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Categoria: AAP

13 de Maio, 2016 Carlos Esperança

Há 6 anos, em Coimbra

Colóquio – Coimbra

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) comunica o seu programa cívico e cultural, a realizar em Coimbra, no próximo dia 13 de Maio, para o qual convida a população e a comunicação social.

Quinta-Feira, 13 de Maio 2010

Colóquio: Ateísmo, Laicidade e Clericalismo em Portugal

14H00 – Tema: «A laicidade e o “Estado” do Vaticano»
Ricardo Alves

15H 00 – Tema: Saber sobre deuses e crer em Deus
Onofre Varela

16H00 – Tema: Ateísmo, laicidade e visita papal
Carlos Esperança

Local: Auditório da Fundação INATEL

Agência de Coimbra – Rua Dr. António Granjo, 6 (Junto à Estação Nova)

21 de Abril, 2016 Carlos Esperança

AAP – Reclamação ao ministro da Educação

Assunto: Atropelo à laicidade em escola de Castelo de Paiva.

Na sequência da reclamação feita ao ministro da Educação com cópia aos grupos parlamentares chegaram à AAP as respostas de dois partidos, PAN e CDS.

PAN – Assembleia da República [email protected] por  gmail.com 

22:10 (Há 19 horas)

para Associação

Boa noite.

Gratos pela partilha.

Cordiais cumprimentos

Francisco Guerreiro

Assessor Parlamentar

********************************

Abel Baptista [email protected] por  gmail.com

20 de abr (Há 1 dia)
para associacao.ate.

Exmos. Senhores

Graças a DEUS que nas escolas há diretores que são democratas e respeitam as opções religiosas de quem é religioso.

Era o que mais faltava uma escola não permitir que os seus alunos, inscritos na disciplina de EMRC não pudessem num ponto tão relevante para a sua crença participar, até quem sabe, em conjunto co os seus pais.

Da minha parte só posso dizer que Deus guarde a direção desta escola que assim procedeu.

Com os melhores cumprimentos.

 

Abel Baptista

Deputado e Secretario da Mesa

Vice-Presidente da Comissão de Educação e Ciência

[email protected]

Telef. 213919287

15 de Abril, 2016 Administrador

Reacção de Carlos Esperança na rádio Paivense FM

Carlos Esperança, Presidente da Direcção da AAP – Associação Ateísta Portuguesa, reage, na “Paivense FM”, ao atropelo à laicidade cometido numa escola pública de Castelo de Paiva. A AAP já questionou o Ministro da Educação sobre mais um episódio que põe em causa valores fundamentais da Constituição da República Portuguesa.

Clique para ouvir:

15 de Abril, 2016 Administrador

Carta ao Ministro da Educação.

Assunto: Atropelo à laicidade em escola de Castelo de Paiva.
 
Tiago Brandão Rodrigues
Ministro da Educação
Senhor Ministro,
A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) tomou conhecimento da passagem, por Castelo de Paiva, da «Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima» [sic] e da iniciativa da diretora do Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva (AECP), Maria Beatriz Moreira Rodrigues e Silva, que, a “convite do Reverendo Padre F. Sérgio”, solicitou aos encarregados de educação autorização para que os alunos se pudessem deslocar, ao largo do conde, entre as 10 e as 11 horas do dia 13 de abril, acompanhados de professores e funcionários, para participarem na receção à referida imagem, se possível, trazendo uma “camisola/t-shirt / casaco branco.” (Ver anexo)
 A AAP, considerando o atropelo grosseiro à laicidade e um desafio à separação Estado / Igrejas, constitucionalmente consagrado, na defesa da laicidade da escola pública, pede a V. Ex.ª se digne mandar esclarecer o seguinte:
a)      Se há alguma legitimidade ou utilidade na suspensão das aulas para participação de alunos do segundo e terceiro ciclos na cerimónia religiosa;
b)      Se aos alunos que eventualmente se recusaram a participar na referida cerimónia (difícil perante a militância pia da diretora) foram asseguradas aulas;
c)      Se as aulas sacrificadas pela devoção do órgão diretivo tiveram compensação;
d)      Se os alunos, professores e funcionários foram abrangidos por qualquer seguro e lhes foi facilitado transporte do Agrupamento até à Igreja Matriz e regresso, ou foram obrigados a deslocar-se a pé.
e)      Finalmente, se a laicidade da República Portuguesa, no caso da Escola Pública, é acautelada pelo Ministério da Educação e que providências serão tomadas para que outras escolas públicas não reincidam em semelhante prevaricação.
Aguardando a resposta que V. Ex.ª tiver por conveniente,
Apresentamos-lhe os nossos melhores cumprimentos,
Carlos Esperança,
Presidente da Direção.
12 de Abril, 2016 Luís Grave Rodrigues

