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10 de Abril, 2015 Carlos Esperança

A Europa não pode virar-se para Meca nem pôr-se de joelhos

A suspensão das emissões da TV5 Monde, por terroristas informáticos, não é apenas um crime contra uma televisão, é um crime contra a liberdade de informação. Anteontem, contra a TV5, há tempos, contra o Charlie Hebdo, com banho de sangue, os crimes sectários do fascismo islâmico incitam à repressão e convidam ao martírio que garante aos autores uma assoalhada no Paraíso, 72 virgens e rios de mel doce. No Quénia ou na Nigéria, no Iémen ou em França, onde quer que seja, a Al-Qaeda, Boko Haram ou Estado Islâmico, são heterónimos das metástases do mesmo cancro – O Corão.

O obscurantismo, a demência pia e o desespero de quem encontra na fé o lenitivo para o falhanço da sua civilização, vai criando o caldo de cultura para a repressão que pretende e para a tentativa de destruição do mundo livre. A Europa não pode cair na armadilha de crentes desvairados que seguem o manual terrorista de um beduíno analfabeto e amoral, como Ataturk definiu Maomé. Não pode replicar fora das normas do Estado de Direito, mas pode, e deve, submeter às normas desse mesmo Estado todos os cidadãos.

Admite-se que as madraças e mesquitas sejam interditas a quem recusa a liberdade e a democracia. Há o dever de reciprocidade dos países islâmicos, o dever de aceitarem, nos países onde são maioritários, os crentes das outras religiões e respetivos locais de culto, bem como os que não professam qualquer religião ou as desprezam.

Os facínoras difundiram ainda no Facebook cartões de identidade e dados de supostos familiares de militares que participam nas operações contra o Daesh, num texto com a mensagem: «Soldados da França, fiquem longe do Estado Islâmico! Vocês têm a oportunidade de salvarem as vossas famílias, aproveitem-na» e acrescentaram que «O Cibercalifado continua a sua ciberjihad contra os inimigos do Estado Islâmico».

Independentemente do que cada um de nós pensa da política externa francesa, europeia ou americana, o repúdio pela barbárie e pela chantagem, que se repetem com monótona regularidade, deve ser manifestado de forma a conter a demência prosélita do Islão. Não é islamofobia, é o medo real de quem se deixa envenenar pelos versículos do Corão, um plágio medíocre do cristianismo com laivos de judaísmo, que urge conter.

A democracia está primeiro.

3 de Abril, 2015 Carlos Esperança

Quem não tem dinheiro não tem vícios (Crónica)

A herança judaico-cristã, exacerbada pelo calvinismo e protestantismo evangélico, não deixou apenas complexos de culpa e de pecado, impôs-nos, como axiomas, aforismos falsos e cruéis.

A conduta da União Europeia em relação à Grécia, movida mais por razões de ordem ideológica do que racional, trouxe-me à memória colegas com quem convivi ao longo de três décadas.

Pernoitávamos nos mesmos hotéis, juntávamo-nos e jantávamos em bons restaurantes onde, depois da refeição, ficávamos a conversar e a filosofar num fraterno convívio de amigos, onde os mais novos estimavam ouvir os mais velhos, talvez por generosidade, sempre com bonomia.

Não esqueço a simpatia que me prodigalizaram os mais novos à medida que passei a ser dos mais velhos. A muitos ainda os encontro, outros sumiram-se da vida ou da vista e os que descubro dão-me notícia de desempregados, apanhados nas curvas da vida. Não são os que partiram que ora me preocupam, são os que andam por aí aos baldões da sorte.

Descobri alguns a iniciar negócios onde arriscaram o subsídio de desemprego e algumas poupanças, na esperança de um novo recomeço, para desaparecerem depois do fracasso. Lembro-me deles nos locais onde deixaram as últimas ilusões, não deixaram morada nem se despediram, esconderam-se decerto.

A outros ainda os vou encontrando, falam-me de envios de currículos, das dificuldades acrescidas pela idade e falta de empregos, mas esperam melhores dias, como se fosse eu a precisar de consolo, querendo mostrar que não desistem.

