Loading

Categoria: Não categorizado

27 de Julho, 2015 José Moreira

A Dança das Horas

Confesso que nõ sabia. Mas também não posso ter a pretensão de saber tudo. Para isso, lá estão os católicos e afins. Sabia, como toda a gente sabe, que na Europa a hora é mudada duas vezes por ano, dizem que por questões económicas e/ou ambientais. Mas o que eu não sabia, é que há países islâmicos (não sei se são todos) onde a hora também é mudada. Por sazões bem mais prosaicas que as ambientais.

No início do Ramadão, a hora é atrasada 60 minutos. E porquê? É sabido que os muçulmanos não podem comer ou beber entre o nascer e o pôr-do-sol. Dizem que proporciona como que uma “limpeza corporal”. Mas a verdade é que entre o pôr e o nascer do sol, podem desbundar. Ou seja, lá se vai a limpeza. De qualquer modo, entre o nascente e o poente, os muçulmanos entendem que há demasiado tempo. Vai daí, atrasam os relógios uma hora, de modo a encurtar esses 60 minutos ao jejum. Assim, se o ocaso se situa, por exemplo, às 19 horas, basta atrasar o relógio uma hora, e passam a poder comer às 18 horas. Não está mal, mas mostra pouca esperteza: se atrasassem trés ou quatro horas, cumpriam, à mesma, os preceitos corânicos e não passavam tanta larica.

24 de Julho, 2015 Carlos Esperança

Pensamento

Por

Fernanda S. C.

Um povo conhecedor da sua história acudirá facilmente à comemoração dos heroísmos e das grandezas dos homens ou das gerações que passaram; e seu culto será piedoso, inteligente, indicador, e criador da energia civil;não por moda, não por curiosidade vã, não por deleite dos olhos ou ouvidos, ocorrerão as turbas às prédicas dos conferentes ou ao desfilar das procissões, mas pela consciência da solidariedade, que liga entre si os homens da mesma pátria, e do reconhecimento que esta deve aos que melhor souberam viver e morrer por ela.

Só o conhecimento dos homens ou das coisas que celebramos pode dar a estas celebrações o carácter positivo, sem o qual elas seriam não mais que uma mistificação idêntica à que vicia, por exemplo,as cerimónias da religião católica.

11 de Julho, 2015 Carlos Esperança

A ICAR e os seus demónios

A prática medieval e obscurantista dos exorcismos continua a ser uma indústria da Igreja católica cujos crentes são atacados por forças demoníacas, quiçá, da própria Igreja que os embrutece.

Quando julgávamos que, ao contrário do obscurantismo islâmico, a Igreja do Papa já não pescava nas alfurjas da superstição, mantém ainda um exército de exorcistas para afugentar demónios de crucifixo em riste.

São espetáculos degradantes, umas vezes do foro psiquiátrico, outras do mais jurássico medievalismo.

 

É esta prática que envergonha a civilização que se pratica no Vaticano e nas sucursais espalhadas pelas dioceses.

Veja aqui a vergonha e a miséria humana

10 de Julho, 2015 José Moreira

A Promessa

Nota prévia: este episódio foi-me relatado na primeira pessoa, e não vislumbro motivos para dele duvidar.

Gervásio, rapaz do norte, tinha regressado de Moçambique. Para trás, tinham ficado vinte e seis meses de guerra. Cumpridas as formalidades da passagem à “peluda”, ei-lo de regresso à cidade natal, onde o aguardavam a família mai-la noiva.

Colocados que foram em dia os assuntos pendentes durante tal período de tempo, e o termo “assuntos” pode ser tudo o que os limites da nossa imaginação permitirem, assente a poeira, acertados os fusos horários, repousado o guerreiro, eis que a doce noiva decide:

– Sabes, temos de ir à Santa Maria Adelaide.

Para quem não sabe, e resumidamente: o corpo de Maria Adelaide de Sam José e Sousa foi encontrado incorrupto, e ainda se mantém, cerca de trinta anos após a inumação. Daí até a o povo a venerar como santa, foi um passo de pardal, embora a ICAR nunca a tenha canonizado, o que, no entanto, não impediu que a venera se faça numa capela, onde está exposto o corpo da “santa” ornamentado com quilos de ouro proveniente de oferendas.

voltemos ao diálogo:

– Desculpa, disseste que…?

– Querido, disse que tínhamos de ir a pé à Santa Maria Adelaide.

– E por alma de quem, posso saber?

– É que eu prometi que lá iríamos, se regressasses são e salvo.

– Duas questões: primeiro, TU prometeste, TU cumprirás a promessa. Segundo, quem te garante que regressei são e salvo graças à “santa”?

– Não me contaste que passaste duas vezes por cima de uma mina e ela não rebentou?

– É verdade.

