Loading

Categoria: Não categorizado

13 de Outubro, 2012 Carlos Esperança

A IGREJA CATÓLICA NO SEU PIOR

Por

António Horta Pinto

Num intervalo de pastorear as suas ovelhas em Fátima, Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa D. José Policarpo fez ontem uma declaração à Nação sobre o momento crítico que esta atravessa.

A sua mensagem pode sintetizar-se numa frase: “Não se resolve nada contestando”. No entender de Sua Eminência, devemos é apoiar os nossos governantes para que nos conduzam pelo bom caminho. Pagar e não bufar. Comer e calar (mesmo que já pouco haja para comer).

É como se de repente recuássemos mais de quarenta anos. Como se das profundezas da História nos viesse a voz untuosa do Cardeal Cerejeira pregando que o nosso dever é obedecer e exortando-nos a agradecer a Deus por nos ter dado Salazar, o “homem providencial”.

Com estas declarações a Igreja Católica mostra-se como sempre foi: um fiel sustentáculo da direita, que serve e que a serve.

D. José Policarpo está manifestamente preocupado por ver por esse País fora multidões a protestar contra o “Governo da Nação”. Para Sua Eminência, multidões só em Fátima. Ou quando muito – e já é grande condescendência – num jogo de futebol.

“Não se resolve nada contestando”. Então como é que se resolve? Certamente, rezando! É isto que Sua Eminência tem para nos dizer.

12 de Outubro, 2012 José Moreira

Estamos salvos!!!

Estamos salvos!!!

Finalmente.

Segundo o mui católico “Jornal de Notícias”, uma catrefada de gente vai até Fátima pedir à respectiva senhora para ajudar o país. Desde logo, se levanta a questão: só agora??? Só agora, que o Gaspar y sus muchachos nos foram ao bolso, eu ia dizer que nos tinham ido a outro sítio, mas contive-me, no fim de contas o assunto é religioso, nada de pornografias, dizia eu que só agora é que se lembraram de pedir ajuda????

Claro que isto levanta mais uma série de outras questões. Assim: a dita “rainha de Portugal” não sabe o que se passa no seu reino? Será que é uma figura decorativa, como alguns presidentes da república que eu conheço? Então, se a gaja não manda nada, vão pedir para quê? E é preciso ir a Fátima? É só lá que a senhora atende? Está muito atrasada, a rapariga. A Maya já dá consultas pelo telefone e pela TV.

De qualquer modo, estou convencido de que, finalmente, o país vai ter rumo. Com a senhora a orientar o gado, tudo vai ficar nos conformes: o IRS vai desaparecer, vão ser atribuídos 16 meses de vencimento, o combustível vai ficar mais barato que a água da torneira, e eu sou o coelhinho da Páscoa. Só se lamenta é que os governos, o do Sócrates e o do Passos, não se tenham lembrado de ir fazer uma peregrinações a Fátima, em vez de andarem a pedir caguinhas à troica. No fim de contas, a roupa suja sempre era lavada em casa, e a senhora Merkel ficava sem saber da nossa vida. Uma data de ateus, é o que eles são! Pronto, vou já tratar de mudar de carro, que isto de rezar resulta sempre. Ai não, que não resulta. Eu até ia mais longe, e punha aquela gente toda no governo da nação. Religiosos em vez de políticos, é só a experiência que nos falta. Sim, porque pelos vistos, aquela gente da Opus Dei também não merece nenhuma consideração do Altíssimo. Nem os da Maçonaria, aliás. Gente de devoção mariana é que nos interessa.

Ave Maria…

 

Em simultâneo no “À Moda do Porto

11 de Outubro, 2012 Luís Grave Rodrigues

Xenofobia

10 de Outubro, 2012 José Moreira

Imagine que não havia religiões

Eu bem sei que o título é recorrente e, até, que corre o risco de não se tornar apelativo. Mas é bom que se insista: o mundo seria bem melhor, se não houvesse religiões.

Confira (mais uma vez) AQUI.

9 de Outubro, 2012 Luís Grave Rodrigues

Imagine

8 de Outubro, 2012 Ludwig Krippahl

Treta da semana: humano ma non troppo.

«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. […] O homem é, por natureza e vocação, um ser religioso. Vindo de Deus e caminhando para Deus, o homem não vive uma vida plenamente humana senão na medida em que livremente viver a sua relação com Deus.» Catecismo da Igreja Católica (1)

«Para se reencontrar a si mesmo e reassumir a própria identidade verdadeiramente, para viver à altura do próprio ser, o homem deve voltar a reconhecer-se criatura, dependente de Deus. Ao reconhecimento desta dependência — que no fundo é a descoberta jubilosa de ser filho de Deus — está ligada a possibilidade de uma vida deveras livre e plena.» Bento XVI (2)

Segundo o que ensina a Igreja Católica, e opina o seu dirigente, eu não sou plenamente humano, não estou à altura do próprio ser nem poderei viver de forma livre e plena. Enfim, é a opinião deles; têm direito a ela. E até explica porque é que o diálogo entre católicos e descrentes é tão improdutivo. Talvez se um dia me considerarem tão humano quanto eles me expliquem melhor como sabem tanto acerca destas coisas. Há, no entanto, uma coisa que me preocupa. O Programa de Educação Moral e Religiosa Católica tem como primeiro ponto das Competências Específicas, em todas as unidades lectivas, «Reconhecer, à luz da mensagem cristã, a dignidade da pessoa humana»(3). Será que os meus impostos servem para ensinar às crianças que eu sou menos que plenamente humano?

Via Michael Nugent.

1 – Catecismo da Igreja Católica, Primeira Parte.
2- Mensagem do papa bento XVI aos participantes no XXXIII meeting para a amizade entre os povos.
3- Programa de Educação Moral e Religiosa Católica (pdf)

6 de Outubro, 2012 Abraão Loureiro

Expliquem-me porque sou burrinho

Avé Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amen.

E eu aqui feito parvo pensando que ela era filha dele (tal como eu) e mãe do puto que lhe fez!