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28 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Religião dos Duendes e Fadas de Saturno


Eu acredito veementemente que existem duendes e fadas a fazerem orgias em Saturno e nas suas Luas.
A minha fé diz-me isso, e para mim é importante saber que isso existe para fazer de mim uma pessoa melhor e mais Humana.
Claro que já pedi aos melhores cientistas mundiais para me provarem o contrário mas não conseguiram, logo continuarei a acreditar nisso e a fazer com que mais gente acredite naquilo que eu acredito.
Pois as Fadas e os Duendes são seres omnipresentes, omnipotentes e omniscientes, embora sejam invisiveis, incorpóreos, atérmicos, inodoros e insonoros.

Também publicado em Ateismos.net

28 de Abril, 2007 Helder Sanches

O Meu Amigo Victor (ou como evitar Testemunhas de Jeová)

O Victor era um amigo meu, mais velho que eu nove ou dez anos, com o qual partilhei algumas noitadas e outras loucuras. Possuidor de uma cultura geral invulgar, era um excelente protótipo daquela geração que estava a chegar ao final da adolescência quando aconteceu o 25 de Abril de 1974; culto, de esquerda, rebelde e assumia publicamente que detestava trabalhar! Foi ele que me ensinou os primeiros acordes dissonantes e a importância de os conhecer e dominar. Com ele aprendi a gostar de jazz e bossa nova.

O Victor, ateu convicto que não suportava beatices, tinha o hábito de dormir sempre nu. Um certo domingo, depois de uma noitada até perto das seis da manhã, o Victor foi acordado às 8.30 pelo continuo tocar da campainha de sua casa. Contrariado, levantou-se e, sem vestir qualquer roupa, dirigiu-se à porta e espreitou para ver quem seria que tocava tão insistentemente. Viu duas senhoras, ambas dos seus 50 anos, vestidas com roupas de domingo e com umas revistas apoiadas nos braços cruzados. Abriu a porta, escancarando-a, e ficou, todo nu, em frente às beatas senhoras. Na sua voz rouca de ressaca disse: “Ora, muito bom dia! Faz favor?”!

As senhoras desceram as escadas a correr, sem olhar para trás. O Victor nunca mais foi incomodado durante as manhãs de ressaca!

28 de Abril, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Humanidade, Paraísos e Infernos

A Humanidade torna-se cada vez mais uma miragem utópica, enublada pelos fumos espessos de explosões e inaudível pelos sons de tiros. Humilhada pelos choques de titãs. Hierarquizações implacáveis e nefastas de deuses e políticos divinizados pelos subservientes, unem-se em simbioses escabrosas para espalhar o Inferno pelos inocentes que apenas desejam a Vida. Essas hierarquias dilatadas ao máximo denotam toda uma artificialidade extrema, engendradas por mentes cruéis ou tão simplesmente debilitadas da sua posição de Ser Humano pelas sedes de alucinações de massas, que colocam seres sobrenaturais e imaginários em quaisquer mentes.

A Humanidade não é mais que um conceito longínquo no espaço-tempo, uma visão de homogeneidade de direitos, dignidade e paz na heterogeneidade de pensamentos e criatividades. O que temos é um Mundo composto de retalhos imiscíveis e mutuamente exclusivos, que exponenciam a cada momento a arte macabra de induzir e de usufruir dos poderes divinos do controlo das massas desinformadas e sedentas de Vida para levar a vontade de seres imaginários e sobrenaturalmente monstruosos de sexismo, homofobia, genocídio, infanticídio, intolerância, discriminação, exploração sexual, pestilência de horrores e todos os significados que uma qualquer metáfora cruel de Inferno nos pode aludir.