Encontro os que, durante o desemprego, se divorciaram e perderam a casa e os filhos, os que têm alguns recursos de que vivem com um módico de dignidade e aqueles que estão desesperados. Um, pediu o subsídio de desemprego da Segurança Social e o negócio ruinoso deixou-o num quarto alugado onde passou fome e juntou rendas por pagar até que uma instituição de caridade lhe valeu. É celibatário, há muito que deixei de o ver.

Outro, fui-o encontrando a dizer que esperava novo emprego e, mais tarde, a vaguear com ar de abandono. Acabou a arrumar carros num parque onde várias vezes deixou o seu, relembro os esgares a que o sorriso deu lugar, perdidos os incisivos do maxilar superior, a evitar-me pela vergonha e pelo odor, salvo quando o apanhava no torpor de viagens que os químicos induzem. Abalou. No meu círculo ninguém sabe dele.

Afinal, quem não tem dinheiro, tem vícios.

(Publicada no Jornal do Fundão, ontem)

29 de Março, 2015 Carlos Esperança

Violência doméstica na cultura judaico-cristã

No início deste mês, um homem de 33 anos matou a mulher de 29 e, a seguir, atirou-se da Ponte 25 Abril, deixando o filho de 3 anos que assistiu ao crime. A monótona notícia que se repete, à média de 40 mulheres por ano, é um ferrete de ignomínia que nos marca com o estigma da brutalidade, um desmentido feroz da brandura que alardeamos.

Sei que também há homens que são vítimas da violência doméstica e que o assassinato não é a única forma de violência, mas são as mulheres que estão na vanguarda destacada da estatística das vítimas.

Falar do ‘país de brandos costumes’, expressão cunhada pelo frio ditador que deixava os adversários entregues às mãos criminosas dos esbirros ou o ao gatilho rápido da polícia política, e sabermos que, nos últimos dez anos, a violência doméstica deixou 700 órfãos, é sermos percorridos por um frémito de desconfiança e revolta, sentirmos em cada órfão o filho que a violência abandonou aos baldões da sorte e o remorso da indiferença.

Que raio de genes conservamos ainda das cavernas da nossa ancestralidade, da miséria de um povo que foi sempre pobre e onde o pão se disputava numa leira de terra ou num rego de água para a cultivar, à custa da vida de um irmão ou do pai que teimava em não morrer?

É deste povo que somos que nasce a violência que nos envergonha, a morte que nasce na ponta de uma faca, na lâmina de uma sachola ou no gume de uma foice por motivos que a inteligência repudia ou ciúmes que a educação há muito devia ter erradicado.

Que raio de genes e de gentes, moles com os fortes e violentos com os fracos, incapazes de pensar nos outros, descarregando frustrações e impotência em quem se habituou a ser culpada pela família, Igreja e sociedade que mais facilmente desculpam algozes do que protegem as vítimas.

Fonte: Comissão de Proteção às Vítimas dos Crimes (CPVC)

24 de Março, 2015 Carlos Esperança

Recordando

Os Estados Papais tinham uma das formas de execução mais sádicas de sempre: o mazzatello, uma espécie de malho para esmagar a cabeça do condenado…

17 de Março, 2015 Carlos Esperança

Jesus era tolerante

“Eu não vim trazer a paz, mas a espada” Mateus 10:34

“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” Mateus 12:30

«Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que a acabar? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem, comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar, e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se assenta primeiro e consulta se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Se não, enquanto o outro ainda está longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo-lhe condições de paz. Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.» (Lucas 14:26-33)[1]

«Vim lançar fogo à terra, e que mais quero, se ele já está aceso? Mas tenho de ser batizado com um batismo, e como me angustio até que ele se cumpra! Pensais que vim trazer paz à terra? Não, eu vo-lo digo, mas divisão; porque de ora em diante, haverá numa casa cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididas: o pai contra seu filho, e o filho contra seu pai; a mãe contra sua filha, e a filha contra sua mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra.» (Lucas 12:49-53)

12 de Março, 2015 Carlos Esperança

O ADN fascista do catolicismo espanhol

Estatuas de Franco y de otros santos propios coronan ahora la basílica del Palmar de Troya

La imagen de la Basílica de El Palmar se ha convertido ya con el paso de los años en un inseparable compañero de todos los que habitan esta zona de la campiña utrerana (en la provincia de Sevilla). Sus inconfundibles y megalómanas torres y extraño diseño, han quedado como rastro de un movimiento que en su día llegó a manejar ingentes cantidades de dinero y que poco a poco fue decreciendo hasta prácticamente diluirse.

