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1 de Fevereiro, 2007 Carlos Esperança

Bíblia para Crianças é um sucesso

A Bíblia para Crianças – Deus Fala aos Seus Filhos é uma recolha essencial dos Textos Bíblicos, realizada pela teóloga alemã Eleonore Beck, que recebeu em 2004 uma condecoração da Santa Sé por este trabalho.

O problema não é Deus falar aos seus filhos (que os não tem), é evangelizar os filhos dos outros. As crianças são susceptíveis e facilmente influenciáveis. Podem fanatizar-se e ser levadas a cometer crimes. Os mártires do Islão e os da Igreja católica são inocentes vítimas de algozes semelhantes.

Não consta que Deus tenha filhos. Não há certidão de casamento nem vizinhos que atestem uma união de facto. Só se conhecem padres que semeiam na inocência das crianças a erva daninha da fé e o delírio místico.

A Bíblia para crianças, sendo a recolha de textos bíblicos, não é leitura recomendável para adultos e, muito menos, para crianças. Serve para atormentar as noites infantis e povoá-las de terrores do Inferno e castigos divinos.

Deus é o único ser filho de pais comprovadamente incógnitos e a síntese do que de pior os homens foram capazes nos piores tempos da humanidade.

O sucesso da Bíblia para crianças é uma ameaça ao desenvolvimento são e equilibrado da infância. Aliás, a condecoração da Santa Sé, pelo trabalho, é motivo de desconfiança.
O proselitismo em crianças é uma degeneração da pedofilia. Não é violência sexual mas é violência ideológica, doutrinação e constrangimento social sobre crianças.

1 de Fevereiro, 2007 Ricardo Alves

Debate no Sábado, dia 3 de Fevereiro

Estarei presente no dia 3 de Fevereiro, às 16 horas, num debate sobre a despenalização da IVG, em representação do movimento «Eu Voto Sim!».

Local: Igreja do Nazareno, Avenida Óscar MonteiroTorres, 44-A/B (Lisboa, junto ao Campo Pequeno).

1 de Fevereiro, 2007 Palmira Silva

Os talibans do NÃO

Os Frente a Frente na TSF de hoje e ontem, entre Fernanda Câncio e Laurinda Alves e o cavaleiro da pérola redonda JC das Neves e Daniel Oliveira. Arrasadores!

Espero que finalmente alguns indecisos percebam o que está em causa neste referendo! A talibanização de Portugal. Uma regressão civilizacional para uma situação semelhante à do Chile, Malta, El Salvador ou Nicarágua. Basta ouvir o porta-voz dos pró-prisão para perceber que de facto se porventura o NÃO ganhar não se contentarão com tão pouco.

Uma amostra:

«Nós somos contra a lei de 84.»
«Uma mulher violada não deve ser obrigada a educar aquele filho. Mas matar aquela criança só porque a sua origem não é a desejada não é uma coisa aceitável. A adopção é a solução razoável.»
«Eu nunca ouvi ninguém dizer ‘nós somos a favor desta lei’»
«Esta atitude laxista relativamente ao aborto vai dar uma volta. Nós daqui a uns tempos vamos discutir de novo a lei de 84».

João César das Neves, mandatário do Movimento Diz que Não, TSF, 31 de Janeiro

1 de Fevereiro, 2007 Palmira Silva

Campanha Terrorista da Igreja Católica

«Mãe, como foste capaz de me matar?» e «Como consentiste que me cortassem aos bocados, me atirassem para um balde? (…) Por acaso pensavas comprar uma máquina de lavar ou um aspirador, com os gastos que talvez eu te iria causar?», são algumas das frases que se podem ler neste texto intitulado «Carta à minha Mãe».

Questionado pelo PortugalDiário, o responsável pelo colégio Aquário, o padre Manuel Vieira do Centro Paroquial Nossa Senhora da Anunciada, afirmou que «as circulares chegaram até à paróquia» e foram «distribuídas pelos colégios e pelas crianças». Para o padre Vieira, não há dúvidas que «a obrigação da Igreja é informar» e é esse o único intuito dos folhetos, garante.

Todos os detalhes da história tenebrosa dos folhetos distribuídos a crianças em infantários a cargo da Igreja Católica em Setúbal no Portugal Diário!

31 de Janeiro, 2007 ricardo s carvalho

Sobre a Irracionalidade do "Não" e a sua Desconstrução (1/5)

Tendo vindo a seguir o debate nacional que antecede o referendo do próximo dia 11 de Fevereiro, reparei num ponto curioso que me parece ainda não ter sido abordado em toda a sua extensão. O ponto é o seguinte: os movimentos do “Sim”, no seu apelo ao voto, têm oferecido uma série de argumentos racionais, mas têm também apresentado um ou outro argumento de base mais irracional (por exemplo, um argumento que não acho que ajude muito à discussão é a mediática frase do “Na minha barriga mando eu”). Por outro lado, e no que diz respeito à argumentação produzida pelos movimentos do “Não”, ainda não consegui encontrar um único—deixem-me sublinhar, um único—argumento racional para votar “Não”. Pelo contrário, observo que praticamente todos os argumentos que o “Não” é capaz de produzir se resumem a 3 categorias:

(a) Argumentos que são pura e simplesmente falsos (seja por serem mal interpretados, ou seja por usarem factos científicos errados nalgum ponto do suposto raciocínio), e logo não podem ter qualquer base racional;

(b) Argumentos que, sendo baseados em dados correctos, após uma análise racional acabam por se revelar como argumentos para na realidade votar “Sim”, e logo não servem de suporte ao “Não”;

(c) Argumentos de índole religiosa que, pela sua própria natureza, não são argumentos de carácter racional mas antes de raíz dogmática, e que, de qualquer maneira, não podem nunca servir como base para legislação num estado laico.

