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Categoria: AAP

26 de Maio, 2012 Carlos Esperança

Mensagem do presidente da AAP no 4.º Aniversário

Ao comemorarmos o 4.º aniversário da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) saúdo todos os sócios, ateus e ateias que vieram e os que não puderam vir, agnósticos, racionalistas e todos os livres-pensadores, especialmente os que vivem em países onde são excluídos, perseguidos e mortos pelo fanatismo das teocracias ou marginalizados pelo poder, onde as religiões se infiltraram no aparelho do Estado. Neste caso, estendo a solidariedade aos crentes das religiões minoritárias, igualmente vítimas das religiões dominantes.

Em Israel, com os judeus das trancinhas à Dama das Camélias, o sionismo espalha a violência e a morte na Faixa de Gaza; nos EUA o protestantismo evangélico ganha força e restringe as liberdades; em África assiste-se a um duelo mortal entre o islamismo e protestantismo evangélico; no norte de África a primavera árabe caminha para a sharia e, enquanto na Grécia a Santíssima Trindade preside aos atos políticos, por intermédio do clero ortodoxo, a Turquia reislamiza-se perigosamente e muitos países são vítimas do fascismo islâmico. Os monoteísmos são detonadores de guerras mas o islamismo e o cristianismo digladiam-se na imposição das suas superstições e mentiras à escala planetária.

Em Portugal a Constituição é letra morta quando se trata de cerimónias de Estado, quase sempre assistidas por dignitários católicos, embrulhados nas vestes talares, em lugares de evidência. As procissões e outros atos pios são abrilhantados pelos cavalos da GNR e pelas forças policiais e militares dos diversos ramos à custa do erário público. Em época de eleições não faltam excursões a Fátima promovidas e pagas pelas autarquias.

Os professores de Religião católica são nomeados discricionariamente pelos bispos e pagos pelo Estado, contando o tempo para progressão na carreira de uma disciplina para a qual tenham habilitações e, assim, ultrapassarem colegas mais classificados.

O feriado do 5 de outubro, data emblemática do regime e da separação da Igreja e do Estado, foi suprimido em conluio com a Igreja católica, a única que acrescenta aos 52 domingos que já tem, os únicos feriados religiosos que existem e gozam de igualdade perante os feriados cívicos.

Enquanto a Irlanda suprime a embaixada do Vaticano, Portugal mantém, a cem metros da Italiana, outra, que não cabe no bairro de 44 hectares onde está acreditada. A pobreza e o desemprego fazem com que a Igreja católica readquira o poder perdido, infiltrando-se nas áreas da educação, assistência e saúde, com o poder crescente das Misericórdias.

Cabe à AAP lutar para que, neste período de crise, o IMI e o IRC seja estendido às instituições da Igreja, com exceção dos edifícios destinados ao culto. Os privilégios de que goza são uma ofensa à laicidade e uma fonte de iniquidade, muitas vezes de concorrência desleal, com colégios, lares, hospitais, universidade, editoras e outros estabelecimentos comerciais isentos de impostos.

Cabe à AAP defender a igualdade dos cidadãos perante a lei e a laicidade do Estado, respeitando os crentes e combatendo o poder das religiões, rumo a uma sociedade onde as crenças particulares não interfiram nos assuntos de Estado. É o nosso objetivo, a bem da paz, do progresso, da cidadania e da secularização de Portugal.

Bom almoço. Vale mais um bom almoço do que a última ceia. Saudações ateístas.

18 de Maio, 2012 Administrador

Última chamada

Relembramos os nossos sócios e amigos que devem confirmar a presença no almoço-convívio do 4.º aniversário até ao dia 21.
Para os sócios, o encontro é às 10.00h, para a Assembleia Geral.

AG 2012
4 de Maio, 2012 Carlos Esperança

Entrevista de Alexandra Solnado à TV

Por

Leopoldo Pereira

Cerca das 18H20, após uma seca do caraças à espera do grande momento, eis que surge a “felizarda” que diz falar com Jesus ao vivo e em público. Tinha comigo caneta e papel, a fim de tirar apontamentos sobre o que de mais importante Jesus lhe tivesse revelado. Afinal… NADA!

Sinceramente os parcos apontamentos não dariam nunca para escrever um artigo, sobretudo de molde a considerarem-me com um mínimo de sanidade mental.

Ao que a “vidente” disse, Jesus pede para O encontrarem e não aparece na cruz (eu no lugar dele faria o mesmo), mas sim sob a forma de luz, o que já nem é novidade. Portanto Ele é energia, de que podemos partilhar, caso saibamos ir ao encontro dela!

Todos temos uma parte Divina e essa que a gente deve trabalhar. Depois pronto, a ligação estabelece-se e é Tu cá Tu lá…

As pessoas que vão às sessões da Alexandra, por vezes ficam de boca aberta, é quando veem a tal luz!!! Ainda fiquei a saber que tem “terapeutas” a trabalhar no ramo e atendem por telefone: 229199113.

Resumindo: Como duvido que no seio da nossa Associação haja um qq inteligente que alguma vez tenha visto a dita luz, propunha que convidássemos a D. Alexandra a fazer uma sessão só para nós e mal vai que ela recuse.

Fica a sugestão, que não será tão anormal quanto foi a entrevista dela

20 de Abril, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

 COMUNICADO

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) sempre considerou desnecessária a concordata assinada entre a Santa Sé e a República Portuguesa, no dia 18 de Maio de 2004, e acha-a lesiva dos interesses nacionais pelos privilégios que confere à Igreja católica.