Mutilação genital masculina

Especialmente recomendada por pastores analfabetos da Idade do Bronze….

 

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24 de Março, 2016 Carlos Esperança

Resposta à réplica do Sr. Padre Renato Poças

Senhor padre Poças:

Agradeço a carta que me enviou e relevo as censuras, que só a leitura pouco rigorosa da minha e divagações sobre o que ela não contém podem ter dado origem a inverdades, já que as diferenças de opinião são vistas como anticlericalismo, confundindo a falsidade e malignidade que o signatário vê nas religiões com animosidade ao clero.

Quando afirma, «Se na sua infância o obrigaram a beijar a mão do pároco tenho pena.», não se refere à minha carta, pois não passei por semelhante vexame e não o afirmei. Deduzo que recorreu a um texto meu, «O beijo na mão e o beija-mão», que interpretou ao contrário, «…uma tradição de reverência que na minha juventude se praticava em relação aos pais, padrinhos e párocos, ‘de que os hábitos familiares me exoneraram’».

Reli o texto que lhe escrevi e não encontro nele a falta de respeito que alega, mas não sou juiz das suas idiossincrasias e do modelo de educação que lhe serve de padrão. Se o magoei, acredite que não foi intenção minha, embora lhe sirva de pretexto para afirmar «não me permite ter um diálogo honesto, aberto, transparente» [comigo].
Quanto ao uso do seu nome, ponderei a obrigação católica de dar público testemunho da sua fé e o facto de se dirigir, sem pedido de confidencialidade, à Associação Ateísta Portuguesa (AAP), onde também o meu nome e n.º de telemóvel são públicos. Não vejo aí qualquer abuso ou desrespeito.

Quanto ao tema da nossa troca epistolar, o beija-mão do PR ao Papa do Sr. Padre Poças, nada diz ou, para usar uma expressão jurídica, ‘aos costumes disse nada’. E era esse o ponto único do comunicado da AAP que esteve, e está, na origem desta troca epistolar.

Lamento que o Sr. Padre Poças, à semelhança do clero católico, confunda o combate às religiões com o combate aos crentes e veja anticlericalismo na divergência de opinião.

Permita-me que lhe recorde, quanto à laicidade, agredida pelo PR no gesto de adulação ao chefe de Estado do Vaticano, que a sua ausência já é lamentada pelos cristãos quando se encontram em países onde dominam religiões concorrentes porque, ao contrário dos países europeus, não lhes foi aí imposta.

A nível pessoal, à semelhança do seu amável convite, retribuo com a oferta em Coimbra onde o receberei com a afabilidade com que trato as pessoas com quem convivo. O meu nome e número de telemóvel são públicos.

Aceite as minhas saudações republicanas, laicas e democráticas.

23 de Março, 2016 Carlos Esperança

Réplica do Sr. Padre Poças

Olá caro Sr. Carlos Esperança.

Andei a pensar alguns dias na sua resposta. Comprometi-me a fazer o esforço mental de o tentar perceber. Posso dizer-lhe que foi maravilhoso os caminhos por onde andei. Infelizmente…

Depois de ter consultado o seu facebook percebi que a falta de respeito com que me tratou não me permite ter um diálogo honesto, aberto, transparente. Conclui que o senhor é muito mais anticlerical que ateu e/ou laico e uma das provas disso foi a necessidade de publicar a resposta à minha mensagem.

