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Dia: 14 de Junho, 2007

14 de Junho, 2007 Carlos Esperança

O Irão e a pornografia

Sem me atrever a dizer que as outras são boas, o Islão não é uma religião recomendável, é um anacronismo entre a crueldade e a demência, o sistema de valores de primatas que sofreram mutações genéticas e perturbações mentais.

Uma religião que discrimina a mulher não é um caso de fé, é um problema de polícia. O clero que aceita casamentos de meia hora e condena à morte quem se prostitua não é um corpo religioso, é uma associação de malfeitores com requintes de hipocrisia e laivos de malvadez.

Se 148 imbecis, com apenas 5 votos contra e 4 abstenções, votam no parlamento, um decreto-lei que pode condenar à morte quem trabalha no cinema pornográfico, não se limitam a impor a moralidade, aplicam a barbárie do totalitarismo religioso.

Se não combatermos ideologicamente a imbecilidade mística que brota dos antros da fé, corremos o risco de oferecer o pescoço ao cutelo, o corpo à lapidação e a liberdade aos fanáticos de Deus. O mundo regressará à Idade Média com fogueiras em nome de Cristo e apedrejamentos para glória de Maomé.

Deus é grande, do tamanho da insânia dos homens e da maldade dos clérigos. Se não pudermos vencer a demência dos seus padres é a civilização que entra em agonia e as sociedades livres e tolerantes que estão condenadas.

Deus é a grande maldição da modernidade, o mito abjecto que odeia a felicidade e que dispõe de exércitos de sotainas capazes de nos tirarem, mais do que a vida, a liberdade que o mundo penosamente conquistou em luta contra as Igrejas.

14 de Junho, 2007 jvasco

A Amnistia Internacional e o Vaticano

«”A Igreja Católica deixará de financiar a Anistia Internacional devido à mudança de posição decidida”, anunciou oficialmente o chefe do Conselho Pontíficio Justiça e Paz.»

Devo confessar que tinha ficado positivamente impressionado quando soube que a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) ia deixar de financiar a Amnistia Internacional, não por deixar de o fazer (e por alardoá-lo numa tentativa de manipulação patética), mas porque não esperaria que o Vaticano fosse doar dinheiro para uma instituição que tanto respeito. Parti do princípio que não fosse muito, mas ainda assim fiquei positivamente impressionado.

«”Jamais recebemos fundos do Vaticano, nem de entidades que dependem da Igreja Católica. Isso nos garante independência de organização como previsto em nossos estatutos”, anunciou Riccardo Noury, porta-voz da seção italiana da Amnistia International.»

Agora entendo: foi mais uma das mentiras do Vaticano, que volta a revelar-se como sendo uma instituição sedenta de dinheiro, que não hesita na distorção da verdade, mentindo descaradamente. Agora o alegado estado inequivocamente ditatorial vem apelar às pessoas para que não doem dinheiro à Amnistia Internacional. Estas tentativas de controlo e manipulação metem-me nojo, quer pela mesquinhez dos objectivos, quer pela falta de escrúpulos nos meios usados.

14 de Junho, 2007 jvasco

Ateísmo na Blogosfera

  1. «Bem e mal são classificações que damos a actos voluntários. A algo que se faz, e não algo que é. Dizer que Deus é o Bem é tão disparatado com dizer que Deus é o Espirro.[…]

    Um acto é bom ou mau porque Deus decide, e pronto. Quando no antigo testamento Deus aconselhava os pais a apedrejar as filhas que descobrissem não ser virgens, isso era bom por definição. Supostamente, entretanto mudou de ideias e agora é mau. Ora isto não é ética. É capricho. O bem e o mal não pode ser assim à escolha do freguês. Nem mesmo que seja o Freguês.»(«Ética, parte 3: Deus?… Para quê?», no Que Treta!)

  2. «Quando temos gripe espirramos. Porquê? Uma possibilidade é que espirrar traz ao engripado vantagens que compensam a energia despendida. Mas não há evidência de tais vantagens para quem espirra. Por outro lado, o espirro é óptimo para o vírus. Apanha boleia nas gotinhas e assim espalha-se por vários hospedeiros. A hipótese mais provável é que o espirro é uma adaptação do vírus, e não do hospedeiro. O vírus evolui e adquire características úteis à sua propagação. Fazer espirrar, por exemplo.

    Podemos ver uma situação semelhante em vários conjuntos de memes. É típico das religiões condenar a apostasia e exortar os fiéis a ensinar a sua religião aos filhos. São também comuns os rituais e credos que têm que ser executados ou proferidos sempre da mesma exacta maneira. Nada disto beneficia o crente ou o seu deus. Quem beneficia com a repetição à letra do «Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome…» é esse meme, que assim é propagado com alta fidelidade. Tal como os vários genes de um vírus, os vários memes de uma religião colaboram para a sua propagação. Não em benefício do hospedeiro, mas em benefício daquele conjunto de comportamentos propagados por imitação.»Memes.», no Que Treta!)

  3. «Mas, mais importante ainda, o Museu do Criacionismo desvenda-nos finalmente essa gigantesca conspiração de cientistas por esse mundo fora que se dedicam exclusivamente a propagar esses tenebrosos mitos ateístas, como o são o Evolucionismo ou os diferentes métodos de datação, como por exemplo por Carbono-14.

    Logo à entrada, todos os visitantes são convidados a “penetrar no espírito” do Museu e são aconselhados:
    Não pense, escute somente e acredite“»
    O Museu do Criacionismo», no Random Precision)