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A mentira da religião

A mentira, se não for contestada, triunfa e torna-se obrigatória se ninguém se opuser. A origem divina do poder apenas foi abandonada quando a correlação de forças se alterou a favor do voto popular, universal e secreto.

A liberdade religiosa conquistou-se com a derrota dos detentores do deus verdadeiro, imposto por métodos persuasivos que tornaram mais prudente a crença do que a dúvida.

O progresso é o caminho percorrido por homens e mulheres em busca da verdade, que exige sacrifícios, contra os preconceitos da fé, que dispõe de cumplicidades poderosas.

Até hoje, o progresso tem feito o seu caminho, às vezes com recuos brutais, mas quase sempre como prenúncio de novos avanços. Mas ninguém tenha ilusões, não há vitórias definitivas nem democracias vitalícias.

A religião é a superstição estruturada e hierarquizada. As religiões começaram por ser movimentos populares e acabaram em empresas de cuja sobrevivência depende o clero.

Não há lei sem sanções tal como não há Deus sem castigos. A ignorância, a angústia e o medo são ingredientes que dão vigor à fé e a punição e o terror são a força que perpetua o poder do clero.

Os homens vivem bem sem Deus mas este não pode prescindir daqueles. Padres, rabis e mullahs terão de procurar ocupação quando as religiões do livro fizerem companhia aos deuses gregos e romanos que dividiam entre si as virtudes e os defeitos dos homens.

A pouco e pouco as mentiras judaico-cristãs vão sendo desmascaradas, bem como o seu plágio mais grosseiro – o islão. As religiões não resistem à erosão do tempo e ao avanço da ciência, mas, à semelhança das feras, serão ferozes no estertor.