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9 de Julho, 2006 Carlos Esperança

B16 em Espanha

B16 afirmou, em Valência, que a família é uma «instituição insubstituível nos planos de Deus» e que a Igreja não pode deixar de «promover» os valores da instituição familiar, «para que sejam sempre vividos com sentido de responsabilidade e alegria».

Que sabe o eterno celibatário sobre a matéria? Enquanto os pais mudam as fraldas aos filhos os clérigos andam no negócio da fé e na aprendizagem da vontade de Deus, atrás de uma carreira profissional que B16 percorreu até ao cume.

O Papa, a quem o múnus impediu de constituir família, julga-se perito em matrimónio e bons costumes e no direito de impor as suas concepções sobre a matéria.

A presença do velho inquisidor no país dos Reis Católicos é já uma afronta ao espírito progressista do actual Governo e á democracia que a sua Igreja estorvou enquanto pôde.

O moralismo do teocrata terá de ser visto como uma censura velada à princesa Letícia que levou para a família real um casamento civil e um divórcio anteriores.

Não pode deixar de se considerar um gesto descortês a reincidência num tema que os reis de Espanha já digeriram, vindo de um hóspede a quem a educação e o respeito exigiam outra conduta.

Ao considerar-se o representante de Deus na Terra, B16 transforma um ser inexistente num biltre malcriado capaz de afrontar o Chefe de Estado de um país democrático e um provocador contra as decisões do primeiro-ministro.

B16 devia manter-se no antro para onde emigrou e reduzir o despotismo aos 44 hectares sob a sua tutela.

9 de Julho, 2006 jvasco

Ainda a IURD


Ainda a IURD, sempre a lucrar, enganando os crédulos.

Desta vez, existe quem contra-ataque, mas cabe aos tribunais decidirem se a IURD fica impune.

8 de Julho, 2006 Palmira Silva

Presunção e Bento XVI

Bento XVI não perdeu os tiques inquisitoriais que os anos passados à frente do ex-Santo Ofício lhe imprimiram. Esses tiques associados ao poder absoluto do papado resultaram num ditador autista e petulante.

Assim, e contrariando as expectativas do Carlos que escrevia ontem «Não repetirá a deselegância com que recebeu o embaixador espanhol e não vai faltar ao respeito devido a quem exerce o poder por mandato popular», Bento XVI cometeu uma gaffe imperdoável ao criticar o chefe do governo espanhol, o Zapatero que está a libertar a Espanha das garras opressoras e obscurantistas da ICAR, por este não ir assistir à missa que encerra o «Encontro Mundial das Famílias» organizado em Valência pela Igreja Católica.

De facto, não se percebem as críticas, nomeadamente as declarações ao jornal Corriere della Sera do cardeal italiano Mario Francesco Pompedda, membro da Cúria Romana, que qualificou de «acto de laicismo excessivo» a decisão de Zapatero.

Pensava eu que uma missa era suposta ser a forma de os crentes «comungarem» com a sua mitologia, ora se Zapatero não é um crente que cargas de água faria numa missa? Como é que não ir à missa pode ser qualificado como «laicismo excessivo»? Será que finalmente o Vaticano admite que as missas são apenas comícios políticos, destinados a perpetuar o poder do Vaticano? Ou será que o Vaticano se acha no direito de impôr a todos o catolicismo e merecedora de crítica a opção arreligiosa de alguém?

Por outro lado, a decisão de Zapatero em fazer representar o Governo espanhol na missa pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Miguel Angel Moratinos e pelo ministro da Justiça, Juan Fernando Lopez Aguilar, encarregue das relações entre o Estado e a Igreja, é de uma ironia e requinte de humor que certamente passou ao lado dos dignitários católicos…

De realçar igualmente a intervenção do Arcebispo de Burgos, Francisco Gil Hellín, que aproveitou o evento para ulular contra os «bezerros do poder» – subentendendo-se pelo teor da carpição que o prelado se referia ao governo de Zapatero – que vão «contra a lei natural» nomeadamente ao «modificar e enfraquecer a comunhão do homem e mulher» facilitando o divórcio e a contracepção.

