Loading

Categoria: Não categorizado

12 de Julho, 2013 Carlos Esperança

Humor ou talvez não

Um muçulmano entra num táxi.

Uma vez sentado, pede ao taxista para desligar o rádio, porque não quer ouvir música, como decretado na sua religião, e porque no tempo do profeta não havia música, especialmente música ocidental, que é música dos infiéis.

O motorista do táxi educadamente desliga o rádio, sai do carro
dirige-se à porta do lado do cliente e abre-a.
O árabe pergunta: – “O que você está a fazer?

Resposta do taxista: – “No tempo do profeta não havia táxis, por isso saia e espere pelo próximo camelo”

Isto aconteceu na cidade inglesa de Manchester…..

11 de Julho, 2013 José Moreira

Madre Teresa

Já se falava que Madre Teresa não era o que aparentava ser. Agora, parece que as suspeitas se confirmam, pelo menos de acordo com resultados de investigações levadas a cabo e que, ao que parece, ainda não foram contrariados.

11 de Julho, 2013 José Moreira

O Francisco na tertúlia

Desta vez, a nossa tertúlia mensal só tinha quatro tertulianos, fosse devido a férias, fosse devido a outras razões sendo certo, porém, que entre quatro é mais fácil manter uma conversa do que entre dez ou doze. E a conversa ia decorrendo calmamente, ao compasso das mastigações e deglutições quando, sem que eu me tenha apercebido bem como e porquê, o papa Francisco aparece na mesa, convocado por um companheiro de anteriores lides e actuais lazeres. Que, sim senhores, era, talvez, o melhor papa dos últimos anos, estava a fazer uma limpeza nunca vista no Vaticano, e com tal entusiasmo falava o Alfredo, que me senti na obrigação de o moderar um pouco, não fosse o músculo cardíaco ressentir-se, calma, Fredo, olha que o homem está sujeito a seguir o caminho de João Paulo I, no que fui secundado pelo companheiro à minha direita, ex-seminarista convicto e anti-clerical assumido, está bem, voltava o Fredo, mas olha que é preciso tê-los no sítio, o entusiasmo não acalmava, olha que foi o único que foi a Lampedusa…

– Fazer o quê? – não me contive.

– Olha, pá, foi dar apoio àqueles desgraçados…

Interrompi-o novamente:

transferir

 

– Resolveu-lhes algum problema?

– Não mas, pelo menos, alertou o mundo…

– Porquê, o mundo não sabe o que se passa? Achas que a visita do Francisco vai resolver o problema da fome nos países africanos? Não vai, nem isso convém, porque quando deixasse de haver fome no mundo, a ICAR fechava por falta de clientela..

A meu lado, o ex-seminarista abanava afirmativamente a cabeça, impedido de falar pela educação,  não se fala com a boca cheia.

Já com o entusiasmo mitigado, Alfredo ainda insistiu:

– Pois, mas pelo menos foi lá, os outros não foram.

– Está bem, mas foi lá fazer alguma coisa de jeito? Se não foi lá fazer o quê?

Decidi abarbatar-me ao entusiasmo que o Fredo ia dispensando:

– O que o papa fez foi a mesma coisa que fazem milhares de crentes quando rezam: nada! O papa não fez nada, para além da promoção pessoal. Continuará a haver, todos os dias, desgraçados que chegarão a Lampeduza, e não só. Há tempos, numa excursão a Marrocos, ainda em Ceuta, foi encontrado um marroquino sabes onde? Pois num curto espaço existente no motor. O problema dos desgraçados que vão chegando, e não nos esqueçamos dos que se ficam pelas águas, não é religioso, é político. Aliás, duvido de que a religião alguma vez tenha resolvido outros problemas que não os seus; mas conheço muitos problemas criados pelas mesmas religiões.

O Fredo não contra-argumentou, e não sei se foi por não ter argumentos, se achou que nem valia a pena passar-me cartão, ou se também estava com a boca cheia.

Francisco acabou por sair como tinha entrado.

11 de Julho, 2013 Carlos Esperança

Citações da Bíblia Sagrada

“Disse também à mulher: Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio.” [Génesis, 3:16]

“Toda malícia é leve, comparada com a malícia de uma mulher; que a sorte dos pecadores caia sobre ela!”
[Eclesiástico 25:26]

“7. Quanto ao homem, não deve cobrir sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem.
8. Com efeito, o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem;
9. nem foi o homem criado para a mulher, mas sim a mulher para o homem.
10. Por isso a mulher deve trazer o sinal da submissão sobre sua cabeça, por causa dos anjos.”
[I Coríntios, 11: 7-10]

“34. Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres estejam caladas nas assembléias: não lhes é permitido falar, mas devem estar submissas, como também ordena a lei.
35. Se querem aprender alguma coisa, perguntem-na em casa aos seus maridos, porque é inconveniente para uma mulher falar na assembléia.”
[I Coríntios, 14:34-35]

“22. As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,
23. pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.
24. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.”
[Efésios, 5:22-24]

