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A mentira das religiões

Quando Deus ordenou a Abraão para lhe sacrificar o filho, o estúpido preparava-se para obedecer ao monstro que trazia em si. Valeu a Isaac que o pai, demente e subserviente a Deus, acabou por vê-lo substituído por outro animal que a cegueira mística projectou no altar do sacrifício.

Pois bem, é desse tresloucado que as religiões do livro se reclamam herdeiras, do louco capaz de sacrificar o filho por uma ilusão, predisposto a derramar o sangue do inocente para obedecer à vontade de um patife imaginado.

Foi o Deus que, no Monte Sinai, havia de obrigar Moisés a descalçar-se antes de revelar a sua vontade e ditar-lhe o futuro da humanidade, em data cuja falsificação é hoje uma evidência, e sentenças que só os doidos acolheriam. Mas o negócio à volta dos livrinhos sagrados originou falsificações ainda mais grosseiras e a perpetuação de Deus.

Neste fim de ano de 2006, em Meca, mais de três milhões de intoxicados do Corão prestam homenagem ao profeta Maomé, um rude pastor de camelos que tinha a mania de falar com Deus. Ainda hoje há desses indivíduos, desde a presidência de grandes nações até – o mais frequente -, aos serviços de psiquiatria. Têm em comum falar com Deus.

Aliás, não é monopólio de uma religião o curto-circuito dos neurónios dos crentes. Uns odeiam o porco porque o profeta, que não era um modelo de asseio, embirrou com o bicho; outros não usam preservativo porque o almocreve de Deus o condena na teologia do látex; muitos fazem jejum; quase todos viajam de joelhos e viram o rabo em sentido contrário ao altar onde julgam que está o Deus que dizem ser omnipresente.

Os muçulmanos não podem urinar virados para Meca; os católicos não podem defecar no Papa; todos temem os padres e fingem que acreditam em deus.

A religião é a latrina da fé onde os homens perdem o senso e ganham medos, onde a razão dá lugar à superstição e a dignidade se submete ao medo.