O dignitário católico relembrou as palavras de João Paulo II «se for preciso ir às ruas em defesa do matrimónio e da família, teremos que ir» para advertir que a Igreja Católica não olha a meios para impôr a todos a sua (i)moralidade anacrónica!

8 de Julho, 2006 Palmira Silva

Leitura de Verão

The Catholic Church and the Holocaust, 1930-1965, do historiador Michael Phayer. A capa é a reprodução de um quadro do sobrevivente do Holocausto, Fritz Hirschberger.

Michael Phayer escreveu alguns artigos para o «Holocaust and Genocide Studies», publicado pela Oxford University Press em associação com o United States Holocaust Memorial Museum. Destaco um artigo deste autor publicado no Volume 12, Nº 2, (1998), páginas 233-256 intitulado «Pope Pius XII, The Holocaust, and the Cold War».

Alguns excertos do artigo:

«Questões acerca da liderança moral de Pio XII vieram a lume pouco depois da sua morte em 1958. Estas questões iniciaram-se com as declarações de bispos alemães na altura do julgamento sensacional de Adolf Eichmann em Jerusálem e nas vésperas do concílio Vaticano II em 1960. Julius Doepfner, cardeal de Munique, falou de decisões lamentáveis que foram feitas pelos líderes da Igreja durante a era nazi e os bispos alemães pediram colectivamente desculpa pela inhumana exterminação do povo judeu. (…)

A dificuldade em entender o silêncio de Pio XII em relação ao Holocausto reside no facto de que católicos de todas as posições estavam sempre a lembrá-lo disso. O mais persistente foi Konrad Preysing, bispo de Berlim, que escreveu 13 vezes a Pio XII em apenas 15 meses. Quando Pio XII finalmente respondeu ao seu amigo da era Weimar não era o futuro dos judeus mas o futuro do catolicismo e da Igreja que o preocupava.

E enquanto o Vaticano demonstrou um interesse especial em conseguir libertar os perpetradores do Holocausto, e, como vimos, teve de ser restringido nesse propósito pelo seu enviado, o Bispo Muench, demonstrou pouco ou nenhum interesse na questão da restituição para os sobreviventes do Holocausto. (…)

Se o Holocausto não foi causa suficiente para Pio XII se desligar da Alemanha durante a guerra, não é surpresa que o antisemitismo, a restituição e a aplicação de justiça a criminosos de guerra não fossem as suas prioridades durante a Guerra Fria».

8 de Julho, 2006 Palmira Silva

Igreja Católica e Holocausto: perspectiva judaica

Ao longo da série de posts sobre o Holocausto, em que Pio XII ainda nem sequer foi abordado, a posição pessoal de alguns judeus louvando o Papa é um argumento recorrente utilizado pelos crentes que frequentam estas páginas para tentar, infrutiferamente, defender a versão revisionista da Igreja de Roma sobre a actuação do Vaticano durante a II Guerra Mundial, especialmente sob o papado do referido Papa. As nossas caixas de comentários foram inundadas com cópias repetidas ad nauseam das palavras de judeus proeminentes, Albert Einstein e rabis sortidos entre eles, como se a opinião deles fosse comprovação suficiente de que Pio XII se opôs aguerridamente aos regimes fascista e nazi.

Nenhum dos referidos judeus é um historiador, muitos dos testemunhos que são citados são-no de sobreviventes do Holocausto que foram salvos por católicos. Como escrevi logo na primeira série sobre o tema, o envolvimento do Vaticano com os nazis e seus regimes satélites não nega o facto de que muitos católicos, padres, freiras ou simples leigos, combateram heroicamente os nazis e foram solidários com os judeus e outros perseguidos.