“Se dois homens estiverem em disputa, e a mulher de um vier em socorro de seu marido para livrá-lo do seu assaltante e pegar este pelas partes vergonhosas,
12. cortarás a mão dessa mulher, sem compaixão alguma”
[Deuteronómio 25:11-12]

“Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.”
[1 Coríntios 11:3]

“Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.”
[1 Coríntios 11:8-9]

“A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição.
Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.”
[1 Timóteo 2:11-12]

“22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor,
23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador.
24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”
[Efésios 5:22-24]

“Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres, ”
[1 Pedro 3:1]

9 de Julho, 2013 David Ferreira

Um mundo de mentiras e ilusões

Vivemos num mundo onde reina a mentira e prolifera a mediocridade; um mundo onde a vontade de uns poucos se insinua à de muitos ao vender a ilusão da necessidade de uma realidade sociocultural generalizada e em comunhão com a sua visão.

Neste mundo, o pensamento comunitário conforme a um determinado e ambicionado status quo é negociado como imprescindível ao indivíduo, como forma de alcançar uma existência mais gratificante ou como medida necessária a uma integração social mais plena, reconfortante e imune a depreciação.

Esta persuasão à convergência do pensamento e dos comportamentos no sentido de uma exclusiva realidade sociocultural comum a um determinado grupo, é um incesto existencial que gera mediocridade e tolhe a evolução saudável. Vemo-la por todo o lado, na política, na economia, na religião, na comunicação social, no desporto, nas artes, na moda, no Homem. Isto só é possível globalizando a necessidade da mentira e perpetuando essa ilusão.

Como resultado, neste mundo de mentiras e ilusões, a quantidade substitui a qualidade, unifica e certifica a trivialidade e aduba o preconceito ao inferiorizar as minorias e ridicularizar o diferente.

Este mundo de ilusão só existe porque, para a mentira vingar, alguém tem de crer nela. Este mundo só existe porque está pejado de crentes.

7 de Julho, 2013 David Ferreira

Hóstia dominical – III

Racionalizar a premissa de uma primeira causa não causada argumentando que tudo teve uma causa é uma armadilha grotesca de ginástica intelectual.

Se tudo teve uma causa, não pode haver uma primeira causa e se a capacidade que possuímos para deduzir uma primeira causa não causada pode ser aduzida como justificativa de tal possibilidade, a capacidade que igualmente possuímos para racionalizar uma causa causada ad infinitum destrói impiedosamente qualquer noção de primeira causa.

É perante este simples raciocínio que toda a apologética que tenta viabilizar não só a conceção de Deus como também a sua irredutível inegabilidade, implode no seu próprio paradoxo.

 

30 de Junho, 2013 José Moreira

No lugar dele…

No lugar dele, eu arranjava alguém que me provasse a comida imediatamente antes de ela entrar na minha boca. Na minha presença, claro.

No lugar dele,Scan-130630-0001 dormia com a luz acesa e só fechava um olho de cada vez.

No lugar dele, nem em Deus confiava.

No lugar dele, mandava reforçar os vidros anti-bala do papamóvel.

No lugar dele, contratava mais guarda-costas que os governantes de Portugal.

No lugar dele, eu teria medo; muito medo.

No lugar dele, eu não me atreveria a agitar um saco de víboras.

No lugar do papa Francisco, eu deixaria tudo como está. Mas passaria cá para fora a mensagem de que iria limpar o Vaticano.

 

30 de Junho, 2013 José Moreira

A morte de Deus

É lugar-comum dizer-se que a cada passo que a ciência avança Deus morre mais um pouco, e esta frase cito-a de memória, que não é muita. Poder-se-á perguntar por que demónios Deus demora tanto tempo a morrer, e eu respondo que a ciência ainda não parou de avançar; por outro lado, um mito que demorou tantos anos a ser criado é natural que demore ainda mais tempo a morrer. Acontece, porém, que, por um qualquer lampejo de lucidez, os próprios católicos se vão encarregando de apressar a morte do “velhote” .Laicismo Assim, e a título de exemplo, a malta escuteira da Grã-Bretanha, designadamente a feminina, vai deixar de prometer cumprir com o seu “dever perante Deus e o rei”, neste caso a rainha; preferem, em alternativa, servir a rainha e a comunidade, embora me cause engulhos esta história de “servir”, seja o rei ou rainha que seja. Embora a “promessa” dos escuteiros portugueses também não seja flor de se cheirar… Mas isso é outra conversa.

O insuspeito cónego Rui Osório, escriba do diário de inspiração católica “Jornal de Notícias”, chama-lhe “Eclipse de Deus”. Delicioso eufemismo de quem, naturalmente, não aceita a morte do patrão.

Mas eu tenho outra opinião. Estou convencido, mas isto são convicções minhas, de que as raparigas acabaram por ler a Bíblia com deve ser, e se fartaram de ser a causa das desgraças que, aqui e ali, vão acontecendo por esse mundo fora – a começar pelo cómico “pecado original”.

Mas que o velhote vai definhando, não tenhamos dúvidas.