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13 de Abril, 2012 José Moreira

Ateus e “ateus”

De vez em quando, aqui nas páginas do D.A. aparecem comentadores a verberar o Hugo Chávez mai-lo seu ateísmo. Outros há que proclamam a existência do “neo-ateísmo”.

Confesso que nunca consegui saber o que é o “neo-ateísmo”, isto considerando a essência do que é ser ateu: negar a existência de deuses o que, no meu entender, não se compagina com a hipótese “neo”. Ou se nega, ou se admite.

Pelos vistos, estava enganado! O señor Hugo Cháverz veio, afinal, explicar o que é o “neo-ateísmo”: é o ateísmo dele, Hugo Chávez, conforme ele explica (e bem!) aqui.

12 de Abril, 2012 José Moreira

Não se gramam…

Pelos vistos, tudo o que meta, ao mesmo tempo, crianças e ICAR, torna-se uma mistura explosiva.

Claro que não faltará quem acuse o D.A. de “ódio” à ICAR, sempre na senda da vitimização a que estamos habituados,  mas os factos falam por si.

Pela parte que me toca, não tenho ódio à ICAR; o desprezo e o asco são muito mais que suficientes.

12 de Abril, 2012 Luís Grave Rodrigues

Sacerdote

12 de Abril, 2012 Carlos Esperança

Carta de um leitor (CF)

REZAR O TERÇO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE!

Já não nos basta, por vezes, ter de recorrer a serviços de saúde explorados pela Igreja Católica (Misericórdias, ordens religiosas), apoiados e subsidiados pelo Estado!

Neles, crentes de outras religiões e ateus são obrigados a permanecer num ambiente opressivo e hostil, onde deambulam freiras e padres a interferir com os cuidados médicos e com a intimidade das pessoas e onde se espalham pelas paredes imagens gigantes de cardeais e uma legião de imagens de santos e outras representações religiosas quase sempre de muito mau gosto e baixo nível!

Fui obrigado a ser operado numa dessas instituições católicas, um hospital em Lisboa, onde uma freira-enfermeira (?) me anestesiou para uma operação e me fez acordar, obrigando-me a uma relação olhos nos olhos autoritária e falsamente caritativa quando precisava de cuidados médicos e humanos e não de imposições das “autoridades” duma burocracia religiosa! Depois, um padre visitou o meu quarto, quando me encontrava num grande sofrimento devido à operação, tentando explorar a minha fraqueza psicológica devido às dores!

As instituições religiosas devem abandonar a especulação com a saúde, um serviço público que cabe ao Estado ou, quando muito, a instituições especializadas privadas em busca do lucro à custa do sofrimento e da morte das pessoas, quando os governos conservadores se demitem dos seus deveres para favorecer os “amigos”!

As Misericórdias foram uma instituição meritória na sua época, para servir os dramas da pobreza e da destruição das famílias no tempo dos Descobrimentos. Hoje devem ser extintas como instituições caritativas, de modo a não serem instrumentalizadas por interesses privados poderosos, muitas vezes alojados nas burocracias religiosas. A caridade deve passar à História. Não queremos os poderosos a abusar de todos de forma cruel (especulação, corrupção, crime) e depois fingirem serem sensíveis aos seus sofrimentos…

Agora soube de fonte fidedigna que o (um?) secretário da Saúde português é do Opus Dei e que obriga os funcionários do seu serviço a rezar o terço no serviço!

Que país é este?

As igrejas e seitas religiosas não devem ser lobbies de poder económico!

Que os pastores cuidem dos seus rebanhos de ovelhas ainda se percebe…

Agora que sejam dos principais mandantes dos governos de países e intervenham na política e na guerra é que não se pode admitir!

A lamentável instrumentalização do islamismo conservador por parte dos EUA, para conseguir aumentar o seu poder (tal como fazem outros países poderosos) é uma vergonha que deve parar.