Alucinações mutuamente exclusivas tendem a superar tudo e todos e a colocarem-se acima dos Homens, daqueles que merecem essa designação. Existe uma necessidade urgente de retirar a hierarquia religiosa e politica das mentes colectivas, remetendo ao Homem aquilo que lhe pertence por direito natural. Seres sobrenaturais e imaginários servem como desculpa ou como mera alucinação de consequências nefastas para pilhar ao Homem a sua dignidade e igualdade, a sua Vida de livre pensamento e criatividade emancipada, a sua fraternidade e amor a si próprio e aos que o rodeiam. Todos esses roubos foram reunidos e catalogados de Paraíso, remetendo o Homem ao Inferno. É imperioso pilhar o Paraíso e deliciarmo-nos com aquilo que nos pertence por direito natural.

Também publicado em Ateismos.net e LiVerdades

27 de Abril, 2007 Carlos Esperança

Missa em latim

Qualquer pessoa sabe que Deus adora missas e carece delas para a estabilidade psíquica e facilidade das digestões.

Os crentes de várias religiões servem-lhe orações, ervas aromáticas, água turva benzida e velas acesas. O clero executa a liturgia e exulta com crentes ajoelhados ou de rastos. E Deus fica muito contente com a subserviência da clientela.

Uma das multinacionais da fé – a ICAR – já teve crentes mais convictos, frequentadores dos sacramentos e entusiastas das distracções místicas. O Papa esforça-se por chamar os devotos ao redil mas eles preferem os divertimentos mundanos à missa e à homilia.

B16 duvida da capacidade de Deus para compreender as línguas autóctones em que a missa passou a celebrar-se depois do concílio Vaticano II. Para tentar o diálogo com o patrão regressa ao latim e ao Concílio de Trento.

Deus desapareceu há muito, mas o negócio precisa de mudanças para prosperar. Com este Papa as mudanças serão sempre em marcha-atrás. É por isso que volta a missa em latim. Pode ofender judeus – advertem especialistas -, mas que mal tem para quem já queimou tantos e confia no Novo Testamento um execrável manual de anti-semitismo?

27 de Abril, 2007 Carlos Esperança

B16 e o Limbo

O Limbo era um lugar onde as diversões eram vedadas e a alegria estava proscrita. Sítio intermédio entre o Céu e o Inferno, o Limbo era o argumento para baptizar as crianças precocemente quando a mortalidade infantil enchia o Céu de anjinhos que as febres e as diarreias estivais enviavam.

A ICAR nunca lhe atribuiu a felicidade colorida do Céu nem as penas sofridas do Inferno. Era uma espécie de bairro abandonado para as almas não matriculadas, o espaço neutro para os não baptizados, sítio que não rendia lucros à ICAR.

Pelos vistos, ao mínimo descuido dos pais, lá viajavam as almas infantis para o eterno abandono do Limbo. Era uma injustiça que os teólogos da ICAR agora se preparam para reparar.
De futuro as crianças que morrerem sem baptismo já vão para o Céu. É preciso que o documento papal esclareça algumas dúvidas:

1 – Quando passam a vigorar as novas normas;

2 – Como se faz a mudança para o Paraíso das almas residentes no Limbo, caso tenha efeitos retroactivos a decisão papal;

3 – A que idade é que a ausência do baptismo deixa de conferir bilhete para o Céu.

O Vaticano é um poço de surpresas e uma central de fértil imaginação.

26 de Abril, 2007 Helder Sanches

Sobre a Moral

Um dos argumentos mais utilizados pelos crentes na defesa da utilidade religiosa é o argumento da necessidade do moralismo religioso como sustento de uma sociedade moral. Segundo este princípio, o moralismo religioso é indispensável ao funcionamento da sociedade, através da divulgação de valores de justiça e de regras de boa conduta.

Contudo, este princípio não tem qualquer fundamento. Os sistemas religiosos são sistemas fechados, relutantes à influência externa e só assimilam novos valores exteriores quando lhes é conveniente, através de um simples processo de sobrevivência ou, como quase sempre acontece, tardiamente, quando já toda a sociedade assimilou as alterações em causa.
Por serem sistemas fechados e, consequentemente, as normas morais demorarem muito tempo a sofrerem adaptações, as religiões permanecem praticamente imutáveis aos olhos de qualquer geração e as alterações só se conseguem vislumbrar, muitas vezes, numa perspectiva histórica.

