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B16 – O inveterado celibatário

O jurássico pastor alemão é um apóstolo da violência. Impõe o celibato indissolúvel ao clero e exige a indissolubilidade do matrimónio aos leigos, embora nunca fosse difícil dissolver um matrimónio canónico para quem tivesse dinheiro e influência.

O Vaticano não é um tribunal, é a casa de alterne onde se negoceia o direito canónico.

Quando o arcebispo Emmanuel Milingo se casou, sob os auspícios do reverendo Moon, o Vaticano envidou esforços para que o prelado zambiano rompesse o matrimónio com a esposa, María Sung, e regressasse ao múnus e à obediência a Roma. E conseguiu.

A coerência não é uma virtude apostólica mas a intolerância e a violência são apanágio da fé e o paradigma das religiões.

B16, na pouco gloriosa ofensiva prosélita em Espanha, que ainda julgava protectorado da ICAR, fingiu que foi proteger «a maravilhosa realidade do matrimónio indissolúvel entre homem e mulher, a origem da família», mas foi defender os interesses do Vaticano e o poder do clero espanhol, cooperando com a missa em comícios conjuntos do PP e do Opus Dei.

Este ataque à liberdade individual, em especial ao divórcio, é uma obsessão demente que o actual Papa interiorizou do seu predecessor. Os fanáticos das penas perpétuas não compreendem que a liberdade é um bem superior aos seus preconceitos.