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Bento XVI reza pela paz

O Sapatinhos Vermelhos, em acto de exibição pública, reza pela paz enquanto o cardeal francês Roger Etchegaray, enviado especial do Vaticano, conduzia orações de um grupo de fiéis no Líbano.

Não sei se Deus ouve melhor as orações feitas no teatro de guerra ou as que, na pacatez do Vaticano, são rezadas por um dignitário com as orelhas sob a tiara.

Fica igualmente a dúvida sobre o que Deus pensa, se pensa, se acaso existe.

Acaba com a guerra porque uns figurões, exoticamente vestidos, disparam orações e acendem velas ou com vergonha da forma como se chacinam os crentes de duas edições diferentes do estúpido livro de que ditou a primeira edição a Moisés no Monte Sinai?

Se acaso as orações têm algum efeito para subornar Deus, por que motivo não as usaram antes do primeiro tiro, da primeira criança assassinada, da primeira grávida morta? E, se Deus é tão bom, como dizem, e omnipotente como apregoam que andava a fazer quando os primeiros mísseis foram disparados e os motores dos tanques aqueciam?

É feio querer ganhar influência política e importância mediática à custa das tragédias.

O Papa, bispos, mulhas, ayatollas e rabis são prostitutos de alterne, proxenetas de Deus, que, como aves de rapina, aguardam a carne putrefacta dos cadáveres para a sua própria sobrevivência.