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24 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Quando a fé os torna criminosos

A informação do Diário de Notícias, do passado dia 19, arrisca-se a cair no olvido.

A divulgação da passagem, por Portugal, de radicais islâmicos que tentaram recrutar terroristas para a guerra santa ‘jhad’, é agora divulgada pelo líder espiritual da própria comunidade de Lisboa, David Munir.

Não está em causa o carácter pacífico do xeque Munir cujo bom senso pode ser relevante para refrear a fé dos mais prosélitos, o que está em causa é o carácter do Islão, a obstinada vocação para o sectarismo e a violência, a mania de querer a humanidade de rastos, virada para Meca.

Pelo artigo do DN ficou-se a saber que os terroristas estiveram em Portugal e, deduz-se, foram pregar a outro país por falta de adesão. Ora, num mundo globalizado, na Europa comum, um bando de angariadores de terroristas, que não é denunciado às autoridades, contribui para a insegurança e fica com caminho livre para angariar, noutro país, novos mártires de Alá.

Quem, na altura, por solidariedade religiosa ou por cobardia, ocultou a passagem do bando e permitiu livrá-los da polícia e dos tribunais, é objectivamente cúmplice dos crimes que a sua militância possa vir a provocar.

Se não houver uma intensa mobilização colectiva contra o terrorismo, tanto mais grave quanto mais profunda for a devoção, os alicerces da democracia e as bases da nossa civilização correm efectivo perigo.

Não se pode ser mais permissivo com os crimes de natureza religiosa do que com a actividade delituosa de outra natureza. Independentemente do tempo que já terá passado, é urgente que as polícias europeias identifiquem esses facínoras, os detenham e os entreguem à justiça.

Carlos Esperança

15 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Em Roma sê romano

O Santuário de Fátima, que ontem acolheu 250 mil fiéis no final da peregrinação, também atraiu um número elevado de ladrões. Nos dois dias, a GNR surpreendeu 17 carteiristas – um recorde nos últimos anos –, cinco dos quais em flagrante delito.

13 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Diário Ateísta

O Diário Ateísta esteve desactivado durante vários dias por razões não esclarecidas.

 Pedimos a compreensão dos leitores, apresentamos desculpas e prometemos não nos render.

12 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Problemas técnicos

Como devem ter reparado, o Diário Ateísta, nos últimos dias, esteve em baixo devido a problemas técnicos. Por isso, pedimos desculpas aos nossos leitores e esperamos continuar a servir-los com uma boa dose de heresia.

3 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (8)

A criação da nova associação encheu de júbilo os humoristas e de raiva os beatos. Os primeiros divertem-se com os que negam um ser superior que interfere nos resultados financeiros, na saúde do canastro e na gravidez da mulher cujo óvulo se fecunda com uma bilha de azeite prometida a um santo.

Os segundos temem o efeito devastador do ateísmo nos milagres que forjam a cadáveres em adiantado estado de putrefacção, em pior estado do que a Igreja que tem de recorrer a tão grosseiros estratagemas para segurar a clientela.

Entre o júbilo e a raiva, entre os que preferem rir de pé e os que expulsam a bílis de joelhos, os ateus avançam para uma associação. Somos os infiéis de todos os credos, os inimigos predilectos das sotainas, os alvos preferidos dos parasitas de deus. Os livros sagrados onde se inspiram os guardiães da vontade divina são calhamaços vazios de humanidade, normas de conduta para masoquistas e ameaças para timoratos que uma legião de clérigos explora, enganando e conduzindo ao inferno do medo e da sujeição.

Uma associação de ateus não tem a cimentá-la o pensamento único porque é formada por livres-pensadores. Facilmente se criam divergências e o proselitismo não é o forte.

Descansem as almas pias que não encontrarão à noite, junto ao domicílio, um casal de ateus a convencê-las da Boa-nova. Não vamos distribuir dados laboratoriais sobre as hóstias, antes e depois de consagradas. Não prometemos o Paraíso através do dízimo, não vão para o Inferno se faltarem ao encontro de ateus, não pecam se virararem o rabo para Meca ou para o Vaticano e, por mais que se riam da virgindade de Maria, da bondade do Papa ou das virtudes dos sacramentos, não aumentam as probabilidades de lhes sair o totoloto.

Há formas mais divertidas de viver do que frequentar os templos e a virtude dos padres, quando existe, não é uma garantia da bondade do seu deus.

Ser ateu é, apenas, renunciar à chantagem da morte, ao medo da felicidade e da vida, ao terror do Inferno e outros medos pios com que o clero ganha a vida e flagela os simples.