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17 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Bento XVI e a palestra de Regensburg II

Há uns tempos, e a propósito da «guerra dos cartoons», escrevi que a liberdade de expressão é o valor em que assenta a nossa sociedade democrática e livre. Foi a liberdade de expressão que pemitiu a abolição da escravatura, a instituição da democracia, a igualdade de direitos para todos, independentemente de cor da epiderme, credo, sexo ou opção sexual. Não precisamos de «lições» de comportamento de sociedades que não respeitam os mais elementares direitos humanos, onde as mulheres são sub-humanos sem quaisquer direitos, a não ser o apedrejamento por suposto adultério, o mesmo destino dos homossexuais! Ou seja, estou plenamente de acordo com o Carlos Abreu Amorim (CAA), pelo que a hiperligação no post anterior está francamente mal colocada, facto pelo qual peço desculpa ao CAA.

No entanto, embora seja a primeira a defender o direito à liberdade de expressão do Papa – e a primeira a criticar os seus apelos para que a liberdade de expressão dos ateístas seja coarctada – não posso deixar de achar divertido que uns escassos dias depois de perorar contra esta, chamando cinismo à ideia de que é «um direito da liberdade ridicularizar o sagrado» – nem sequer admitindo que não exista «sagrado» para uma fracção considerável da população europeia – Ratzinger produza (cinicamente?) este tipo de palestra.

E considero complicado que um profissional da religião, que reitero ser na minha opinião o Papa mais inteligente que ocupou o trono papal, um especialista em teologia dogmática que dirigiu durante décadas a ex-Inquisição e analisou ao pormenor textos e declarações sortidas em busca de ideias «hereges», que analisou aprofundadamente o Islão em pelo menos dois livros, tenha sido simplesmente desastrado numa alocução que foi certamente vista e revista por outros profissionais da fé. Alocução que, dados o mediatismo da visita e a conjuntura actual, o Vaticano sabia ir ser dissecada e analisada por todo o Globo. Isto é, acho complicado que Ratzinger não previsse as reacções dos profissionais da fé da concorrência. Especialmente uns escassos meses depois da «guerra dos cartoons»…

Mas há muito que só os mais desatentos poderiam achar que o actual Papa, o autor de Dominus Iesus, que afirmou que o «verdadeiro» cristianismo apenas «subsiste na Igreja Católica», de facto considere que todas as religiões merecem ser igualmente respeitadas. Muito menos alguém, mesmo muito desatento, o poderia confundir com um defensor da liberdade de expressão…

Chamar «erotismo espiritual» ao budismo ou afirmar que o hinduismo se baseia num conceito «moralmente cruel», não é exactamente coerente com o seu apelo durante a guerra dos cartoons de que é «necessário e urgente que as religiões e os seus símbolos sejam respeitados». Diria que este apelo se refere apenas à religião católica e respectivos símbolos. Aliás, certamente por coincidência, no rescaldo da «guerra dos cartoons» uma revista ligada ao Opus Dei publicou um cartoon de Maomé francamente mais directo que aqueles na origem da dita guerra. Curiosamente muito na linha da citação do imperador bizantino Manuel II Paleólogo…

E de qualquer forma, os 3 parágrafos dedicados ao Islão, que Bento XVI lamenta profundamente terem sido mal entendidos, expressam apenas o pensamento de Ratzinger sobre o islamismo, abordado, por exemplo, no livro que ilustra este texto ou no «Values in Times of Upheaval» (Valores em tempos de crise).

Em síntese, concordo com os dois Carlos, o CAA e o Carlos Esperança, apenas acrescento que para além da liberdade de expressão, que apenas a laicidade assegura, é esta que importa e urge defender. E o ataque à laicidade foi o tema principal desta palestra de Ratzinger. O que passou despercebido dadas as reacções islâmicas e importa analisar!

(continua)
16 de Setembro, 2006 Carlos Esperança

Em defesa do Papa B16

A revolta muçulmana contra Bento XVI apossou-se dos países islâmicos tendo como pretexto um discurso papal na Universidade de Ratisbona no sul da Alemanha.