Parece-me, a mim, que esta situação &eacute, no mínimo, preocupante. Vejamos, eu gostaria sinceramente de encontrar um argumento racional que fosse em favor do “Não”. É aqui importante sublinhar a palavra racional: naturalmente que, sobre as opções de voto escolhidas sem critérios de racionalidade não quero (nem me compete) me pronunciar. Claro que, caso esse argumento racional pelo “Não” existisse, não penso que mudaria a minha opinião relativa à urgência do voto “Sim” no próximo dia 11—imagino que, pesado em relação aos argumentos racionais para votar “Sim”, não tivesse força suficiente para mudar a balança. No entanto, a existência desse hipotético argumento teria um outro mérito: mostrar que de facto existe nível científico, sério e racional no debate que se desenrola. Pois se isso não é verdade, então é mais do que a despenalização da IVG até às 10 semanas que estará em jogo no dia 11. É a própria natureza racional da nossa sociedade que vai estar a ser referendada. E isso, como disse em cima, &eacute, no mínimo, preocupante.

Antes de discutir alguns dos argumentos do “Sim”, deixem-me explicar concretamente a irracionalidade do “Não”, desconstruindo os argumentos-tipo que tanto temos ouvido ultimamente. Naturalmente que, nesse percurso, encontraremos argumentos da classe (b) indicada em cima, que serão já argumentos para votar “Sim”. Fica o desafio de, desconstruídos os argumentos-tipo do “Não” nas próximas linhas, possa ainda surgir algum novo que seja o tão desejado argumento racional para o “Não”. Acho que esse hipotético argumento poderia ajudar muito a nivelar o debate. Em qualquer dos casos, penso que é muito importante reflectir serenamente sobre a discussão que se segue por forma a se poder votar de forma puramente racional no próximo dia 11—o que seria, também, uma conquista para todos.

[continua]

31 de Janeiro, 2007 Palmira Silva

Campanha terrorista

Este folheto vergonhoso foi distribuído num infantário, repito num infantário, em Setúbal. A ignomínia do NÃO deixa-me sem palavras. Imagens roubadas ao Sim no Referendo.

Vergonhoso

:: Folheto 1 :: Clique para aumentar ::

Vergonhoso

:: Folheto 2 – Frente :: Clique para aumentar ::

Vergonhoso

:: Folheto 2 – Verso :: Clique para aumentar ::

30 de Janeiro, 2007 jvasco

A Igreja e a promoção da castidade

D. José Policarpo considera que a castidade surge como uma «vivência generosa e responsável da própria sexualidade».
Tudo bem, é a opinião dele. Eu tendo a não julgar a vida sexual alheia, desde que consentida entre os maiores envolvidos, e percebo perfeitamente que alguém teça estas considerações a respeito de qualquer forma de viver a sexualidade, desde as mais comuns na nossa sociedade, às menos comuns. Heterossexualidade, homossexualidade, sado-masoquismo, castidade, enfim… não me parece que se possa dizer que uma destas formas de viver a sexualidade é superior às outras, e que qualquer uma delas mereça algum desrespeito.

É por isso que gosto de viver numa sociedade que é extremamente tolerante para com a castidade, mesmo por opção do próprio. Não existem muitos casos de pessoas discriminadas, ou no acesso ao emprego, ou de qualquer outra forma tão injusta e flagrante, por decidirem optar pela castidade. É certo que é anti-natural, mas nunca dei qualquer espécie de valor a esse critério.

O que é certo é que todos os que optam pela castidade devem ser respeitados pela sua opção, e nós devemos entender que é uma opção que só a eles diz respeito. Nem condescendência, nem paternalismos, nem esforços para os fazer «mudar»! A castidade é uma opção tão legítima quanto qualquer outra.

No entanto, sou um pouco contra que se tente orientar o sistema educativo para promover esta opção em particular: «educação sexual é necessária mas deve apontar para a castidade»?? Não deve apontar para nada!

Não deve apontar para a homossexualidade, não deve apontar para o sado-masoquismo, não deve apontar para a castidade, não deve apontar para a heterossexualidade, não deve apontar para nada a não ser para uma escolha livre. A não ser para conhecer os riscos e a forma de se proteger deles. A não ser para conhecer o mundo que nos rodeia, e para ser responsável na opção que tiver sido tomada livremente.

30 de Janeiro, 2007 Ricardo Alves

Não há catolicismo progressista

Não há catolicismo progressista. Nunca houve. O que existe são católicos que tentam conciliar a sua pertença a uma organização autoritária e totalitária com o seu apreço pela democracia e pela tolerância. Mas a ICAR não é uma democracia, o catolicismo não é uma doutrina de tolerância, e a laicidade não é cristã.