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  • 18 de Fevereiro, 2008
  • Por Carlos Esperança
  • Laicidade

Os loucos de Maomé

O proselitismo islâmico é partilhado por numerosos crentes para quem os direitos humanos, a igualdade entre os sexos, o laicismo e a liberdade individual são crimes que urge erradicar, em nome de Maomé.

Um primata que a imprensa europeia descreve como muçulmano moderado, o primeiro-ministro turco Erdogan, vê na assimilação um «crime contra a humanidade», depois de ter afirmado publicamente que compreendia o assassínio dos juízes que consideraram inconstitucional o uso do véu islâmico nas escolas, antes de ele próprio ter liderado as alterações constitucionais que agora o permitem.

A Europa civilizada e culta, sob pressão dos dignitários das Igrejas autóctones, descura a única arma que pode conter o proselitismo – a laicidade. Perante as manifestações de barbárie contra a civilização e da fé contra a liberdade, a Europa assiste ao fracasso da sua política de integração, assusta-se e vê a extrema-direita e os minaretes a desafiarem a tolerância e a paz construídas na sequência de sangrentas guerras religiosas.

É tempo de afirmar a supremacia do Estado de direito sobre as convicções particulares, sob pena de transformar os cidadãos em súbditos e os governantes em acólitos da religião dominante.