O Papa, que conhece bem a intolerância da sua própria Igreja, citou um diálogo entre o Imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1391) e um erudito persa em que o primeiro pedia ao segundo que lhe desse um exemplo de algo de novo que o mundo devesse a Maomé e que só encontraria coisas «más e desumanas» como a «ordem de expandir com a espada a fé que ele pregava».

O Papa acrescentou ainda que a jihad contraria Deus e considerou irracional defender a fé com violência, como se essa não fosse prática habitual das religiões, incluindo a sua.

Logo uma legião de clérigos ululou no Egipto, Irão, Paquistão e Iraque. Que as palavras do Papa «incitam ao terrorismo» – dizem os líderes sunitas, que desconhece a «tolerante religião islâmica» verberam os Ayatollahs do Irão.

E a verdade é que o Papa tem razão. Por mais que agora levante o vestidinho e mostre os sapatinhos vermelhos e as meias a condizer, disse o óbvio ululante. Aliás, os Papas seus antecessores, igualmente santos, pregaram a guerra, «numa das mãos a espada e na outra a cruz», como ora fazem os terroristas dos vários credos, com particular regozijo do Islão, e, de forma mais subtil, os bispos na luta contra a laicidade e o ateísmo.

É uma evidência que o proselitismo anima a clericanalha de um lado e outro. O sangue é o alimento predilecto do Deus de qualquer deles. O martírio é a demência com melhor cotação na bolsa de valores do Paraíso. «Crês ou morres» é a divisa criada pela ambição demencial dos beatos das religiões do livro.

Não se percebe a onda de indignação. É mais um número equivalente ao das caricaturas do boçal pastor de camelos. Da parte do Papa apenas os métodos são mais suaves após a desconfiança e desprezo a que o votaram as sociedades secularizadas.

Mas não se pense que a violência é exclusiva de uma religião particular, é o ópio que anima as multidões de crentes fanatizados na infância pela clericanalha ao serviço de um Deus qualquer para que os homens vivam de rastos e morram de joelhos.

O que está em causa é a liberdade de expressão, independentemente da luta que a clericanalha cristã e islâmica travam pela hegemonia no mercado da fé.

É essa liberdade que o laicismo assegura e que tem de ser defendida.

16 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Bento XVI e a palestra de Regensburg

A recente aula magna de Ratzinger na Universidade de Regensburg já fez correr muita tinta e parece prestes a despoletar outra «guerra dos cartoons» ou melhor, outra «cruzada». De facto, a citação por Ratzinger do diálogo entre o imperador cristão bizantino Manuel II Paleólogo (1391) e um erudito persa sobre as convicções do cristianismo e do islamismo, mais concretamente da passagem em que o governante disse «Mostra-me o que Maomé trouxe de novo, e verás apenas coisas más e desumanas, como a sua ordem de divulgar a fé usando a espada» tem acendido o mundo árabe com manifestações semelhantes às que ocorreram aquando da guerra dos cartoons, a única diferença é que agora queimam efígies do Papa em vez de bandeiras dinamarquesas.

Acho extremamente divertido ver um papa que se esganiça a verberar contra a presunção da secularizada sociedade ocidental de que é «um direito da liberdade ridicularizar o sagrado» e quer ver proibido o direito ao que considera blasfémia – basicamente o direito de ateus e agnósticos expressarem o que pensam sobre as patetadas das religiões – ser acusado de blasfémia e ofensa à religião por adeptos da concorrência. Especialmente se lembrarmos a reacção do Vaticano à guerra dos cartoons, uma ululação de que é «necessário e urgente que as religiões e os seus símbolos sejam respeitados e que os crentes não sejam alvo de provocações que firam a sua iniciativa e os seus sentimentos religiosos».

E mais uma vez aguardo com um frémito de antecipação a prosa sobre o tema dos escribas católicos da nossa praça que exigiram estridentemente «respeito» às crenças religiosas na questão dos cartoons. Embora não esteja a ver como irão assacar esta nova guerra a «provocações dos fundamentalistas laicos do Oeste», os oxímoros «fanáticos» laicos que cometem a heresia de defender «o humanismo laico, a democracia participativa, a cidadania vigilante e os direitos do homem».

