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  • 29 de Dezembro, 2011
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Intolerância religiosa e banhos de sangue

É difícil perceber a complacência dos países civilizados e democráticos para com o proselitismo cristão e, muito especialmente, islâmico. Se um partido político tivesse inscrito nos seus princípios o apelo à violência e ao assassínio, como preconizam os livros sagrados dos três monoteísmos, os seus dirigentes seriam julgados e condenados.

Sob o pretexto de que a linguagem é metafórica, de que os livros não dizem o que lá está escrito e de que é preciso saber interpretá-los, usa-se uma benevolência que pode conduzir a retrocessos civilizacionais. Ninguém que tenha lido a Tora, a Bíblia ou o Corão pode desculpar a violência própria do espírito tribal da época em que foram escritos e do carácter patriarcal que os informa.

O sionismo não existiria sem as profecias do deus que os homens inventaram na Idade do Bronze, certamente de matriz hebraica, e donde derivaram as religiões monoteístas.

As Cruzadas e a Inquisição não teriam sido possíveis sem a inspiração do Levítico ou do Deuteronómio. A alqaeda não seria tolerada sem a cópia grosseira do cristianismo que dá pelo nome de Islão. A demência islâmica que leva ao suicídio assassino só é possível através da fanatização promovida nas madraças e mesquitas.

Sem repressão política sobre o clero cristão a liberdade religiosa não existiria na Europa nem o Vaticano jamais teria admitido a liberdade religiosa, só permitida no Vaticano II.

Por mais críticas que sejam feitas à ministra francesa da Juventude, Jeannette Bougrab, por ter declarado ao diário “Le Parisien” : “Eu não conheço islamismo moderado […] Não há sharia light”, a verdade é que faltam argumentos para a contestar.

Na Nigéria trava-se um duelo entre cristãos e islamitas, amostra sangrenta do combate das duas religiões pelo controlo de África. A intolerável carnificina do Natal contra os católicos, no ataque às suas igrejas, revela a natureza fascista e prosélita de que o Islão não consegue libertar-se.

Os países democráticos, com raras e honrosas excepções, evitando melindrar os crentes, permitem que crenças detonadora de guerras sejam poupadas ao escrutínio dos tribunais e à repressão policial.

A liberdade dos homens não pode estar sujeita aos desvarios da fé e ao ódio sectário.

Perfil de Autor

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- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

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- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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