Se na sua infância o obrigaram a beijar a mão do pároco tenho pena. Muita pena. A mim já não o fizeram o que não diminuiu a minha estima por ele. Posso dizer-lhe que sou padre hà 8 anos e nunca fui obrigado a beijar a mão a um clérigo. Quer dizer que os hábitos são também próprios d eum tempo e de uma cultura e se vão corrigindo com o tempo. Como poderá ver na imagem que lhe envio em anexo já passou muita água debaixo do rio depois dessas histórias.

Sabe, eu também tive a tentação de mostrar a minha discordância à atitude da associação que representa no facebook. Não o fiz e disse-lhe que não o queria fazer pois essa não era a minha motivação. Era apenas percebê-los e quis fazer isso de forma respeitosa. Com alguma ironia e dor Agradeço no entanto o seu contributo para que as trincheiras da intolerância, do anticlericalismo, do ping-pong igreja-laicidade estejam agora mais fundas. Penso ter sido esse o bom contributo que afinal deu ao meu objetivo. Lamento.

Tenho pena, muita pena que não haja ateus e defensores da laicidade que me saibam responder de forma isenta às minhas sedes de compreensão. Até prova de contrário só me leva a concluir que muito do ateísmo e laicismo anunciado não é uma opção de vida mas uma resposta proativa aos pecados da igreja ou somente à igreja, os de hoje e do passado. Ela (a igreja) sabe que os tem e os caminho de os curar são outros.

Discordo pois de uma laicidade que em nome de uma suposta paz e progresso social e cultural ataca ferozmente as religiões. Agora é a católica, futuramente serão outras. Posso dizer-lhe que se julga que esse é o caminho de uma estado laico esqueça. Lembro que por duas vezes o estado já se viu livre da igreja (ou partes dela) expulsão dos jesuítas e expulsão das ordens religiosas. Como se percebe pela história esse não foi um caminho saudável para ninguém e por isso se recuou. Não porque a igreja o impusesse mas porque o estado assim o desejou.

Foi no entanto bom para mim as descobertas que fiz depois da sua resposta.

Tinha uma bela resposta para partilhar consigo pois posso dizer-lhe que consegui compreender parte das vossas razões e discordâncias mas depois do que vi conclui que não vale a pena.

Depois do que fez e de ter usado o meu nome (podia tê-lo ocultado) seria um bom serviço à verdade publicar a primeira mensagem que lhe enviei e também esta que agora lhe envio.

Não exigirei no entanto que o faça.

Concluindo deduzo que terei de procurar outra pessoa que me ajude naquilo que não me conseguiu ajudar. Obrigado na mesma pela disponibilidade para me responder.

Gostava de lhe desejar uma Boa Páscoa mas como não acredita desejo-lhe uma Boa Primavera que é a coisa simbolicamente mais próxima desta.

Até qualquer dia. Se aparecer pelo Porto (zona do centro histórico) avise, poderemos sempre tomar um café.

Acredite que fiquei triste mas não guardo ressentimento.

fique bem.

pe. renato poças

21 de Março, 2016 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Resposta ao pároco Renato Poças

Senhor padre

Agradeço a carta que enviou à Associação Ateísta Portuguesa (AAP) e que me mereceu a melhor atenção. Procurarei responder-lhe às perguntas que faz.

Pergunta o Sr. Padre em que é que o ato do PR (beija-mão ao Papa) nos [a nós, ateus] pode ter ofendido. A ofensa não foi feita aos ateus, mas ao carácter laico do Estado que representa e à separação da Igreja e do Estado que a Constituição da República exige.

