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Dia: 5 de Setembro, 2007

5 de Setembro, 2007 Carlos Esperança

Perigo das religiões

Perante a indiferença que a reincidência produz assistimos diariamente a crimes que o fanatismo religioso perpetra ou que as polícias previnem.

Parece que entrámos em estado cataléptico, perante o perigo que as democracias correm e a fragilidade da civilização que edificámos, face às sotainas que espalham o medo, a superstição e o crime.

A ICAR faz milagres que qualquer bruxo estabelecido num vão de esquina faria melhor mas com risco de ser preso por charlatanismo. Os Países cedem às pressões eclesiásticas na legislação e concedem favores que, no caso de empresas que pagam impostos, davam demissões no Governo e prisão dos gestores. Só o poder clerical anda à solta e impune.

A Europa vive sob a chantagem do Vaticano e a ameaça de Maomé. O primeiro alia-se a partidos e destabiliza democracias, como faz em Espanha, ou condiciona a liberdade dos povos. Chegou ao desplante, com o indizível JP2, de pretender que os advogados católicos deixassem de patrocinar divórcios por objecção de consciência – idiotice que só um celerado celibatário e empedernido crente podia conceber.

Os muçulmanos, trogloditas de Maomé, explodem bombas, semeiam ódio e lançam o pânico nos países civilizados. Os políticos atribuem os crimes à má interpretação dos livros sagrados e perseguem os autores como se a religião fosse boa e os crentes maus. Ora, é o contrário que sucede. Más são as litanias do profeta, as pregações dos clérigos, a natureza da fé.

Quem lê o Corão, a Bíblia ou a Tora admira-se que os crimes não sejam mais frequentes e demolidores.

Hoje, a título de exemplo, cito literatura dos hadits que, tal como o abominável Corão, são a fonte da demência islâmica:

– A jihad é o teu dever sob qualquer governante, seja ele ímpio ou devoto.

– Um dia e uma noite de luta na fronteira é melhor do que um mês de jejum e oração.

– Aquele que morrer sem nunca ter tomado parte numa campanha morrerá numa espécie de descrença.

– O paraíso fica na sombra das espadas.

5 de Setembro, 2007 Ricardo Alves

Cientologia acusada na Bélgica

O ministério público da Bélgica levará a Igreja da Cientologia a tribunal com acusações de extorsão, fraude, exercício ilegal de medicina e contratos com cláusulas abusivas. O procurador acusará doze pessoas individuais, e a própria Igreja da Cientologia será acusada de ser uma organização criminosa.

A cientologia é uma igreja fundada em 1953 por L. Ron Hubbard, um ex-escritor de ficção científica que abusava do alcóol e dos comprimidos. Os cientologistas acreditam que, há 75 milhões de anos atrás, um comandante extra-terrestre chamado «Xenu» resolveu o problema da superpopulação nesta parte da galáxia despejando em vulcões da Terra a população em excesso, que teria sido liquidada com bombas-H. Ainda de acordo com a religião cientologista, as «almas» destas pessoas teriam sido aprisionadas com feixes electrónicos, e em seguida o malvado «Xenu» tê-las-ia exposto a sessões contínuas de filmes 3-D, processo durante o qual teriam sido «implantadas» nas «almas» falsas memórias de «Deus», «Cristo», «Diabo» e de outros acontecimentos. Estas «almas» (ou «Thetans») teriam depois invadido todos os seres vivos, e quem se quiser libertar delas terá que aderir à Igreja da Cientologia e seguir os seus «cursos» (pelos quais se paga bom dinheiro), e submeter-se aos «tratamentos» com maquinetas absurdas patenteadas pela Igreja. Durante esses cursos, obtêm-se geralmente confissões sobre a vida privada das pessoas, que posteriormente são usadas para intimidar e chantagear os desgraçados que caíram na ratoeira. Supostamente, quem seguir todas as instruções e tiver o dinheiro suficiente pode chegar a um ponto em que não apenas remove todas as «memórias negativas» («engramas»), como se cura de qualquer doença mental. Uns passos mais à frente, a Cientologia garante que os seus crentes ganham controlo sobre «o espaço, a matéria e o tempo» (incluindo a capacidade de mexer objectos com a mente).

Como é evidente, os mitos fundadores da cientologia não são menos disparatados do que a narrativa do génesis, e o «esquema» cientologista de controlo dos indivíduos não é diferente (a não ser em questões de grau) daquele usado por igrejas milenares, como a ICAR. Simplesmente, a cientologia é mais competente do que as religiões tradicionais no controlo interno dos indivíduos, no combate às heresias e aos críticos externos, na recolha de dinheiro, e nas pressões políticas. A Cientologia conta hoje com cerca de dez milhões de crentes, incluindo estrelas de cinema como John Travolta e Tom Cruise. Entre as igrejas fundadas no século 20, será provavelmente a que teve mais sucesso. Prevejo que será consensualmente respeitável dentro de cinquenta anos.