Assim, como se explicaria, baseando-nos no princípio exposto no primeiro parágrafo, que os valores morais de uma religião sofram dessa imutabilidade enquanto as sociedades, com o seu dinamismo independente da religião, alterem consideravelmente os seus valores em processos que muitas vezes duram escassos anos?

Se o princípio da moral religiosa fosse válido viveríamos ainda sob a moralidade medieval, uma vez que os princípios morais religiosos dessa era ainda vigoram na sua maior parte; nos casos em que isso não acontece, a religião foi sempre a reboque das alterações impostas pela dinâmica da sociedade.

Não existem razões de facto para sustentar a superioridade de qualquer moral religiosa. A moral é fruto desse enorme empreendimento que é – e continuará a ser – a adaptação do ser humano ao mundo que o rodeia, procurando equilíbrios de justiça na busca da felicidade individual e colectiva.

(Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)

25 de Abril, 2007 jvasco

Miscelânea de notícias (25/4/2007)

  1. O Exército norte-americano anunciou esta quarta-feira ter morto um importante chefe do grupo terrorista Al-Qaeda no Iraque, suspeito de ter treinado jovens de 12 anos para perpetrarem ataques suicidas com carros-bomba.
    A invasão do Iraque foi um erro que em muito favoreceu a Al-Qaeda, tal como muitos previram, mas cada vitória contra esta pérfida organização deve ser celebrada. Mais uma vitória contra o fundamentalismo islâmico!
  2. Cidade do México aprova a descriminalização do aborto. Na capital do segundo país do mundo com mais católicos, a Igreja foi derrotada.
  3. Ayann Hirsi Ali participou numa conferência na Pensilvânia, numa universidade na cidade de Johnstown, sob o tema da liberdade religiosa. Um imã chamado Fouad El Bayly ameaçou-a de morte, mas, 4 dias depois da ameaça, continua impune.
  4. Em Aveiro, o antigo estúdio de cinema 2002 foi comprado pela Igreja Universal do Reino de Deus, que ali instalou desde ontem um «centro de ajuda espiritual.
    A IURD vai consolidando o seu «rebanho».
25 de Abril, 2007 Ricardo Alves

O antes e o depois

Constituição de 1933 (revista pela última vez em 1971)
  • «O ensino ministrado pelo Estado visa, além do revigoramento físico e do aperfeiçoamento das faculdades intelectuais, à formação do carácter, do valor profissional e de todas as virtudes morais e cívicas, orientadas aquelas pelos princípios da doutrina e moral cristãs, tradicionais do País.» (Artigo 43º, §3)
  • «O Estado, consciente das suas responsabilidades perante Deus e os homens, assegura a liberdade de culto e de organização das confissões religiosas cujas doutrinas não contrariem os princípios fundamentais da ordem constitucional nem atentem contra a ordem social e os bons costumes, e desde que os cultos praticados respeitem a vida, a integridade física e a dignidade das pessoas». (Artigo 45º)
  • «A religião católica apostólica romana é considerada como religião tradicional da Nação Portuguesa. A Igreja Católica goza de personalidade jurídica. O regime das relações do Estado com as confissões religiosas é o da separação sem prejuízo da existência de concordatas ou acordos com a Santa Sé.» (Artigo 46º)
Constituição de 1976

  • «1. A liberdade de consciência, religião e culto é inviolável. 2. Ninguém pode ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa. 3. As igrejas e comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto. 4. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião praticado no âmbito da respectiva confissão, bem como a utilização de meios de comunicação social próprios para o prosseguimento das suas actividades. 5. É reconhecido o direito à objecção de consciência, ficando os objectores obrigados à prestação de serviço não armado com duração idêntica à do serviço militar obrigatório.» (Artigo 41º)

  • «O ensino público não será confessional.» (Artigo 43º, §3)