Pero, según relata Alberto Flores en el diario ABC, desde hace algunos meses las preguntas y las incógnitas vuelven a ceñirse sobre la orden de los Carmelitas de la Santa Faz, ya que la famosa iglesia, que en su día se convirtió en todo un centro de peregrinación, ha sufrido un cambio sustancial.

El habitual color gris de sus torres y cúpulas, que dominaba el paisaje desde el pequeño cerro en el que se ubica, ha ido dando paso al marrón y al blanco, colores con los que se ha pintado la iglesia por completo. Las nueve torres que sirven de campanario, apuntan hacia el cielo luciendo esta nueva imagen que cambia por completo la forma de ver este curioso templo, que a algunos asombra y que a otros acongoja.

Los altos muros y las cámaras de seguridad que siguen rodeando todo el perímetro en el que se encuentra la edificación impiden ver lo que está ocurriendo en el interior, por lo que es lógico que muchos se pregunten si realmente el movimiento, que se creía prácticamente en extinción, está resurgiendo de nuevo.

A nadie se le escapa que realizar unas obras de estas características en un edificio tan grande, debe de suponer un importante desembolso económico. En los últimos años todos los especialistas han coincidido en afirmar que las finanzas de la secta estaban en números rojos, por lo que es extraño que precisamente ahora tengan lugar estas obras que han cambiado por completo la imagen del edificio.

Pero realmente los elementos más curiosos que forman ahora parte de la Basílica de El Palmar son una serie de estatuas que jalonan las tres cúpulas y la parte superior de la fachada principal. Estatuas de color blanco, se desconoce si en un futuro serán policromadas, y que vuelven a sembrar las dudas en muchos ciudadanos, ya que evidentemente colocar diez estatuas a esa altura no debe de ser una tarea ni sencilla ni barata.

La parte más sorprendente de esta nueva obra es sin lugar a dudas la zona superior de la fachada principal, donde se encuentran siete de estas curiosas estatuas. Tratando de jugar a una especie de juego de las adivinanzas, se puede intuir que la estatua que se encuentra en el centro podría representar a Gregorio XVII (Clemente Domínguez), el que fuera proclamado como primer Papa de El Palmar y fundador de todo el movimiento.

En el extremo izquierdo se encuentra la figura de un hombre de baja estatura con uniforme militar, que bien podría ser Francisco Franco (proclamado santo por el movimiento de El Palmar). En el extremo derecho, encontramos otra curiosa figura con un ancla, por lo que inmediatamente induce a pensar en la figura de Cristóbal Colón, que también fue proclamado santo en su momento. Otras de las estatuas podrían estar relacionadas con otras figuras históricas santificadas por esta secta, como el Cardenal Cisneros o Don Pelayo.

En cualquier caso una obra faraónica, en la que los actuales responsables de la Orden de los Carmelitas de la Santa Faz, han querido brindar un curioso homenaje a aquellos que consideran que son guías e importantes figuras de su movimiento. Al igual que en la Basílica de San Pedro en Roma, es posible divisar trece estatuas que representan a personas importantes para la Iglesia católica (en concreto Cristo, once apóstoles y San Juan Bautista), aquí en El Palmar, se ha tratado de hacer algo parecido, justo cuando todos piensan que el movimiento estaba a punto de desaparecer.

Encima de la mesa existen en la actualidad más incógnitas que respuestas. Estas obras pueden ser un indicio de que el movimiento está repuntando, y es posible que esté recibiendo nuevos ingresos por parte de las delegaciones con las que cuenta en el extranjero. Mientras que otra posibilidad es que sólo se trate de una especie de señuelo para aparentar que el movimiento sigue estando vivo y seguir captando posibles adeptos. Preguntas que de momento siguen sin respuesta, pero que están en el aire y que solo el tiempo podrá responder.

En cualquier caso la imagen de esta zona de la campiña, ya cuenta con una Basílica completamente pintada y con una serie de estatuas que supone una declaración de intenciones para toda aquella mirada curiosa que logre traspasar el umbral de los altos muros e investigar sobre esté fenómeno que en su día llegó a arrastrar a miles de personas y que llegó a extenderse por varios países del Sur de América.