7 de Agosto, 2025 João Monteiro
Sobre “A hóstia do questionamento”
Ricardo Correia, um jovem ateu, contactou-nos com uma ideia: “e se promovêssemos o ceticismo e a cultura portuguesa num registo descontraído e acessível”? E logo de seguida concretizou: a ideia passaria por “rancho folclórico cético”, que combinasse a estética tradicional dos ranchos folclóricos portugueses com letras que promovessem o pensamento crítico e o humor cético.
Estava lançado o mote que logo concretizou na sua página do facebook e que, com a devida permissão, aqui partilhamos:
Hóstia do Questionamento
(Instrumental tradicional – acordeão abre, toque alegre e animado)
Verso 1:
No terreiro da aldeia, o povo a dançar,
Mas o vinho que eu trago é pra mente acordar.
Não quero promessas, nem dogma a mandar,
Só hóstia de dúvida pra nos alimentar.
Refrão:
Adega cética, filhos da razão,
Bebo o vinho da dúvida, não sigo o sermão.
Com acordeão e palito, vou questionar,
No rancho da verdade, vamos todos cantar!
Verso 2:
O padre e a missa, a festa tradicional,
Mas o santo que eu venero é o meu pensamento racional.
No meio da dança, uma risada solta,
É a ética que muda, a fé que não volta.
Refrão:
Adega cética, filhos da razão,
Bebo o vinho da dúvida, não sigo o sermão.
Com acordeão e palito, vou questionar,
No rancho da verdade, vamos todos cantar!
Ponte:
E se o mundo acabar, antes da próxima festa,
Que eu morra cético, e com alegria na testa!
Nada de mentiras, nem conto do vigário,
Só a luz do conhecimento, o nosso sagrado relicário.
Refrão final:
Adega cética, filhos da razão,
Bebo o vinho da dúvida, não sigo o sermão.
Com acordeão e palito, vou questionar,
No rancho da verdade, vamos todos cantar!