– E não achas que houve intervenção de alguém “lá em cima”?

– Não. Porque levantei a mina, e verifiquei que  não tinham tirado a cavilha de segurança. Se houve intervenção, foi de alguém “cá de baixo”, que não sabia o que estava a fazer. Se é que se pode chamar a isso “intervenção”.

Mas a jovem não se deixou convencer:

– Seja como for, há uma promessa, e tem de ser cumprida, que eu não gosto de brincar com estas coisas.

– Faz como quiseres, mas vamos ficar assentes neste ponto: eu não prometi nada, portanto, nada tenho a cumprir. Podemos gostar muito um do outro, mas nenhum de nós tem o direito de fazer promessas em nome do outro. Se tu prometeste, cumpre. O mais que posso fazer, como a promessa foi de “ir a pé”, é ir buscar-te de carro a Arcozelo. Mas eu nada tenho de cumprir, já que nada prometi.  E para cumprir o que não prometi, já me bastou o tempo de tropa.

 

 

4 de Julho, 2015 Carlos Esperança

A demência continua

O Islão transformou-se numa religião pior do que os dois primeiros monoteísmos.

Como de pode ver aqui.

4 de Julho, 2015 Carlos Esperança

O Estado Islâmico e a cultura

Estado Islâmico saqueia sítios arqueológicos em escala industrial
Segundo a Unesco, tesouros estão sendo vendidos a intermediários.
Um quinto dos 10 mil sítios históricos iraquianos oficiais foram pilhados.

Da Reuters

 

ESTADO ISLÂMICO
O que está por trás do grupo radical

Os militantes do Estado Islâmico estão saqueando sítios arqueológicos na Síria e noIraque em escala industrial e vendendo seus tesouros a intermediários para levantar fundos, disse Irina Bokova, chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (2).

24 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Momento de poesia

Noivas da Morte

Partem rumo às distantes terras da Síria

As Noivas da Morte

Embaladas pelas preces mântricas

Que preenchem as cabeças vazias!

Aspiram a um mundo que não compreendem,

Vidas roubadas a todas as possibilidades

Excepto ao fatalismo ignóbil da doutrinação!

Das visões do profeta sem rosto

Fundamenta-se um deus sem alma

Que se alimenta da barbárie

E mata a sede com a vingança!

Entregam-se, em voluntariado,

As Noivas da Morte,

Inconscientes e inconsequentes

Quais porcos rumo à matança,

Corpos vivos em mentes mortas

Sem resquício ou vestígio de consciência!

No sorriso dos seus jovens rostos,

Promessas de um futuro que soçobra,

Marcar-se-ão as rugas da tirania e da subordinação!

Nos corpos, convertidos em malas de parir,

Marcar-se-ão as cicatrizes da violência e da intolerância,

Legando à geração vindoura

Apenas a indignidade da sua condição!

Por entre linchamentos e decapitações

Floresce o Reino do Terror,

A medieval realidade dos nossos tempos,

Enquanto o xadrez da geopolítica

É jogado pacientemente,

Com imaculadas luvas brancas

Que cobrem as mãos podres!

E nos templos de todas as religiões,

Por entre orações devotas

Exalta-se a bondade de deuses,

Inexplicavelmente ausentes!

Tivesse o deus de Espinosa triunfado

E não haveria Noivas da Morte,

Nem ninguém seria Charlie Hebdo,

E ter-se-iam acondicionado os livros sagrados

No sossego das estantes

E as suas verdades não passariam de estórias, metáforas e alegorias!

As distantes terras da Síria

Não teriam a dor nos seus vales,

Nem o sangue nas suas manhãs!

E toda a coluna vertebral da Humanidade estaria ereta!

Todas as noivas seriam Noivas da Vida!

E Deus?

Rir-se-ia dos Homens, que nele não creem,

E teria, finalmente, motivos

Para orgulhar-se dos seus Filhos!

a) Paulo Ricardo Moreira

21 de Junho, 2015 José Moreira

O Congresso

Vejo e ouço, nas TV, que terminou mais um congresso das Testemunhas de Jeová. Dizem que são mais de cinquenta mil, só em Portugal. Ora, com tanta testemunha, parece-me que a absolvição está garantida.

Ainda bem.

18 de Junho, 2015 José Moreira

Os conselhos do papa

O papa Francisco deu conselhos para salvar o Planeta. São bem-vindos. Estragou tudo quando chegou ao “rezar”. Das duas uma: ou rezar chega e os outros são inúteis, ou os outros são úteis e rezar é inútil.

Cá por mim, alinho – e pratico – na segunda hipótese.

Quanto às práticas que aconselha para antes e depois das refeições prefiro, respectivamente, um aperitivo e um digestivo.

Mas respeito os que rezam.

Também há quem tome medicamentos.