18 de Setembro, 2007 Carlos Esperança
A ICAR e as ditaduras
Comentário: Muitos dos pios leitores do DA têm negado esta evidência.
Comentário: Muitos dos pios leitores do DA têm negado esta evidência.
Nos EUA, a transmissão televisiva da cerimónia dos «Emmy awards» foi censurada de forma a suprimir as palavras «religiosamente incorrectas» pronunciadas pela vencedora de um dos prémios. Efectivamente, a comediante Kathy Griffin, irritada com as estrelas que agradecem os prémios que recebem a «Jesus» ou ao «Buda», e que muitas vezes aproveitam a ocasião para falar das suas crenças cristãs ou cientologistas, terá dito:
A censura das palavras «Suck it, jesus» foi promovida por grupos cristãos fundamentalistas como a Roman Catholic League. Não posso deixar de concordar com o comunicado da American Atheists:
É possível assinar uma petição em defesa da liberdade de expressão no endereço SuckItJesus.com.
[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]
Dados publicados em 2005 no Journal of Religion and Society demonstraram uma correlação inversa entre religiosidade (medida por crença em Deus, literacia bíblica, frequência de oração e tempo passado na Igreja) e saúde pública (avaliado por taxa de homicídios, suicídios, esperança média de vida, doenças sexualmente transmissíveis, abortos e gravidez adolescente). Estes dados foram recolhidos em 18 países «desenvolvidos e com regimes democráticos».
(obrigado a Michael Shermer na Skeptic Magazine)
De reparar, que na Europa, alguns dos países mais seculares (Holanda, Suécia, Dinamarca, Finlândia) são dos países com melhor qualidade de vida na Europa.
O Renascimento e a Revolução Cientifica foram dois progressos civilizacionais que ajudam no presente a uma atitude educativa sobre os malefícios da fé dogmática. É mais fácil neste momento defender o óbvio: que a razão e a ciência podem, e devem, ser utilizadas para ajudar as nossas emoções, a nossa moralidade, o nosso entendimento. Esse deve ser o futuro da Humanidade.
E por favor, parem aqueles que tentam associar os Estados totalitários de Stalin ou Mao ou Pol Pot com os «males do ateísmo». Esses Estados eram tudo menos racionais. Eram dogmáticos dentro deles mesmos. Quase como se fossem religiões. Sem espaço para questionamento, para a critica, para o debate, convencidos das suas infalibilidades, e com o «querido líder» como entidade máxima e indiscutível do sistema de crenças.
Para saber mais visite o NOVA
Em resposta aos continuados apelos que é possível conciliar a religião e a ciência…
Não. Não é possível!
A seguir apresento algumas razões porquê:
Quando uma pessoa doente recupera de uma enfermidade, nunca se dá valor aos médicos, ou aos instrumentos, ou ao conhecimento: foi porque deus assim o quis.
Acreditar sem provas, é tudo o que as pessoas religiosas precisam. Curiosidade, interrogação, estudo, pensamento, atitude crítica é algo que é desaconselhado (se não mesmo proibido) na doutrina da fé.
Uma visão do Homem como o centro do universo e da criação, enfraquece e distorce a complexidade e beleza do mundo natural que o rodeia.
Religião é a forma mais preguiçosa de sair de qualquer problema lógico. Não é preciso qualquer evidência. «Foi um milagre». É uma desculpa barata para não se ter de procurar qual a razão que explique o fenómeno.
Acreditar que somos parte de um plano divino e que existe um deus que regula e comanda a existência causa uma desresponsabilização do indivíduo. A racionalidade, a causalidade e a inteligência tomam segundo lugar perante tal justificação simplista.
A ideia que certos pensamentos não devem ser expressos, ou certas ideias não devem ser exploradas ou que dogma não deve ser questionado, é só por si mesmo perigoso, mas principalmente ignóbil. Esta ideia é anti científica, uma vez esta última é construída com a fundação da contínua interrogação, de desafiar o conhecimento já existente.
E finalmente, fé é o oposto de ciência. No entanto, é a «virtude» mais valorizada em religião, porque serve para manter crenças supersticiosas apesar de existir evidência contra as mesmas.
(Artigo inspirado num texto do Scienceblogs.com)
A salvação não tem preço mas a IURD está levando caro!!!!
Nota: post alterado.
Só quem nunca leu a Bíblia ignora o carácter racista, xenófobo e violento do tão pouco edificante livro cuja leitura se recomenda para compreender os actos mais violentos dos cristãos, através dos séculos.
Os quatro Evangelhos (Marcos, Lucas, Mateus e João) e os Actos dos Apóstolos têm, na contabilidade de Daniel Jonah Goldhagen (in A Igreja católica e o Holocausto) cerca de 450 versículos explicitamente anti-semitas, uma média de «mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».
Não admira, pois, que, na febre demente de fazer santos, a ICAR prefira implicar Pio XII numa conspiração para matar Hitler do que suportar a sua cumplicidade histórica. (V/imagem jpg). Para fazerem santo o Papa de Hitler não hesitam em atribuir-lhe uma conspiração. É um crime bem menor do que o incitamento de Pio XII às autoridades italianas, em Agosto de 1943, para que mantivesse as leis raciais
Os maiores aliados do sionismo são cristãos fundamentalistas, mas por acreditarem que só o domínio final dos judeus sobre a Terra Santa levará à reconstrução do Templo de Salomão, condição sine qua non do Segundo Advento de Cristo e da destruição final dos judeus -, uma magnífica manifestação de cinismo, estupidez e anti-semitismo.
A teologia cristã é a mãe do Holocausto. Conscientes ou não, os nazis foram os agentes da religião que, com o seu anti-semitismo, construíram pedra a pedra os crematórios que devoraram milhões de pérfidos judeus, adjectivo que ficou nas orações dos católicos até ao concílio Vaticano II.
Cairo (EP/AP) – O líder da al-Qaeda no Iraque, Abu Omar al Bagdadi, ofereceu hoje dinheiro em troca do assassinato do artista sueco Lars Vilks, autor de uma série de caricaturas do profeta Maomé, publicadas num diário sueco no passado mês de Agosto.
No Jornal de Notícias de 15/09/2007 é publicado um artigo de insulto vácuo a todos os ateus e agnósticos, são uns desgraçados, algo incrível para um dos muitos jornais onde palavras como Ateísmo parecem não pertencer ao dicionário, aparece finalmente juntamente com o insulto a qualquer pessoa que se identifique com o termo.
O texto é escrito por um tal de Joaquim Vasconcelos do Porto, que se esqueceu de referir o endereço de correio electrónico para o caso de necessidade de esclarecimentos em algumas pontas soltas. Enviarei brevemente uma carta ao Jornal de Notícias sobre a minha desgraça (ser ateu) e convidaria todos os que lerem este artigo e a respectiva notícia a enviarem artigos de opinião sobre a temática inerente à notícia, a desgraça de ser ateu ou agnóstico.
Também seria interessante o Jornal de Notícias corrigir os artigos que por lá são publicados, visto estranhamente publicarem textos de pessoas que mal sabem escrever, tal como pode ser constatado na expressão “(…)tratando desrespeitosamente os dogmas que lhas(?) são mais queridos.”.
Também publicado em LiVerdades
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.