso Deus dos cães ensinar-lhes a uivar quando o falso Deus do Vento zumbisse nos montes e árvores da floresta.

Sendo Deus pachola, nada proibiu em relação ao sexo mas, em verdade lhes disse, que os cães não deviam tocar em espinhas de peixe por fazerem mal ao pelo e pior à saúde.

Com o tempo passaram os cães a ladrar em vários tons e a uivar com energia desigual. Tanto bastou para que os cães se envolvessem em rixas que o cio acicata e, em vez de ladrarem, como o Deus dos Cães lhes ensinara, passaram a uivar à Lua e a morder-se uns aos outros.

Só não há canicídios em massa porque os cães preferem lamber as mãos do dono do que ajoelhar-se e submeter-se de forma permanente e definitiva a outros cães. Têm maior nobreza do que outras espécies, mais subservientes, que se subjugam a ambas as coisas.

E também não há cães bombistas e mártires suicidas porque são suficientemente finos para duvidarem das setenta cadelas virgens e das montanhas de suculentos ossos com que o misericordioso Deus dos cães os aguarda no canil eterno.