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B16 – De JP2 a pior

As multinacionais químicas e farmacêuticas, as que mais se aproximam do Vaticano, diferem na qualidade dos produtos e nos testes de qualidade a que os submetem. Quanto aos negócios há semelhanças embora o director-geral não se imiscua nas campanhas de marketing que deixa ao cuidado do respectivo Director.

No Vaticano o ditador vitalício, farto de fracassos comerciais, da perda de clientela e do fervor que o antecessor disfarçava com as encenações ao ar livre e os batalhões de fotógrafos que o seguiram, pretende relançar velhos produtos regressando às antigas coreografias e ao latim. As indulgências estão desacreditadas, os milagres são fonte de troça e as relíquias apodrecem com o tempo e a falta de fé.

Quanto à música, excluído o cantochão, já se sabia que B16 teme a propensão lasciva de certas melodias que, em absoluto, proscreve dos templos e da proximidade dos Cristos dependurados a quem os abalos eróticos podem romper a tanga.

A avaliar pelas exortações do regedor, o Vaticano continua a combater homossexuais, divorciados e padres casados.

O latim vai entrar em alta mas as manifestações exuberantes de cumprimentos cristãos durante a missa não podem confundir-se com os afagos das casas de alterne.

B16 sabe, como ninguém, que a religião é uma coisa arcaica e nada como o regresso ao passado para restituir o habitat das manifestações litúrgicas e a confiança em Deus. Não às confissões colectivas onde o padre fica sem saber quem dormiu com quem e quem fez mão baixa dos crucifixos de prata que desaparecem das igrejas.

Para já, a ICAR volta aos bons costumes e ao latim. Depois ao medo do Inferno. E, finalmente, às fogueiras da Inquisição. Sem castigos a doer quem tem medo de Deus?

Mas os tempos vão maus para o negócio da fé.