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Dia: 14 de Junho, 2006

14 de Junho, 2006 Ricardo Alves

Derrota judicial para o ateu Michael Newdow

O militante ateísta Michael Newdow sofreu, na segunda-feira, uma pequena derrota judicial: a sua queixa, avançada em Novembro, de que as palavras «In God we trust» não deveriam estar inscritas na moeda dos EUA foi derrotada em tribunal. O juiz alegou que o lema nacional estado-unidense («confiamos em Deus») «é secular» e «não tem impacto teológico ou ritualista».

Trata-se do mesmo ateu que desafiou em tribunal a declaração de lealdade («pledge of allegiance») dos EUA, conforme noticiado aqui no Diário Ateísta em várias ocasiões.

Michael Newdow já anunciou que vai recorrer desta decisão.
14 de Junho, 2006 Carlos Esperança

Bento 16 e o nazismo

Ninguém exigia a uma criança que resistisse ao nazismo. Nem a um adolescente.

Nem todos temos vocação de heróis e, muito menos, a coragem e o discernimento para tomar as opções certas, na altura própria, quando o medo e os constrangimentos sociais bloqueiam a decisão.

A situação era ainda mais difícil para quem acreditava numa religião onde a maioria dos bispos e o próprio Papa eram anti-semitas e simpatizantes ou cúmplices de Hitler.

Eis o azar de Ratzinger, a nódoa que cobriu com a sotaina, a cobardia que adorna com a tiara e disfarça com o camauro e os sapatinhos vermelhos.

É perturbador que, um dia, tenha afirmado que «era impossível ter resistido», quando Willy Brandt, por exemplo, resistiu. Mas, enquanto o futuro chanceler amava a liberdade e sonhava com a democracia, o jovem seminarista gostava de paramentos e ambicionava uma carreira eclesiástica.

O mais inquietante é que o Espírito Santo, um espécime zoológico que vive oculto entre conclaves, onde ilumina o bando de cardeais que designa o Papa, tenha decidido que o adolescente pusilânime era ideal para presidir ao Estado totalitário do Vaticano.

B16 é um digno sucessor de Pio 12 como já o demonstrou no fraterno acolhimento à Sociedade S. Pio X, no poder crescente que concedeu ao Opus Dei e na intromissão nos assuntos internos dos países democráticos.

14 de Junho, 2006 Palmira Silva

Submissão: a sequela


Podem ver aqui o filme «Submissão» (10 minutos), escrito por Ayaan Hirsi Ali. O realizador Theo van Gogh foi assassinado por um fanático islâmico devido a este filme. (Vídeo alojado no Google Video)

A sequela do filme «Submissão 2», escrita igualmente por Ayaan Hirsi Ali será lançado em breve e as autoridades holandesas receiam que tal torne a Holanda um alvo da intolerância e violência dos fundamentalistas islâmicos. O filme critica a posição do islamismo em relação à homossexualidade, exactamente a mesma do cristianismo, a única diferença reside em que na maioria dos países em que o cristianismo é maioritário existe, em menor ou maior grau, separação da Igreja-Estado e a homofobia religiosa não é transcrita na lei. Ou seja, não há apedrejamentos até à morte de «sodomitas».

Na quarta-feira foi publicado um relatório do Coordenador Nacional anti-Terrorismo (Nationaal Coördinator Terrorismebestrijding, NCTb) que avisa para a possibilidade de o filme despoletar uma «guerra» dos cartoons.

Considerando que o filme já foi abordado no 4º Encontro de Parlamentares da Organização da Conferência Islâmica (OIC) em que o seu secretário geral, Ibrahim Auf, foi instado a coordenar uma «reacção necessária» a «mais uma jogada insultuosa contra as sacralidades islâmicas» (neste caso a «sagrada» homofobia) e que a primeira parte do filme foi considerada um insulto ao Islão o alerta do NCTb é mais que fundamentado!

Sabendo ainda que os organizadores da «guerra dos cartoons» já tinham apresentado queixa contra uma emissora pública de televisão dinamarquesa, acusada de incitar ao ódio ao Islão por transmitir o filme «Submissão» podemos esperar que aproveitem a sequela do filme para outra jihad. Especialmente se considerarmos que o guerra dos cartoons foi despoletada pelo dossier Akkari-Laban, co-organizado (com Ahmed Akkari) pelo membro do Conselho Coordenador de Imans europeus Ahmad Abu Laban, com ligações ao grupo egípcio al-Gama’a al-Islamiyya, que por sua tem ligações à rede al-Qaeda, que há meses ameaça (em vão) sair da Dinamarca.