Loading

Bento 16 rendeu-se ao bando de Lefèbvre

(cartoon de Zédalmeida)
Bento 16 programou metodicamente a sua «eleição» para Papa. Não se resignou a ser o gato-pingado que dirigia as exéquias fúnebres do pobre diabo do seu antecessor.

Ao contrário de JP2, que cria em milagres, como os garotos em cegonhas que trazem os meninos de Paris, que era ingénuo e acreditava em Deus, e tão dogmático que mandou calar os teólogos progressistas, este Papa é um intelectual.

Sabe que Deus é uma rentável mistificação que aguenta o negócio e alimenta milhares de parasitas em todo o mundo, onde os santos, mártires, missionários e outros piedosos embusteiros dilataram a fé pela violência e pelo medo.

Bento 16 não é o almocreve de Deus, é um parasita que gosta de paramentos suaves e confortáveis, de luxo, pompa, prestígio e, sobretudo, do poder que um Papa tem.

Graças ao Opus Dei – a seita que manda no Espírito Santo -, e aos cardeais que temem o fim da religião a que devem o bem-estar e a ostentação, B16 é Papa apesar da passagem pelas fileiras nazis que para ICAR da época era honra mas hoje se considera vergonha.

O regresso do bando reaccionário dos adeptos de Lefèbre à Mafia de Roma é sinal claro de que a excomunhão de JP2, em 1988, se destinou a apaziguar alguns católicos fiéis ao Vaticano II seduzidos pela modernidade e espírito democrático.

B16 não é apenas o coveiro do Vaticano II, é o algoz da liberdade, o Torquemada dos novos tempos que traz de volta o concílio de Trento e o Vaticano I.

A integração dos excomungados é o corolário lógico de um sucessor de Pio IX que execrou a democracia, a liberdade e o livre-pensamento.

A Cúria romana é um ninho de talibãs. A Fraternidade S. Pio X, do defunto Lefèbvre, que morreu excomungado por Roma, acaba de obter sucesso na OPA (Oferta Pública de Aquisição) lançada sobre o Vaticano, Estado totalitário cujo déspota vitalício é um correligionário.