Mas o discurso do Papa merece uma análise mais aprofundada que não apenas a citação que inflama o mundo muçulmano. Inflamação sem qualquer sentido já que Ratzinger – ele próprio um fundamentalista mas dos «bons» – apenas criticou o fundamentalismo islâmico tendo o cuidado de destacar as diferenças entre o Islão moderado e o fanático. Ou seja, as reacções do mundo islâmico à condenação pelo Papa da violência religiosa em nome de Allah são um tiro no pé porque para além de sugerirem que de facto não há Islão moderado apenas confirmam «os piores estereótipos islâmicos de violência e espada» ou seja, que a violência e a «guerra santa» são indissociáveis do Islão.

Na realidade, o discurso do Papa foi uma obra prima semântica em que a crítica ao Islão, tema a que dedicou apenas três parágrafos de uma palestra de meia hora, foi secundária e o tema principal foi a crítica da laicidade e da ciência. Pessoalmente considero que todas as sílabas desta palestra com efeito duplo foram cuidadosamente estudadas e provocaram exactamente as reacções pretendidas. Por um lado, o mundo muçulmano, que aproveita qualquer pretexto para se manifestar violentamente contra o «infiel» Ocidente, caiu como um patinho nesta extremamente hábil e suposta provocação que não o é numa leitura mais atenta. Assim como cairam como patinhos ateus, agnósticos ou crentes laicos que reagiram a mais esta demonstração da intolerância e violência islâmicas apoiando incondicionalmente Bento XVI. Que, em minha opinião, era a reacção desejada por Bento XVI: ser considerado o bastião da defesa contra o fundamentalismo islâmico por todos os europeus conscientes do perigo que este constitui!

Vale a pena ler a resposta oficial do Vaticano, expressa pelo porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, às acusações imbecis dos dignitários muçulmanos, que evidencia exactamente isso:

«A propósito das reacções de alguns representantes muçulmanos acerca de certas passagens do discurso do Santo Padre na Universidade de Regensburg, é oportuno observar que, como se depreende de uma atenta leitura do texto, o que interessa ao Santo Padre é uma rejeição clara e radical da motivação religiosa da violência. Certamente não foi intenção do Papa fazer um exame profundo da jihad (guerra santa) e do pensamento muçulmano, muito menos melindrar os fiéis muçulmanos».

(continua)
16 de Setembro, 2006 Palmira Silva

Façam barulho por Darfur


Não esqueçam: amanhã é o dia global de acção por Darfur. Este domingo milhares de pessoas por todo o globo participarão na maior iniciativa por Darfur jamais realizada desde o início do conflito em 2003.

Façam barulho por Darfur, pelos civis de Darfur que têm sofrido três anos de conflitos armados, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, a maior parte às mãos das forças do governo do Sudão e das milícias Janjaweed.

Façam barulho contra a limpeza étnica dos sudaneses negros não muçulmanos em curso desde 2003, que matou quase meio milhão de pessoas e deixou mais um milhão e meio de Darfurianos dependentes da ajuda humanitária, tanto no que diz respeito à nutrição, como a alojamento e a cuidados médicos. A juntar a esta situação, o aumento da insegurança tem levado a que muitos destes refugiados não tenham acesso a ajuda humanitária.

Não deixem o mundo esquecer Darfur!

15 de Setembro, 2006 Ricardo Alves

Jónatas Machado e a Genética de Populações

«No texto publicado no dia 8 no jornal «O Público», Jónatas Machado afirma:

«Os criacionistas não confundem variação adaptativa e especiação (que todos podem ver) com evolução (que nunca ninguém viu)».

Esta é uma afirmação curiosa se tivermos em conta que evolução é a variação das frequências dos genes numa população ao longo das gerações. Ou seja, aquilo que JM chama «variação adaptativa e especiação» são exemplos de evolução. Penso que é por não quererem confundir evolução com evolução que os criacionistas acabam por ficar tão confusos.

Mas vejamos esta afirmação no contexto do que JM escreve mais atrás:«Os criacionistas não disputam os resultados das observações científicas feitas no presente. Todavia, o passado distante não é observável nem repetível.»

Talvez o que JM queira dizer é que apenas devemos aceitar aqueles aspectos da evolução que conseguimos observar no presente e repetir, e que devemos recusar tudo no que pretende explicar o passado. Mas há duas falhas graves neste argumento.