– Se o Sr. Prof. Marcelo Rebelo de Sousa fizesse uma viagem privada, à sua custa, e não em representação do Estado, onde é o PR dos crentes, descrentes e indiferentes, tinha o direito de se prostrar perante quem considera o representante do deus do Sr. Padre e dele, não o de se colocar numa posição de inferioridade perante outro chefe de Estado, como se Portugal fosse um protetorado do Vaticano. (O beija-mão é um ato medieval de reverência do inferior para com o superior).

Pergunta a seguir: «… é possível um cidadão NEUTRALIZAR a sua identidade religiosa, sexual, cultural, politica, ideológica simplesmente porque assumiu uma função representativa de um povo?»

– Não se trata de neutralizar, trata-se de ser neutral, por obrigação constitucional e por respeito aos cidadãos que têm um deus diferente ou nenhum.

Diz que «Não pode ser exigido a um cidadão que a partir da tomada de posse como presidente passe a ser assexuado, a-religioso, apolítico, apartidário, etc.

– Quanto à sexualidade e à religião, são assuntos do foro íntimo do PR, não tendo de responder ou perguntar sobre os hábitos, frequência ou gostos. Já quanto ao carácter apartidário é desejável que o mantenha e, quanto à posição política, é obrigado a pautá-lo pela CRP.

Finalmente, apesar de respondidas as dúvidas que levanta, permita-me que lhe recorde a tragédia que tem sido para ateus, agnósticos, crentes de outras religiões e hereges a inexistência de laicidade nos países islâmicos, onde a supremacia da crença autóctone legitima a perseguição e o assassínio de todos os outros, tendo os cristãos sido vítimas, atitude que a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) tem combatido por pensar que a liberdade religiosa é tão legítima como a do ateísmo e que um Estado confessional é tão perverso quanto um Estado ateu.

Dado que a Igreja católica demorou dois milénios a reconhecer a liberdade religiosa (admitida pelo Concílio Vaticano II, pela primeira vez, no início da década de sessenta do século passado), é legítimo que, para defesa comum, se junte agora aos ateus para reivindicar o carácter laico do Estado e exigir aos seus representantes o respeito pela separação da Igreja e do Estado.

Apresento-lhe, senhor padre, os meus cumprimentos republicanos, laicos e democráticos.

C. E.

21 de Março, 2016 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Carta de um pároco para a AAP

«Começo por me apresentar. Sou padre católico e vivo neste momento na Diocese do Porto. Li o vosso comunicado.

Ele fez-me reflectir e tentar perceber em que ponto é que aquele ato vos pode ter ofendido. Prezo e respeito a liberdade religiosa que me permite a mim ser o que sou. Gostava de ter feedback neste meu contacto pois gostaria de apresentar mais algumas questões que poderiam ser respondidas em dezenas de criticas, likes e “deslikes” do facebook. Não o quero fazer porque as questões inquietam-me a mim e considero que neste caso só por esta via poderei ficar mais esclarecido. Não pretendo fazer debate, nem mesmo contra-ataque. Creio que isso não é útil para ninguém. Preciso apenas de compreender um pouco mais. Deixo como exemplo uma das minhas questões: é possível um cidadão NEUTRALIZAR a sua identidade religiosa, sexual, cultural, politica, ideologica simplesmente porque assumiu uma função representativa de um povo? Pode o cidadão Marcelo ser neutro lá porque é presidente da república? O povo sabia que ele é católico e isso contou para o ato eleitoral. Não pode ser exigido a um cidadão que a partir da tomada de posse como presidente passe a ser assexuado, areligioso, apolitico, apartidário, etc.

Caso queiram ajudar-me nestas minhas dúvidas ficarei grato. Não pretendo que concordem comigo e assumo que discordo da vossa leitura mas gostava de fazer o esforço mental e intelectual de compreender a vossa argumentação que de momento me parece desenraizada da identidade humana, por isso gostaria de refletir mais.

Caso não queiram aceitar o desafio apenas peço que mo digam para não ficar à espera ou não ficar com a sensação que simplesmente ignoraram o meu pedido.

Fiquem bem

a) renato poças