Aliás, se considerarmos que quer a Alemanha – nomeadamente o Sul, o Norte era maioritarimente protestante – quer esses regimes satélites eram países católicos tal era apenas expectável: muitos são os crentes que desde os primórdios do cristianismo não seguem acefala e acriticamente os ditames das hieraraquias religiosas se esses ditames vão contra as suas consciências. E os posts analisam não as posições individuais de católicos mas sim a posição das cúpulas. E é inegável que a actuação das cúpulas da hierarquia católica, nesses países satélites e não só, do Vaticano, de Pio XI e especialmente de Pio XII, o Papa nazi para muitos, é matéria que incomodou e incomoda muitos crentes.

Compreendo que seja difícil reconhecer as culpas e os erros da hierarquia católica para um crente numa religião em que acima da razão e da crítica deve estar a obediência a Deus e aos seus «representantes» na Terra, mas factos são factos e negar e reescrever a História não é a solução para esse incómodo.

Há muitos anos, ainda era eu estudante de licenciatura, tive oportunidade de conhecer um ateu fascinante, sobrevivente dos ghettos e dos campos de trabalho da sua Polónia natal, Roald Hoffmann, um químico que colaborava com alguns professores do Técnico. O Roald, com quem mantive correspondência durante uns anos, era fascinante não só pelo seu trabalho pioneiro numa área que hoje em dia é indispensável a qualquer químico, a química teórica, mas igualmente pelo seu eclectismo de saber. Numa das conversas com ele o tema do post foi exactamente o assunto sobre que nos debruçámos.

O Roald e a mãe foram salvos do destino do pai, assassinado pelos nazis, por um ucraniano que os escondeu até ao final da guerra no sotão de uma escola. Apesar de ele ser uma criança à altura, não esquece nem os horrores por que passou nem a dívida de gratidão para com o seu salvador. O horror desse tempo escondido num exíguo sotão nunca o abandonou, horror exponenciado pela falta de informação, pela incerteza de um quotidiano tornado possível por um único homem, o centro da vida deles durante esse tempo, quasi um Deus omnipotente que podia ditar a sua sentença de morte com uma simples palavra.

Segundo o Roald, um ateu para quem a tradição judaica é importante exactamente por ser um sobrevivente do Holocausto, toda a objectividade para analisar as escassas informações disponíveis à época desapareceu dos sobreviventes face aos horrores da sua vivência e à gratidão por terem sido salvos. Por outro lado, durante o Holocausto, todos os rumores ou boatos que alimentassem a esperança, vindos de que quadrante viessem, eram aumentados e acarinhados em cada transmissão. Por isso, segundo ele, para um sobrevivente era difícil distinguir realidade de ficção especialmente se essa ficção fosse alimentada pelos seus salvadores.

Sendo assim, não é de espantar que muitos relatos de judeus sobreviventes ao Holocausto pela mercê da consciência humanista de católicos estejam tingidos pelos respectivos ordálios e vivências pessoais. Por outro lado, os rumores das tentativas de intervenção da hierarquia católica em favor dos judeus baptizados assim como os boatos (falsos) acerca de intervenções em favor dos judeus franceses causaram demonstrações de agradecimento por parte de lideres judaicos, verdadeiros disparates, como relata o historiador do Holocausto Avraham Milgram*, que atribuiram erroneamente a Pio XII feitos jamais por ele realizados.

Imagem errónea alimentada igualmente pelo facto de que a partir de finais de 1942, depois de ter sido informado pelos aliados que estes pretendiam uma vitória total contra os nazis e se tornou evidente que o conseguiriam, Pio XII decidiu que seria politicamente vantajoso para a hierarquia católica na Alemanha começar a insurgir-se, debilmente, em público contra o massacre de judeus.