Primeiro, JM levanta o problema de não conseguirmos observar nem repetir o passado. Eu observei que os meus filhos nasceram, e o nascimento de um ser humano é algo repetível e observável no presente. Mas pelo argumento de JM eu nunca podia inferir que a minha avó nasceu, porque o seu nascimento não é nem observável nem repetível. Isto é absurdo. O que importa é que o processo de nascimento é observável e repetível, e por isso posso usá-lo para explicar a origem da minha avó, mesmo que o seu nascimento em particular não seja nem observável nem repetível.

A evolução é um caso análogo, pois a especiação, que é o nascimento de uma nova espécie, é observável e repetível como processo. O nascimento da minha avó, ou de uma espécie há centenas de milhões de anos, já não é observável nem repetível. Mas é legítimo explicar estes acontecimentos pelos processos que observamos repetidamente no presente. E isto é essencialmente o que a genética de populações nos diz, que a evolução não é mais que o acumular destas variações, adaptações, e especiações, tal como a minha família, por muitas gerações que tenha, é uma longa sequência de nascimentos.

O outro problema no argumento de JM é a premissa implícita que para que o criacionismo seja aceitável basta apontar erros na teoria da evolução. Por muito arriscado e falível que seja explicar acontecimentos passados com base no que se observa no presente, é ainda mais arriscado e falível explicá-los com base em histórias escritas por pessoas que também não os observaram. O que é que os antigos Hebreus sabiam acerca dos trilobites e dinossáurios que nós não sabemos hoje em dia?

Em conclusão, e apesar da tentativa de JM de nos persuadir do contrário, a genética de populações explica a origem e evolução das espécies duma forma bastante mais fiável que a interpretação bíblica

15 de Setembro, 2006 Ricardo Alves

Joseph Ratzinger: «Deus aparece nas contas sobre o homem e sobre o universo»

Na homilia de terça-feira em Ratisbona (já mencionada pela Palmira), Ratzinger não evitou criticar a ciência, uma das suas preocupações assumidas nos tempos mais recentes. Deve, porém, notar-se que o texto divulgado foi lido numa missa, e por isso tem sobretudo uma função litúrgica, ao contrário do discurso de Wojtyla que analisei recentemente, e com o qual JP2 pretendia interpelar os cientistas.

As presumíveis reflexões de Castelgandolfo emergem em dois parágrafos. Ratzinger começa por preocupar-se porque «uma parte da ciência se dedicou a buscar uma explicação sobre o mundo na qual Deus seria desnecessário». Acrescenta que «se isso fosse assim, Deus seria desnecessário em nossas vidas». Arrisca muito, porque liga a necessidade de «Deus» na vida das pessoas (que eu aceito, como «conforto emocional») à necessidade na ciência (que já não é aceitável). O pior vem imediatamente a seguir: «Mas cada vez que parecia que este intento havia conseguido êxito, inevitavelmente surgia o evidente: as contas não batiam. As contas sobre o homem, sem Deus, não batem, e as contas sobre o mundo, sobretudo o universo, sem Ele, não batem». Esta passagem presta-se a ser ridicularizada: Ratzinger ganhará um lugar na História como o Papa que meteu «Deus» nas contas da física e da biologia. Só é pena que não nos diga que contas são: serão as equações de Einstein? Ou serão diagramas de Feynman? Termodinâmica? As equações diferenciais que se usam em certos ramos da biologia ou da neurologia? Contas de mercearia? Que eu saiba, a cosmologia não necessita de «Deus» para calcular a idade do universo ou a distância a que se encontram as galáxias. E não é necessário «Deus» algum para compreender o que é a tuberculose ou para estudar as funções do córtex cerebral. Portanto, não se compreende do que fala Ratzinger, se é que ele próprio compreende do que está a falar. Para a próxima, é melhor que explicite em que parte das «contas» teve que inserir «Deus» (coisa que nenhum cientista alguma vez reportou ter feito, já agora…).