Intervir nos conflitos económicos entre facões religiosas armando-as até aos dentes para as enfraquecer e retirar vantagens é ignóbil!

Felizmente, a Europa tem-se livrado quase sempre e até agora desses conflitos no seu território (exceção da antiga Jugoslávia, Irlanda, Turquia, etc.).

Esperemos pelo futuro…

12 de Abril, 2012 Carlos Esperança

Só há radicalismo islâmico ?

O conselho de ministros francês aprovou hoje um projeto de lei para reforçar a luta contra o islamismo radical, que inclui medidas anunciadas pelo presidente Nicolas Sarkozy depois dos sete homicídios cometidos pelo jihadista Mohamed Merah.

Este projeto de lei, que apenas será submetido ao parlamento depois das eleições e em caso de reeleição do atual presidente e atual maioria, prevê punir penalmente pessoas que consultem sites extremistas ou queiram viajar para o estrangeiros para treino da Jihad.

Nota: O racismo não pode ser uma arma de propaganda eleitoral. O reforço do laicismo é uma atitude mais correta.

10 de Abril, 2012 Luís Grave Rodrigues

Mitra

9 de Abril, 2012 Abraão Loureiro

9 de Abril, 2012 Carlos Esperança

O ministro Gaspar e o bispo James Usher

A hegemonia do ministro Gaspar sobre todos os ministérios repete a trágica experiência de outro ministro das Finanças que, entre 1928 e 1932, começou por controlar os vários ministérios e acabou a controlar o País.

Ao esquecer o programa modelar de controlo das contas públicas e do défice herdado do PSD, por Teixeira dos Santos, entre 2005 e 2008, Gaspar esqueceu a causa próxima dos problemas – a crise económica de 2008 –, e alienou, por cegueira partidária, o apoio imprescindível do PS, para a saída da crise, e a equidade na repartição dos sacrifícios.

Apesar dos lapsos, que aceita com a lentidão com que fala, e do desprezo que manifesta pelos deputados da AR e pelos seus pares no Conselho de Ministros, onde o subalterno de Ângelo Correia é incapaz de moderar a irritante atitude do ministro que revela défice democrático e de compostura cívica, apesar dos erros orçamentais e de outras tropelias, o ministro Gaspar é um governante à solta. Já é um dado adquirido que o PSD tinha na liderança, que julgava precária, a pessoa errada no momento certo em que teve a ajuda do PR para derrubar o anterior Governo e comprometer o PEC 4.

Para encontrarmos uma personalidade parecida com o atual ministro das Finanças temos de recuar ao século XVII e recuperar James Usher, arcebispo de Armagh, cuja erudição o tornou respeitadíssimo, no tempo, com o rigor dos seus cálculos.

Tal como Gaspar se baseia na cartilha ultraliberal, Usher baseou-se na Bíblia com igual fé e falta de senso. O bispo conseguiu determinar a data da criação da Terra – e só da Terra –, pelo Deus de Abraão, no ano de 4004 a.C, como ainda hoje creem e impõem os criacionistas. Mas, para além de ter determinado a data da expulsão de Adão e Eva do Paraíso (10 de novembro de 4004 a. C.) e a data da atracagem da arca de Noé no Monte Ararat (Turquia) em 5 de maio de 2348 a.C (quarta), conseguiu determinar com inaudita precisão a data da criação da Terra. Para além do ano, já referido, descobriu que a Terra foi criada às 9 horas da manhã do dia 23 de outubro de 4004 a.C (domingo). É histórico o prestígio e a credibilidade que lhe conferiu tal precisão entre os seus contemporâneos que mal sonhavam com os milhares de milhões de anos que precederam tamanha tolice.

Também Vítor Gaspar, baseado no Génesis da economia, descobriu que Portugal volta aos mercados financeiros em 23 de setembro de 2013. Só lhe faltou afirmar a hora que, certamente, dependerá da abertura dos mercados.