A questão dos feriados veio confirmar que, além de desnecessária num país onde a liberdade religiosa está constitucionalmente consagrada, é uma fonte de perturbação da equidade com que um país laico deve tratar todas as religiões e, pior ainda, pretexto para a humilhação de um Estado soberano que o Vaticano trata como protetorado.

O Estado foi subserviente com a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que lhe impôs a eliminação de dois feriados cívicos para prescindir de igual número de feriados católicos e, provavelmente, influenciou a eliminação do feriado emblemático do 5 de Outubro, data a que se deve a separação da Igreja/Estado.

A AAP, não se pronunciando sobre eventuais razões económicas ou motivos ideológicos que tenham conduzido à eliminação de quatro feriados, por não constar dos objetivos estatutários, sente-se indignada com a pusilanimidade do Governo perante a CEP, manifesta o seu repúdio perante a prepotência, tartufismo e arrogância do Vaticano e o seu mais vivo repúdio pela Concordata com que a Igreja católica afronta a República e humilha Portugal.

Na defesa da igualdade religiosa e da dignidade do Estado Português, onde há cúmplices do Vaticano, a AAP irá promover um abaixo-assinado para recolha das assinaturas necessárias à discussão, na Assembleia da República, da Concordata, tratado que envergonha Portugal e cumula de privilégios uma religião particular em detrimento das outras.

Direcção da Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 20 de Abril de 2012

 

18 de Março, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) na RTP – 1

A RTP – 1 convidou o presidente da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para participar no programa Prós e Contras, de amanhã. Estará na primeira fila (isto é, fora da mesa) onde espera ter os dois minutos habituais para se pronunciar sobre a eliminação dos feriados.

Para a AAP é particularmente grave que o feriado emblemático do regime, o 5 de outubro, seja eliminado, enquanto a ICAR manipula e chantageia o Governo com dias santos, como se o Estado fosse confessional e Portugal um protetorado do Vaticano.

27 de Janeiro, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa – Carta ao PM

Senhor primeiro-ministro Pedro Passos Coelho:

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) ficou perplexa com a ameaça do Governo de, após várias tergiversações, regressar à proposta daeliminação do dia 5 de Outubro como feriado nacional.

Tão grave como o atentado à memória histórica da matriz do nosso regime é a cedência de um estado constitucionalmente laico à chantagem eclesiástica da religião particular que a democracia tem injustamente cumulado de privilégios.

Não foi na defesa dos trabalhadores que a Igreja católica exerceu a chantagem, foi na manutenção de um feriado que assinala a improvável Assunção de Nossa Senhora ao Céu, evento de que se desconhece a data, o itinerário e o meio de transporte.

A direção da AAP, certa de interpretar o sentir das centenas dos seus sócios e de muitos portugueses (céticos, agnósticos, livres-pensadores, crentes de várias religiões e, até de católicos a quem repugna ver Portugal transformado num protetorado do Vaticano), repudia a ingerência clerical na política do Estado português bem como a cedência deste à arrogância da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Assim, a AAP apela ao Governo para que reconsidere o ato de genuflexão perante a CEP, ato incompatível com a natureza laica do Estado.

Certa de que o bom senso imperará, a AAP aguarda que o sentido de Estado de V. Ex.ª se sobreponha à beata cedência ao proselitismo religioso e que a paz religiosa não seja perturbada pela a humilhação do Estado de Direito.

Confiando na manutenção do feriado de 5 de Outubro e na perpetuação da homenagem aos heróis da Rotunda,

Apresentamos os nossos cumprimentos.

Direcção da Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 27 de Janeiro de 2012

16 de Dezembro, 2011 Carlos Esperança

Mensagem do presidente da AAP aos sócios

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) manifesta o seu mais profundo pesar pela morte de Christopher Hitchens, ocorrida ontem no “M. D. Anderson Cancer Center” em Houston.

Com o seu desaparecimento, aos 62 anos, ficam de luto todos os ateus, cépticos e livres-pensadores para quem este intelectual constitui uma referência relevante.

Dezenas de sócios da AAP tivemos o privilégio de assistir à notável conferência que Hitchens proferiu em 18 de Fevereiro de 2010, na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa. Lá esteve o livre-pensador, um dos maiores intelectuais do nosso tempo, a demonstrar a um imenso e interessado auditório a falsidade e os malefícios das crenças.

Um dos seus numerosos livros foi traduzido para português com o título «deus não é grande», uma obra essencial para se perceber «como as religiões envenenam tudo», mas o seu autor foi grande na coragem, na inteligência e no empenhamento com que combateu a superstição e desmascarou as mentiras das religiões.

Com Sam Harris, Richard Dawkins e Daniel Dennett, Christopher Hitchens foi um dos quatro grandes pedagogos contemporâneos que deram ao ateísmo a visibilidade que merece e que transmitiram os valores humanistas que nos libertam do totalitarismo a que as religiões condenam a humanidade.

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) manifesta enorme apreço e grade consideração pelo ateu desaparecido – o insubstituível Christopher Hitchens.

Penso poder dizer, em nome das centenas de ateus desta Associação, que todos estamos de luto e que todos saberemos honrar a sua memória e o seu exemplo.

7 de Dezembro, 2011 Raul Pereira

O número

Aqui está o número ao qual muitos dos nossos leitores nos associam imediatamente:

AAP 666

 

Aqueles que nem a Besta temem, devem clicar na imagem ou aqui.