Mas continuemos com o (confuso) arrazoado de Ratzinger: «apresentam-se duas alternativas: O que existiu primeiro? A Razão criadora, o Espírito que faz tudo e suscita o desenvolvimento, ou a Irracionalidade que, carente de toda razão, produz estranhamente um cosmos ordenado matematicamente, como o homem e sua razão. Esta última, contudo, não seria mais que um resultado casual da evolução e, portanto, definitivamente, também racional. Como cristãos, dizemos: «Creio em Deus Pai, Criador do céu e da terra», creio no Espírito Criador». As alternativas apresentadas são essencialmente um jogo de palavras, mas Ratzinger parece querer dizer que a «irracionalidade» (seja lá isso o que for no contexto de uma interrogação sobre as origens) não pode «produzir» a racionalidade (idem). É um argumento do género «o complexo não pode produzir o simples» ou «a ordem não pode surgir da desordem». Porém, existem vários exemplos do contrário nas ciências da natureza (e é no contexto da ciência que Ratzinger coloca as suas «alternativas»…).

Resumindo: aparentemente, Ratzinger não meditou tão profundamente nas questões epistemológicas como Karol Wojtyla. Se só tem para oferecer jogos de palavras e raciocínios tão pobres, não merece a reputação de intelectual culto que lhe têm construído.
15 de Setembro, 2006 Palmira Silva

O planeta Éris e a sua lua Disnomia


Certamente que todos recordam a reunião em Agosto da União Astronómica Internacional (UAI) onde foi proposta uma nova definição de planeta. Esta nova definição, que resultou na «despromoção» de Plutão para planeta-anão, não foi aceite unanimemente pela comunidade científica, e já existe numa petição assinada por mais de 300 astrónomos contestando esta nova definição.

A polémica em torno da definição de planeta, embora presente desde a descoberta de Plutão, foi catapultada com a descoberta de um corpo maior que Plutão por Michael Brown, do Caltech. Esse corpo recebeu a designação provisória 2003 UB313, designação atribuída automaticamente de acordo com as regras da UAI.

No entanto, como existiam dúvidas sobre se o UB313 seria classificado como planeta, a UAI não autorizou um nome «comum», já que como planeta deveria ser nomeado a partir do panteão de deuses greco-romanos. Brown chamou-lhe Xena para consumo interno – em homenagem à série televisiva Xena, A Princesa Guerreira – e embora o nome tenha «pegado» nos media internacionais, não era um nome aceitável pela UAI de forma que Brown submeteu dia 6 de Setembro o nome oficial Éris.

O nome foi aceite há 2 dias e assim Éris – a deusa grega da discórdia, famosa na mitologia grega via guerra de Tróia – é o nome oficial do planeta-anão anteriormente conhecido como Xena. O nome proposto para a lua de Éris, Disnomia – a filha de Éris que simbolizava a desordem civil e falta de lei – foi igualmente aceite. Lucy Lawless (Lucy sem lei), a Xena da série televisiva, é assim homenageada de forma indirecta.

Vale a pena ler sobre o tema este artigo de Phil Plait, um astrónomo que, como muitos outros cientistas nos Estados Unidos, segue atentamente os dislates e a guerra anti-ciência dos dominionistas cristãos. Plait desmistifica no Huffington Post mais um ataque acéfalo dos devotos cristãos, neste caso uma diatribe imbecil de um devoto criacionista que vê nos nomes escolhidos por Brown um manifesto político óbvio, isto é, mais uma manobra dos ateus e «canhotos» cientistas para criticarem Bush e a guerra do Iraque…

15 de Setembro, 2006 jvasco

Água

Estreou ontem, e felizmente fui ver.

O filme é lindo e aconselho-o vivamente a todos.

O sofrimento causado por preconceitos religiosos (hindus) e o impacto que estes têm entre as viúvas é algo que o filme foca com grande proeminência, e é o meu pretexto para deixar neste espaço este conselho.

15 de Setembro, 2006 jvasco

A qualidade técnica não está das melhores, mas…

…cá está a minha contribuição.

A uma causa que deveria merecer muito mais preocupação do que aquela que existe. O silêncio dos media e a indiferença das pessoas são quase criminosos.

Por favor, não deixem de tomar contacto com esta causa.
Não deixem de divulgar esta mensagem: