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4 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Bispos portugueses vão a Roma

Enquanto o Papa B16 reza pelos pontífices mortos, certamente necessitados da remição dos pecados, e denuncia as «ameaças» que atacam a instituição da família, um assunto em que o celibatário se julga especialista, os bispos portugueses vão em peregrinação a Roma, ao beija-mão do ditador vitalício e de visita à Cúria Romana.

Portugal tem 49 bispos: 21 titulares de diocese, 8 ajudantes e 20 eméritos, estes com o prazo de validade caducada. Mas, dos quase dois quarteirões de bispos, só 35 vão ao Vaticano. Não sei se os outros ficam de piquete para a confirmação que algum devoto solicite ou para o funeral de um defunto importante que se esqueça de respirar.

Bispos não faltam, apesar de não se reproduzirem, devido à idade e ao medo. De padres é que a reserva vai minguando e já começam a chegar a recibo verde alguns exemplares polacos, brasileiros e dos PALOPs.

Neste momento, por motivos diferentes, tal como sucede com os funcionários públicos, por cada dois que morrem só entra um padre. Falta de vocações, quebra nos baptismos, menos casamentos religiosos, fuga de alguns padres na flor da idade e do cio, são os dados catastróficos com que os bispos portugueses vão prestar contas ao Papa.

Os ventos não vão de feição para a ICAR. É altura de arranjarem um Deus mais humano e menos troglodita.

3 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

As religiões e a paz

A alegada promoção da paz pelas religiões é dos mais torpes boatos que os panegiristas de diversas crenças propalam para esconder o passado sangrento que esteve na origem da sua seita, na divulgação dos seus mandamentos e na disputa das almas.

Poder-se-ia dizer que foi uma tara da infância mística se novas guerras das religiões não viessem perturbar a paz e lançar a humanidade em outras e cada vez mais assustadoras discórdias, numa febre de proselitismo.

Se o Deus dos protestantes evangélicos não tivesse mandado invadir o Iraque a Bush, segundo confessou este (tão digno de crédito como a Irmã Lúcia), e lhe tivesse dito que Saddam não tinha armas de destruição maciça, evitaria a mentira, o crime e a tragédia de um país devastado.

Se Jeová não fosse um déspota cruel, ansioso por conquistas, não existiria o sionismo. E os cristãos fundamentalistas, que aguardam que os judeus conquistem a «Terra Santa» para erguerem o Templo de Salomão, não os apoiariam agora para depois os destruírem, quando o Messias regressar de novo à Terra, sabe-se lá donde.

Se um erro de tradução não tivesse mudado «uvas brancas e cristalinas» para «virgens», os mártires islamitas que julgam ter 72 virgens à espera no Paraíso, meditariam antes de se imolarem por um enorme tabuleiro de fruta.

A maldade não está nos crentes. A desumanidade está na doutrina que os intoxica, nos clérigos que vivem da pregação do ódio e, sobretudo, nos livros atribuídos a Deus – o maior embuste e o pretexto mais demente que os homens criaram para se matarem.

2 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Em busca perpétua do fascismo católico romano


A Laicidade e consequente Democracia portuguesa enfrentam um grave e perigoso inimigo, o fascismo católico romano, após ajoelhamentos consecutivos do Estado português às birras e imposições clericais, os bandos de bispos assumem os poderes que não lhes foram conferidos pela sociedade portuguesa e procuram as linhas de conduta para a colónia vaticanista portuguesa nas palavras do maior déspota residente no continente Europeu. O ajoelhamento do Estado português perante as vontades católicas romanas é mais facilmente perceptível depois do tratamento a Dalai Lama, as infâmias proferidas pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de não recepção do líder do Budismo Tibetano por “motivos óbvios” e por “razões que são conhecidas”, por motivos óbvios serão os ajoelhamentos perante o catolicismo romano despótico como é óbvio pela obviedade das coisas.

O fascismo é notório em alusões como: “A Igreja em Portugal terá que olhar, com serenidade e calma, para determinadas zonas e aspectos da vida portuguesa que estão a afastar-se de modo claro da mensagem cristã.”, e o perigo é facilmente discernível em frases como: “Neste preciso momento, a Igreja terá que apresentar a sua verdadeira identidade.”, ou “Esperamos, ansiosamente, que a Concordata seja regulamentada em alguns pontos para evitar tantas coisas que estão a surgir.”.

Os bispos portugueses irão encontrar-se com o fascista Ratzinger durante este mês, onde serão debatidas as melhores formas de vergar a Democracia portuguesa aos despotismos vaticanistas, “A Igreja em Portugal terá que apostar num modo mais convincente na evangelização.”.

Palavras enviesadas e totalitárias do fiel déspota católico romano Jorge Ortiga advertem a Democracia portuguesa para o fascismo vaticanista, “Isto não pode ser destruído por meia dúzia de pessoas.”, e que “Se alguns não acreditam na dimensão transcendental do homem não a podem negar nem obstruir.”, pois “Cristo é o fermento para uma sociedade mais fraterna e evangélica.”. A mentira, a hipocrisia e obscurantismo católico romano atingem cumes de demência excessivamente perigosos.

Mas afinal Portugal é um país independente ou uma colónia vaticanista?

Links úteis:
Agência Ecclesia: Portugal menos cristão
Agência Ecclesia: Transmissão da fé preocupa Bispo de Santarém
Agência Ecclesia: D. Manuel Quintas e D. Manuel Madureira Dias representam Igreja algarvia na visita Ad limina
Agência Ecclesia: Bispo de Setúbal leva Diocese ao Papa
Agência Ecclesia: Igreja de Beja apresentada a Bento XVI

Também publicado em LiVerdades

2 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

É mais fácil divulgar a razão

A Igreja de Santarém tem «dificuldade na transmissão da fé», confessou à Agência ECCLESIA D. Manuel Pelino, Bispo da diocese scalabitana.

Comentário: É mais fácil acreditar no Teorema de Pitágoras do que na santidade dos 498 mártires espanhóis.

2 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

Opinião desde «down under»

Este artigo chega-nos da Austrália, escrito por Barry Williams. Foi publicado no Australian News na secção Higher Eduction

“Mitos são valiosos para nos lembrar como gostaríamos de nos ver a nós próprios. No entanto, não devem ser confundidos com factos históricos verificáveis. Por exemplo, é muito improvável que alguém acredite que Zeus, numa orgia reprodutiva, tenha engravidado mulheres mortais, seduzindo-as como um touro, como um cisne, ou como uma chuva dourada. Igualmente, não deve haver ninguém que atribua o som de uma trovão numa tempestade ao acto de Thor estar a bater com o seu martelo numa bigorna.

Historicamente não é incomum para mitos culturais se transformarem em religiões. E existe evidência nas crenças religiosas contemporâneas que assim foi. Por exemplo, no Antigo Testamento (como é referido para os Cristãos) ou Tanakh (no caso dos Judeus) o livro do Génesis é claramente um reflexo de mitos culturais de tribos, à medida que tentavam estabelecer princípios de cosmologia e teologia para um melhor relacionamento com as suas divindades.

Outro exemplo, o Arcebispo Ussher tentou encontrar qual a idade do planeta no Sec 17, e chegou a uma previsão que a Terra era 6.000 anos velha. No entanto essa ideia não sobreviveu aos factos científicos posteriores que mostram que a idade da Terra é de 4.5 biliões de anos.

Os «criacionistas» ou «literalistas bíblicos» [ou os teoricistas do desenho inteligente acrescento eu] podem acreditar no que quiserem, mas começam a esgotar a nossa paciência quando insistem que as suas ideias devem ser tratadas com um privilégio especial. Estes grupos fazem um erro primário: eles partiram da conclusão que deus existe e criou, e tentam desesperadamente encontrar fragmentos de informação que possam ser postos juntos para suportar essa conclusão. Para além disso, sentem-se ameaçados, porque acham que compreender o mundo natural através da ciênca é um «sistema de crença» concorrente ao do deles.

No entanto, «ciência» religiosa é sistematicamente demonstrada como sendo uma crença religiosa e não uma ciência, e como tal não é passível de sequer ser ensinada em escolas estatais. Na Austrália os creacionistas continuam a tentar perpetuar os seus mitos como explicações cientificas, e como tal tem de se manter o combate contra esta iniciativa.»

Para saber mais sobre Novo Ateísmo visite o NOVA

2 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Ódio pio

Ninguém é melhor ou mais inteligente por ser ateu mas, seguramente, as religiões fazem as pessoas um pouco piores e parecerem mais estúpidas.

