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Categoria: Não categorizado

17 de Março, 2009 Luís Grave Rodrigues

O Ícone

                             

16 de Março, 2009 Carlos Esperança

Previna os acidentes a fritar peixe

Com azeite Condestável a D. Guilhermina de Jesus não teria queimado o olho esquerdo. Mas um santo mais, vale o sofrimento.

Com azeite Condestável a D. Guilhermina de Jesus não teria queimado o olho esquerdo. Mas um santo mais, vale o sofrimento.

15 de Março, 2009 Carlos Esperança

Bento 16 – Papa integrista

Ainda cardeal, Bento XVI autorizou ensaio em revista ultradireitista

Arquidiocese de Viena dizia que texto tinha saído sem autorização.
Versão obtida pela revista “Der Spiegel” contra outra história.

***

Há quem tenha visto na reintegração dos seguidores do bispo fascista Marcel Lefebvre na Igreja católica a reabilitação efectuada por Bento 16 das posições anti-semitas e antidemocráticas do bando fascista.
É uma injustiça para com o Papa e uma ofensa ao Vaticano. É insinuar que o Papa não é anti-semita e antidemocrata. É insinuar que o Vaticano é um bastião da liberdade e um santuário do livre-pensamento.

Não há a mais leve suspeita sobre a simpatia de B16 pelos princípios democráticos nem o mais leve indício de que seja contra o anti-semitismo.

Aliás, o regresso ao latim indicia a sintonia fraterna com o bando dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) fundada em Êcone, no ano de 1970, por retaliação às reformas do concílio Vaticano II.

O patrono escolhido para esse movimento foi o indício seguro do desvario reaccionário dos primatas tonsurados de Êcone. Pio X, papa de 1903 a 1914, foi um violento opositor à modernidade.

Os que dizem que o papa Ratzinger exige que os bispos da FSSPX aceitem as decisões do Concílio Vaticano II mentem e ofendem-no duplamente. Em primeiro lugar, porque em Junho de 2008, Bento 16 renunciou à exigência de que esses clérigos admitissem as decisões do Concílio Vaticano II e jamais, ele próprio, deu sinais de se conformar com tais deliberações, nomeadamente quanto à liberdade religiosa.
Bento 16 é fiel à memória de Lefebvre, aos elogios que ele fez a Franco, Pinochet e Le Pen e não pode deixar de se embevecer com um dos seus últimos sermões, em 1990: «O ateísmo baseia-se na Declaração dos Direitos Humanos».

Há quem pretenda, por cautela, fazer crer que Bento16 é um extremista razoável, uma espécie de talibã de rosto humano. É um estratagema para conservar os crentes que desconhecem a maldade do Vaticano e o pensamento do Papa.

11 de Março, 2009 Carlos Esperança

À TELEPAC

Dois dias sem Internet. Foi o regresso ao candeeiro a petróleo com os correios em greve. Não se pode dizer que não sobrevivi, a prova é este regresso, mas foi duro.

Não pude comunicar com amigos, editar prosa ou defender ideias. E o gosto pela escrita sumiu-se na arreliadora espera e na incompetência do servidor para resolver o problema.

Até descobri, com chamadas telefónicas pagas à minha custa, que há uma empresa fora da Telepac que resolve avarias… pagando, claro, 11 euros.

A tudo me sujeitava mas a avaria era na central, a empresa não podia resolver a avaria, eu era a única vítima e a demora podia durar três dias. Mas eu dependo da Internet, argumentei, e os funcionários, para ganharem tempo perguntavam-me o username e eu, descoroçoado, sei lá o que isso é ou onde pára, exasperava e repetia-lhes o número de contribuinte, obrigavam-me a repetir o número de telefone que antes uma gravação me tinha intimado a introduzir, antes de ouvir qualquer voz humana, enfim, um processo kafkiano que de tempos a tempos se repete e que, por incúria e medo não me atrevo a mandar a Telepac para onde o deputado do PSD, da escola do Prof. Charrua, mandou o deputado do PS.

Só falta dizer que a avaria não era na central. Era em casa. Bastou a chegada de um técnico para desligar uma ficha e voltar a ligar.

Assim pudesse desligar as superstições das pessoas. Sem voltar a ligá-las.

9 de Março, 2009 Luís Grave Rodrigues

Uma questão de opção ética


A menina tem 9 anos de idade.
Vive perto de Recife, no Brasil.
Descobriu-se agora que o padrasto, de 23 anos, há cerca de 3 anos que a violava regularmente.

 

O padrasto está agora em prisão preventiva.
Também violava uma irmã da menina, de 14 anos de idade, deficiente física e mental.
Antes de ser preso quase foi linchado pelos vizinhos, enfurecidos com esta tenebrosa revelação.

 

Acontece que a menina de 9 anos estava grávida.

De gémeos.

 

O médicos foram peremptórios; ou a menina abortava ou morria.

E com ela, como é óbvio, morreriam também os bébés de que estava grávida.
Aos 9 anos de idade o seu corpo franzino e subnutrido não tinha estrutura física para suportar uma gravidez.
Ainda por cima de gémeos.

 

Foi feito o aborto.

Seria até demasiado estúpido não o fazer.
Na sua inocência roubada desde os 6 anos, a menina nunca soube nem se apercebeu que estava grávida.
Disseram-lhe que tinha sido operada a outra coisa qualquer.

Primeiro através das autoridades brasileiras e depois pelo próprio Vaticano, a posição da Igreja Católica sobre este assunto não se fez esperar: não sem antes ter sido tentado impedir o aborto junto das autoridades judiciárias brasileiras, de imediato a mãe da menina e os médicos que realizaram o aborto foram excomungados.

Aliás, “latae sententiae”, que é como quem diz automaticamente e pela prática do próprio acto.

Gianfranco Grieco, o presidente do Conselho Pontifício para a Família, afirmou que a «Igreja não pode “trair” sua postura tradicional de defesa da vida até seu fim natural, mesmo que trate de um drama humano como a violência sobre uma menina».

Como é óbvio, o que está aqui menos em causa é excomunhão.
Tal como o exorcismo, o baptismo ou as unções várias, todas essas crendices tão primitivas como pacóvias fazem parte do profundo ridículo que constitui a imbecilidade dos rituais católicos.

O que está aqui em causa é a posição ética de quem pensa que tem autoridade para impor aos outros os seus princípios e os seus dogmas religiosos.

O que está aqui em causa é a posição ética de quem defende que a VIDA de uma criança de 9 anos, uma menina franzina e subnutrida, cuja infância lhe foi roubada por uma facínora qualquer, deve ainda ser sacrificada em nome de um dogma imbecil.

Mas o que está aqui também em causa é a posição ética de quem se conforma e até se identifica plenamente com tudo isto e, no final, tem a coragem e o autêntico desplante de continuar a intitular-se… católico!

    

7 de Março, 2009 Raul Pereira

Exercício…

Frequente:

Ontem, uma vez na vida:

(…)