Imagem errónea explorada pelo Vaticano no documento de 1998 – Nós lembramos – uma reflexão sobre o Shoah, em que são atribuídas a Pio XII as acções individuais de católicos que salvaram judeus : «[Pio XII] pessoalmente ou através dos seus representantes salvou centenas de milhares de judeus». A esmagadora maioria dos historiadores judeus não engoliu esta tentativa de lavagem da História nem de lavagem da imagem de Pio XII. As cartas individuais de agradecimento a Pio XII de judeus salvos por católicos, escritas a «quente» imediatamente após a derrota nazi, abundantemente citadas ao longo do referido documento, não são aceites pelos historiadores como provas testemunhais objectivas pelas razões que expus.

Na realidade, Pio XII pouco ou nada fez para salvar os judeus e pouco sucesso teve no auxílio a judeus baptizados, considerados membros efectivos da Igreja Católica. As tentativas de obtenção de vistos para a América Latina, católica e fora do conflito, para os católicos não arianos da Alemanha foram infrutíferas devido aos sentimentos anti-semitas da esmagadora maioria dos núncios apostólicos destes países, especialmente os do Chile e Bolívia.

Avraham Milgram Os judeus do Vaticano. A tentativa de salvação de católicos – não-arianos – da Alemanha ao Brasil através do Vaticano (1939-1942). São Paulo, Imago, 1994.

8 de Julho, 2006 Carlos Esperança

B16 visita Espanha

Depois do bombardeamento e massacre de Guernica a visita de B16 é a primeira em que um alemão sobrevoa solo espanhol com ódio comprovado ao Governo legal. Tal como na guerra civil, é um Governo democrático que sofre a ira e os ataques de um teutão.

Quando hoje desembarcar em solo espanhol, com sapatinhos vermelhos, vestes talares e honras de chefe de Estado, B16 é o chefe dos católicos e o adversário provado de Zapatero.

Não repetirá a deselegância com que recebeu o embaixador espanhol e não vai faltar ao respeito devido a quem exerce o poder por mandato popular, mas vai apoiar os bispos em clara ingerência nos assuntos internos de um país livre.

O pastor alemão deve a categoria de chefe de Estado do Vaticano aos acordos de Latrão e a Benito Moussolini, que, então, o seu antecessor considerava enviado da Providência, mas finge que foi Deus quem o investiu no cargo.

A legalização do casamento e direito de adopção por homossexuais, a simplificação do divórcio, o fim das notas escolares para a aula de religião católica e a perda de algumas regalias pecuniárias do episcopado, enraiveceram o teocrata. Parece um mullah com brotoeja à vista do toucinho.

A Espanha que B16 visita já não é o país da pena de morte por garrote, a ditadura que tinha o apoio da Santa Sé, do episcopado e do Opus Dei, é um país plural e democrático onde a maior parte da população se libertou do terror do Inferno e da violência de Deus.

O Papa, que há anos seria recebido em triunfo, é hoje um catalisador de ódios e um perturbador da democracia.

7 de Julho, 2006 Palmira Silva

Outra lenda urbana desmistificada

Ratzinger expressou repetidamente as suas preocupações sobre o futuro da Europa, que considera sob a ameaça da laicidade e do Islão e em que a primeira, ou seja, a exclusão de Deus da vida pública, impede para Ratzinger a única resposta que dará conta da ameaça islâmica, a assunção inequívoca e firme da superioridade do cristianismo.

Por outro lado, são recorrentes as afirmações que depositam na laicidade, na «falta de fé» e consequente – para os cristãos que o sustentem – «imoralidade ocidental», o ónus da «guerra de civilizações» que se vive. Isto é, são muitos os crentes que pretendem que o suposto desprezo dos muçulmanos em relação ao estilo de vida ocidental, suposto desprezo que se traduz no apoio ao fundamentalismo islâmico mesmo pelos devotos do Corão mais moderados, é a causa última do terrorismo islâmico. Isto é, os fundamentalistas cristãos advogam que os muçulmanos teriam «mais respeito» pelos ocidentais se estes últimos deixassem a «fé» permear todos os aspectos da respectiva vida pública, nomeadamente do Direito, ou seja, se o Ocidente emulasse, noutro sistema operativo, o cristianismo, a promiscuidade religião-Estado dos países islâmicos.