Alguns jagunços de Deus que escrevem nas caixas dos comentários do Diário Ateísta não se limitam a debitar as patranhas da fé, insultam os que não querem converter-se, desolados pela falta de fogueiras e pela impossibilidade de nos condenarem às galés.

Podiam, ao menos, limitar-se a dizer que Deus existe com a mesma convicção com que as crianças acreditam em fadas e duendes, afirmar que Jesus andou sobre as águas e que ressuscitou mortos o que, sendo mentira, não é ofensa. É uma forma de fingir de asno na convicção de que isso dá direito a um bilhete para o Paraíso.

Acontece que os crentes, não tendo ideias, têm ódios, não pensando exibem convicções. Uns, sem nunca terem lido Saramago, atacam o brilhante escritor por mero preconceito político. Outros mostram como são anti-semitas. E quase todos acusam toda a gente porque o seu Deus foi espetado num sinal mais, como se nós tivéssemos algo a ver com isso.

O ódio vesgo vem-lhes daquele livro repugnante – Velho Testamento -, onde um crápula que faz de Deus prega o ódio, a vingança e o apocalipse. Depois leram superficialmente os quatro evangelhos que Constantino escolheu e numerosas alterações adulteraram. É daí que lhes vem aquele asco anti-semita que levou os cristãos a apoiarem a Hitler.

Enfim, por cada crente culto que visita o DA, temos de aturar a fauna que chafurda nas sacristias onde germina o vício e se cultiva o ódio. Nem sequer respeitam o teor dos posts, debitam sempre as mesmas alarvidades sem lerem o que se escreve.

1 de Novembro, 2007 dsottomaior

Ateísmo em Piracicaba

Piracicaba é uma pacata cidade do interior do estado de São Paulo. Ela certamente tem sua fração de ateus como no resto do país, mas sabemos agora que um deles está disposto a dar voz e movimento ao seu ateísmo. Dias atrás, o estudante Daniel A. B. Modolo escreveu a excelente Apologia ao Ateísmo, que merece não apenas ser lida mas também comentada.

O jornal certamente recebeu comentários fortes dos religiosos, o que pode estigmatizar ainda mais a posição dos descrentes. Por isso é da maior importância contrabalançar esses comentários e deixar saber à sociedade Piracicabana quantas pessoas existem, aqui e alhures, que concordam com aquele texto. Envie sua mensagem por aqui.

31 de Outubro, 2007 Carlos Esperança

Espanha – Julgamento de um crime de Maomé

A sentença judicial, hoje conhecida, sobre os atentados de 11 de Março, em Madrid, põe fim à teoria da conspiração que Aznar elaborou como bom mitómano e excelente farsante. Rajoy, fiel ao seu antecessor, não se demarcou a tempo da encenação grotesca com que o PP quis caucionar o crime da invasão do Iraque.

O PP conseguiu fazer o pleno do apoio do episcopado espanhol à sua política e até às manifestações públicas onde não faltaram o garrido das mitras e o brilho dos báculos com centenas de sotainas a abrir pias manifestações contra o Governo de Zapatero.

Conseguiu mais, conseguiu que o Vaticano se intrometesse na luta partidária espanhola com a beatificação de 498 mártires da guerra civil espanhola, a juntar aos 479 elevados por João Paulo II em gestos de gratidão para com o Opus Dei e de solidariedade para com a Conferência Episcopal Espanhola.

A Igreja espanhola, comprometida ainda com o franquismo, é o principal pilar do PP e a tropa de choque da direita sem se dar conta de que muitos católicos são filhos e netos de vítimas de Franco e que a Espanha é hoje um país civilizado, culto e rico onde a ruralidade já desapareceu.

É por isso que o apuramento da verdade sobre o 11 de Março é tão demolidor para o prestígio dos que preferiram manter a mentira a fazer um acto de contrição.

Esta sentença judicial, independentemente de quem ganhar as próximas eleições, é um labéu contra a mentira e a dissimulação de velhos franquistas e actuais conservadores. Factos são factos e é nessa sólida barreira que o PP esmagou a honra e a credibilidade. A mentira ficará a pesar-lhe tanto quanto o crime de Aznar na invasão do Iraque.