Estas afirmações, não mais que lendas urbanas disseminadas e acarinhadas pelos fundamentalistas cristãos, tornam difícil ao cidadão comum perceber que existe o Islão das pessoas normais, a esmagadora maioria, e um Islão fundamentalista, esse sim pasto fértil para o terrorismo. Ou seja, estas alegações passam a imagem que todos os muçulmanos são rábidos terroristas em potência e, consequentemente, alimentaram a islamofobia e a xenofobia, crescentes no Ocidente nos últimos anos. De facto, esta é a resposta expectável ao suposto ódio visceral pelo «decadente» Ocidente que os spin doctors cristãos afirmam ser prevalecente em todo o Islão.

Uma sondagem da Gallup, publicada recentemente, desmistifica esta lenda urbana tão acarinhada pelos fundamentalistas cristãos. De facto, esta sondagem, realizada em 10 países muçulmanos – Marrocos, Egipto, Líbano, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Irão, Paquistão, Bangladesh e Indonesia – indica exactamente o contrário.

A sondagem, que pretende ser alargada até ao final do ano a mais 30 países muçulmanos e abranger mais de mil milhões de inquiridos, indica que de facto não só não há um «ódio cego» ao Ocidente como aquilo que os muçulmanos mais admiram no Ocidente, para além da tecnologia, é exactamente aquilo que os fundamentalistas cristãos pretendem ser a «raíz de todos os males», a liberdade de expressão, de opinião e de religião.

Inquiridos sobre se gostariam de ver incluída na constituição dos respectivos países a garantia da liberdade de expressão, a esmagadora maioria dos sondados em cada país respondeu que sim (p.e, 94% no Egipto, 97% no Bangladesh e 99% no Líbano). Em quase todos os países a maioria é igualmente de opinião que mulheres e homens deveriam ter os mesmos direitos.

Ou seja, os sentimentos anti-ocidentais prevalecentes nos países estudados, dirigidos especialmente aos Estados Unidos, não têm rigorosamente nada a ver com o estilo de vida ocidental, muito menos com a laicidade, liberdade de opinião e expressão, como pretendem os fundamentalistas cristãos que aproveitam o terrorismo islâmico como forma de coacção psicológica para angariar clientela.

Não é como nos comportamos individualmente o alimento das supostas «guerras de civilizações», mas sim como agimos como Estado, isto é como agem os Estados ocidentais em alguns países islâmicos (e não só, como Guantanamo confirma)! Assim, a sondagem reforça o que sempre temos afirmado no Diário Ateísta: a única forma de ultrapassar a actual crise é a defesa intransigente da laicidade e dos direitos humanos!

Combater o fogo com o fogo como pretendem os fanáticos cristãos, ou seja, combater o fundamentalismo islâmico com fundamentalismo cristão, é completamente contraproducente! E destruiria qualquer esperança de paz neste conturbado planeta…

6 de Julho, 2006 jvasco

A Alma, essa superstição

Já não é a primeira vez que faço aqui publicidade ao excelente Dicionário Céptico (tradução em português aqui), uma página de internet onde se encontram centenas de entradas (desde Abracadabra até Zombies), explicando e desmontando, com recurso a uma bibliografia muito completa, as várias superstições que polulam por aí (área 51, astrologia, Atlântida, negação do holocausto, numerologia, Uri Geller, Yeti, etc…).

Recentemente, enquanto dava uma vista de olhos, tropecei na entrada relativa à alma (tradução aqui), e aproveitei a oportunidade para fazer novamente alguma publicidade a este recurso indispensável que é o Dicionário Céptico.